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Igreja na guerra

Foto: Divulgação

Um ano se passou desde a invasão da Rússia na Ucrânia, nação do Leste Europeu de 44 milhões de habitantes. A guerra causou a destruição de parte significativa do país obrigando milhares de pessoas a fugirem desesperadas. Aqueles que, por algum motivo, não puderam deixar o território ucraniano enfrentam todo tipo de escassez e correm risco permanente de morrer. São pessoas nessas condições que o ministério A Jesus Mission (em tradução livre, Uma Missão de Jesus) atende.

A organização atua em parceria com igrejas locais, e os voluntários visitam as regiões vizinhas às zonas de guerra levando suprimentos e o amor de Jesus Cristo (foto). Em muitas dessas áreas, não há comida ou água, e a energia elétrica é precária. Vemos homens adultos e pastores chorando por constatarem que suas orações por comida e ajuda foram respondidas, informou o diretor-executivo da instituição, Pierce Westfall.

A fim de inspirar os cristãos ocidentais a mobilizarem recursos para ajudar o ministério, a fundação lançou um documentário de 43 minutos que está disponível no YouTube sob o título: Into Ukraine: a story of being the church in a warzone (Dentro da Ucrânia: uma história sobre ser igreja em uma zona de guerra, em tradução livre). (Élidi Miranda, com informações de CHVN Radio)


Abaixo de zero

Foto: Pexels / Ankhbayar Baasantseren

A Mongólia, nação do Leste da Ásia de 3 milhões de habitantes, é conhecida pelas baixas temperaturas (foto ilustrativa). No inverno, os termômetros chegam a marcar 30 graus Celsius negativos. Mas o frio não é problema para um grupo de cristãos locais que, mesmo diante das intempéries climáticas, sai às ruas para evangelizar, tanto na capital, Ulan Bator, quanto em outras cidades.

Sob temperaturas tão baixas, até respirar incomoda. Ainda assim, pelo menos uma vez por semana, os servos de Deus escolhem uma região para circular de carro. Sempre que encontram alguém, oferecem uma carona para a pessoa até o local que ela deseja ir, seja ele qual for. No caminho, os cristãos apresentam a mensagem do Evangelho. A ação evangelística inusitada tem gerado frutos, e os voluntários testemunham que Deus os direciona a pessoas específicas, sedentas por ouvir a Palavra.

A seara mongol é muito grande, porém pouco mais de 1% da população do país é cristã. A maioria segue o budismo, e há mais de 200 condados espalhados pela nação que não possuem sequer uma igreja. (Élidi Miranda, com informações de International Mission Board – IMB)


Sem punição

Foto: SMMIMAGES / Wikimedia

O terror e a violência continuam a dominar o Norte da Nigéria, nação africana de 225 milhões de habitantes. Recentemente, 46 cristãos foram assassinados em um período de apenas cinco dias no sul do estado de Kaduna, região central do país. Segundo testemunhas, os autores dos ataques foram pastores de cabras da etnia fulani (foto ilustrativa), os quais têm se juntado a grupos terroristas muçulmanos que agem no país, como o Boko Haram.

Desde 2014, o sul de Kaduna, área predominantemente cristã, tem sido cenário de centenas de homicídios e invasões de propriedades. As investidas têm motivações políticas, econômicas e religiosas. Em uma delas, os pastores, que são nômades, montaram acampamento e levaram seus rebanhos para dentro de uma fazenda particular. Insatisfeito com a invasão de suas terras, ao protestar, o dono da propriedade foi assassinado e teve o corpo mutilado. De acordo com pessoas que estavam no local, as autoridades nada fizeram para impedir a ocupação, e a impunidade dos terroristas tem incentivado novos ataques. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)


Totalmente indefesos

Foto: Prime Minister’s Office / Government of India

Cristãos residentes de 20 vilarejos foram obrigados a abandonar suas casas e fugir para a floresta no estado de Chhattisgarh, no Leste da Índia, país do Sul da Ásia de 1,4 bilhão de habitantes. Em 18 de dezembro, os crentes em Jesus estavam reunidos em suas igrejas quando grupos de nacionalistas hindus radicais interromperam violentamente as celebrações nos distritos de Narayanpur e Kondagaon.

Segundo testemunhas, os extremistas usaram pedaços de bambu para bater nas pessoas. Com isso, muitas delas ficaram gravemente feridas a ponto de serem hospitalizadas. Igrejas e residências foram saqueadas. No entanto, quando os cristãos reportaram os episódios de violência às autoridades, estas responderam que as vítimas deveriam se defender por conta própria. Diante da atitude do Estado, os seguidores de Cristo não tiveram outra alternativa senão fugir.

Os ataques teriam sido motivados pela recusa dos cristãos da região em abandonar sua fé e retornar ao hinduísmo. Episódios de violência como esse se tornaram cada vez mais frequentes desde que o atual primeiro-ministro indiano, Narendra Modi (foto), do partido ultranacionalista Bharatiya Janata, assumiu o poder em 2014. (Élidi Miranda, com informações de International Christian Concern – ICC)


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