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FONTE DE BÊNÇÃOS

A man walking in the sand following God. Religious theme concept.

Foto: Funstarts33 – Gerado com IA / Adobe Stock

FONTE DE BÊNÇÃOS

Crucial para se ter uma boa comunhão com Deus, a obediência é indispensável à fé cristã

Por Daniele Vieira

Um dos pilares da fé cristã, a obediência é uma ordenança do Senhor e norteia os ensinamentos bíblicos. De acordo com as Escrituras Sagradas, obedecer significa confiar na vontade de Deus e se submeter a ela, conforme Jesus fez para cumprir o propósito do Criador: E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.8). O Salvador é, portanto, o maior exemplo de filho e servo que obedeceu ao Pai.

O teólogo Eduardo Araújo lembra que a obediência afasta o cristão da rebeldia e contribui para que ele desenvolva a fé, tendo os olhos voltados para Deus
Foto: Arquivo pessoal

Embora seja fundamental no cristianismo, obedecer ao Todo-Poderoso pode ser desafiador, pois exige a renúncia dos próprios desejos para que haja um alinhamento com os planos traçados pelo Senhor. No entanto, como revela a Palavra, esse processo se torna mais fácil à medida que cresce a intimidade do cristão com o Altíssimo. O servo de Deus passa a confiar mais nEle e reconhece que os caminhos divinos são bons, perfeitos e agradáveis (Rm 12.2b). Essa confiança leva ao crescimento espiritual e à maturidade. Assim, a obediência não apenas fortalece a comunhão com Deus,  como também traz bênçãos, conforme mencionado em Deuteronômio 28.1-14.

O bom Pastor reforça a conexão existente entre o amor e a obediência ao afirmar: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14.21). [Leia, no final desta reportagem, o quadro Alguns exemplos de obediência]

De acordo com o teólogo Juan de Paula Siqueira, obedecer a Deus reflete a nova natureza daquele que nasceu de novo, que deseja exalar o caráter de Cristo: “Um nascido de novo tem a disposição no coração de obedecer ao Deus de amor, expressando prazer e alegria”
Foto: Arquivo pessoal

Confiança e fé – No entendimento do teólogo Eduardo Araújo, presbítero da Assembleia de Deus em Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ), a obediência é “filha” da fé. Araújo cita como exemplo o patriarca Abraão, que seguiu a determinação do Altíssimo de abandonar sua terra natal rumo a uma região desconhecida (Gn 12.1). “Esse homem colocou a própria vontade em segundo plano e acreditou que o Senhor cuidaria dele e de todos os seus pertences”, explica, destacando ainda a história de Josué, que obedeceu à ordem do Criador de rodear a cidade de Jericó durante a fase de conquista de Canaã. “Para muitos, pode ter parecido loucura. O discípulo de Moisés ficou à mercê de críticas por parte de seus comandados. Entretanto, o experiente general hebreu decidiu obedecer e acabou vitorioso”, afirma o estudioso, referindo-se ao que está registrado no capítulo 6 do livro de Josué.

O Pr. Adelmo Pinto de Jesus ressalta a autonomia do homem dada pelo Senhor desde a criação, mas lembra: “Precisamos praticar a obediência a fim de restaurar nossa comunhão com o soberano Senhor”
Foto: Arquivo pessoal

O presbítero reforça que o ato de obedecer afasta o cristão da rebeldia e contribui para que ele desenvolva a fé, tendo os olhos voltados para Deus. Ele acrescenta que não existe maior amor e desprendimento do que o Messias demonstrou por toda a humanidade na cruz do Calvário. “Por esse motivo, nós nos curvamos à Sua autoridade, depositando nEle a nossa esperança e crendo que Seus desígnios são suficientes para nós”, completa.

“Liberdade de decisão” – Para Juan de Paula Siqueira, bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), obedecer a Deus reflete a nova natureza daquele que nasceu de novo, que deseja exalar o caráter de Cristo. “Em 1 João 4.7-21, o apóstolo salienta que a obediência procede de quem ama a Deus, pois sabe que foi amado primeiro. Logo, a pessoa que ama o Senhor obedece aos Seus mandamentos”, esclarece, realçando:  “Um nascido de novo tem a disposição no coração de seguir os mandamentos do Deus de amor, expressando prazer e alegria”. Siqueira pontua que a obediência também está relacionada diretamente com o processo de santificação do cristão. “O salvo que obedece terá os benefícios da salvação e da satisfação de ter comunhão com o Pai. Em contrapartida, a desobediência entristece o Espírito Santo”, afirma, mencionando Efésios 4.30.

