Família – 261
01/04/2021Carta do Pastor à ovelha – 263
01/06/2021O que a Palavra diz a respeito de piercings e tatuagens?
O. R. T., via internet
R.: É impressionante a quantidade de vezes em que perguntas desse tipo me são feitas por gente da igreja. Ora, o nosso padrão de fé e conduta é a Palavra, que se encarnou na Pessoa do Senhor Jesus. Ele é o nosso modelo em tudo (2 Tm 3.16,17; Jo 1.1-14; Ef 4.13). O povo de Deus, portanto, não deve se espelhar nos padrões deste mundo, que se opõem ferozmente à vontade do Senhor (1 Jo 2.15-17; Ef 4.17-24). É verdade que, nos tempos bíblicos, não havia piercings e tatuagens, de sorte que o Salvador não podia ostentá-los, se quisesse, e as Escrituras não os mencionam. Entretanto, isso nem de longe significa que elas não tenham princípios e ensinamentos acerca de adereços e cuidados com o corpo. A Bíblia é muito clara ao afirmar que o corpo não é nosso, pois não somos de nós mesmos e que ele é templo do Espírito Santo. Isso é dito de modo sério, pois a não observância dessa instrução causa destruição a quem destruir esse templo (1 Co 3.16,17). É sabido que esse tipo de intervenção na pele não é nada saudável, muito pelo contrário. Entretanto, alguém irá alegar que somos livres em Cristo e que tudo nos é lícito, o que é verdade (1 Co 6.12). Cabe, então, indagar em que sentido as agressões ao corpo, morada do Altíssimo, edificam ou são convenientes. Será que, se a moda mundana nos oferecesse esse tipo de coisa, alguém por ela se interessaria?
Construí um sobrado no terreno dos meus pais e, de uns tempos para cá, a convivência com minha mãe e minha irmã ficou complicada. As duas vivem falando que a minha família mora de favor. Minha irmã frequenta outra igreja e não nos perdoa por não participarmos do mesmo ministério. Minha mãe vai a outra igreja, mas tem fama de fofoqueira na rua em que moramos. Penso em alugar uma casa no interior do estado e locar esta em que vivemos hoje, mas já estamos enfrentando resistência. O que devo fazer a respeito, Missionário?
S. C. S. S., São Paulo (SP)
R.: A Palavra de Deus exorta a, no que depender de nós, vivermos em paz com todos os homens (Rm 12.18). Isso deve começar com nossos familiares, justamente onde é mais difícil (Mt 10.36). O próprio Senhor Jesus sofreu com a rejeição e incredulidade de seus irmãos e parentes chegados (Mc 3.21; Jo 7.5). Não conheço os detalhes de sua situação, de sorte que não seria sábio dizer-lhe se deve ou não deixar a casa que você construiu, mas quero orientá-lo a buscar o Senhor com todo o seu coração, santificando-se, consagrando a si mesmo e todo seu lar, tomando a armadura de Deus e as armas espirituais para vencer essa batalha, que não é contra a carne e o sangue, e sim contra as investidas do diabo (Ef 6.10-18). Seja sábio e de modo nenhum caia na tentação de discutir doutrina ou religião, já que há uma clara contenda familiar nesse aspecto. Siga à risca as instruções bíblicas e será bem-sucedido (2 Tm 2.24-26). Agora, um advogado pode ajudar muito você no seu direito ao que construiu.
Qual é a finalidade do batismo no Espírito Santo? É um dos sinais de salvação?
J. F. S., sem identificação da cidade
R.: Minutos antes de ser assunto aos Céus, o Senhor Jesus determinou que Seus discípulos não saíssem de Jerusalém enquanto não recebessem o Espírito Santo (At 1.4,5). Eles eram da Galileia, região muito discriminada pelos judeus do sul, onde ficava a capital. Portanto, seria natural que quisessem deixar Jerusalém tão logo se vissem sozinhos, sem a presença física do Mestre. Daí a ordem expressa do Salvador, para permanecerem lá, até que fossem revestidos de poder. Mais adiante, Ele explicou que esse poder viria quando o Espírito Santo descesse sobre eles, capacitando-os a serem Suas testemunhas por onde quer que fossem (v. 12). O livro de Atos dos Apóstolos é um relato pormenorizado do impacto maravilhoso que esse poder causou na vida dos apóstolos, os quais, no dizer das autoridades incrédulas, saíram transtornando o mundo com o Evangelho (At 17.6). Assim, fica muito claro que o principal objetivo do batismo com o Espírito Santo é revestir o cristão de poder sobrenatural, a fim de que este faça a obra de Deus com autoridade. E todo salvo tem direito natural a esse batismo, como o Senhor Jesus ensinou em termos bastante enfáticos (Lc 11.9-13). Quem não é salvo pode até tentar imitar a obra do Espírito Santo, mas se dará muito mal, como aconteceu com Simão, o mágico, e com os filhos de Ceva (At 8.14-24; 19.13-17). A Graça Editorial tem uma série de livros versando sobre esse assunto tão importante para todo seguidor de Jesus.