Edilberto Silva adverte que a obediência é necessária para haver uma boa conexão com o Onipotente: “Aos filhos, a Bíblia fala da obediência aos pais (Ef 6.1); aos servos, da obediência aos seus senhores e às autoridades constituídas
(Rm 13.1-7)”
Foto: Arquivo pessoal

O Pr. Adelmo Pinto de Jesus, auxiliar na Assembleia de Deus em Pendotiba, na cidade de Niterói (RJ), ressalta a autonomia do homem dada pelo Senhor desde a criação. “Apesar de termos liberdade de decisão, como criaturas, sempre estivemos subordinados a um Ser superior devido ao Seu domínio natural sobre nós”, revela, assinalando que o pecado prejudicou essa relação pacífica original, e a criatura se tornou insubordinada. “Por isso, precisamos praticar a obediência a fim de restaurar nossa comunhão com o soberano Senhor,” orienta o pregador.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, o teólogo e jornalista assembleiano Edilberto Silva adverte que a obediência é necessária para haver uma boa conexão com o Onipotente. Ele reforça que esse ato é um princípio divino tão importante que o Senhor o evidencia também como essencial nas relações interpessoais. “Aos filhos, a Bíblia fala da obediência aos pais (Ef 6.1); aos servos, aos seus senhores e às autoridades constituídas (Rm 13.1-7).” Juan de Paula ratifica que muito melhor do que receber bênçãos terrenas por viver em obediência é garantir “a mais relevante recompensa, que é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

O Pr. Márcio José Gomes afirma: “A desobediência é a ausência de Deus. O poder das trevas sobressai com a ausência da luz, produzindo resultados desastrosos. Entretanto, a pior das consequências é a morte eterna”
Foto: Arquivo pessoal

Ele aponta que esse galardão só é possível devido à obediência irrestrita de Jesus ao Pai. Em agonia, o Redentor orou no Getsêmani, sentindo que o dia de Sua morte estava próximo, e chegou a pedir que o cálice fosse afastado dEle. “No entanto, Ele Se submeteu ao dizer: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres (Mt 26.39). Considero Jesus como o maior exemplo de obediência: Ele não visava o bem próprio, mas o de toda a humanidade.”

“Ausência de Deus” – Diante desse incondicional amor, o Pr. Márcio José Gomes, líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Espírito Santo, frisa que a obediência leva o cristão para as veredas dos bons caminhos. Em contrapartida, ele chama a atenção para outro fato:  “Desobedecer é uma forma indireta de o cristão dizer que o Senhor não sabe o que é melhor para o servo dEle”.

O Pr. Jean Reimão comenta: “A desobediência nos faz experimentar os dissabores da vida. O distanciamento do Criador faz o crente criar escamas nos olhos, perdendo o senso do certo e do errado”
Foto: Arquivo pessoal

O ministro menciona o primeiro caso de desobediência narrado nas Escrituras Sagradas, quando Adão e Eva acreditaram nas mentiras de Satanás (Gn 3). “As consequências são perpetuadas até os dias atuais: fome, pestes, dores”, enumera Gomes. “A desobediência é a ausência de Deus. O poder das trevas sobressai com a ausência da luz, produzindo resultados desastrosos. Entretanto, a pior das consequências é a morte eterna”, informa o pregador.

Já o Pr. Jean Reimão, líder estadual da IIGD em Alagoas, lembra do mau exemplo do rei Saul, que desobedeceu ao Senhor e ofereceu sacrifício, o que lhe custou o trono (1 Sm 13.8). “A desobediência nos faz experimentar os dissabores da vida. O distanciamento do Criador faz o crente criar escamas nos olhos, perdendo o senso do certo e do errado. A vontade da carne impera, e isso é muito perigoso”, comenta o ministro do Evangelho, apontando que “a presença de Deus é o diferencial que leva o homem à obediência”.

O Pr. Wagner Almeida adverte: “A distração e a normalização do erro na era atual tornam a obediência ainda mais crucial”
Foto: Arquivo pessoal

Por sua vez, o Pr. Wagner Almeida, da Assembleia de Deus em Augusto Vasconcelos, no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), faz coro com Reimão, observando que o pecado age como um véu que obscurece a visão espiritual, tornando o erro aparentemente aceitável. “A distração e a normalização do erro na era atual tornam a obediência ainda mais crucial”, informa Almeida, alertando que a obediência a Deus é primordial para uma comunhão plena com Ele e o único caminho para viver de acordo com os Seus propósitos e receber as bênçãos divinas.


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