Missionário, poderia explicar o que vem a ser consagração e santificação?
P. N. M., sem identificação da cidade
R.: Ambas as palavras têm a ver com a busca de realizar a vontade de Deus em nossa vida. A santificação é crucial para o envolvimento com o santíssimo Senhor, pois, sem ela, isso não acontece (Hb 12.14). Ela é necessária para os atos maravilhosos do Todo-Poderoso serem realizados, glorificando Seu Nome (Js 3.5). A santificação consiste em buscar conhecer a vontade do Senhor, por meio do estudo atento da Palavra para praticá-la no dia-a-dia, eliminando tudo o que tenha alguma ligação com o pecado. É, no dizer das Escrituras, viver de modo digno da vocação a que fomos chamados, opondo-se ao estilo de vida dos que não conhecem a Deus (Ef 4.1,17—6.9; Cl 3.5—4.6; 1 Pe 1.13-25). A consagração, por sua vez, é um exercício espiritual que também consiste em buscar a Deus, mas com um propósito definido. Pode ser por mais entendimento da Palavra, ou de uma orientação específica em face da necessidade de uma decisão. O ideal é isolar-se por um tempo, para ter liberdade de orar, louvar, clamar e, sobretudo, ouvir a voz do Altíssimo nas Escrituras (Mt 6.6). O Senhor Jesus o fazia, retirando-Se para um lugar deserto ou para um monte, a fim de ficar sozinho e orar intensamente a noite toda (Mc 1.35; Lc 6.12-16). Nessas ocasiões, é muito oportuna a prática do jejum, acompanhada do total desligamento das preocupações cotidianas. Quem pratica com seriedade a santificação e a consagração tem sabedoria e autoridade do Alto para enfrentar as astutas ciladas do diabo e fazer todos os demônios baterem em retirada, mediante a ordem em o Nome de Jesus. Isso fica mais bem compreendido quando nos lembramos do episódio em que os discípulos não conseguiram expulsar os demônios que estavam destruindo um jovem. O Senhor acabara de descer do monte onde Se transfigurara e, após libertar o rapaz, ensinou que determinadas castas de espíritos imundos demandam consagração para serem expulsas (Mc 9.14-29).
Há igrejas que batizam por aspersão e outras por imersão. Assim, se uma pessoa é católica e se torna evangélica, ela deveria ser batizada de novo, correto? E, se a pessoa sai de uma igreja evangélica que batiza por aspersão (luteranas e presbiterianas, por exemplo) e vai para outra que faz o batismo por imersão (batista, Assembleia de Deus etc), ela também deve ser novamente batizada, não é?
F. C., via internet
R.: Quem me conhece sabe bem que não discuto doutrina ou prática de outros ministérios, até porque isso não edifica ninguém. Nossa preocupação é apenas e tão somente ensinar o que a Bíblia Sagrada relata (2 Tm 1.13). Ela diz que o batismo é para aqueles que, ao ouvir o Evangelho, se arrependem e creem no Senhor Jesus (Mc 16.16; At 2.37,38). A palavra grega batismo significa mergulhar, fato que fica evidente nas narrativas dos batismos praticados por João Batista e no do eunuco (Jo 3.23; At 8.26-40). Por isso, praticamos o batismo nas águas apenas para jovens ou adultos que confessam crer na salvação trazida pelo Senhor Jesus, nos termos que o Livro Santo apresenta. Quem pensa ou age de modo diferente dará, assim como nós, contas de si mesmo e do que fez diretamente ao Senhor (Rm 14.10-12).