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Igrejas ilegais

Foto: Morning Star News

A situação dos cristãos na Argélia continua incerta. Nesse país de maioria muçulmana do Norte da África, com população de 43 milhões de habitantes, pelo menos 19 igrejas foram fechadas de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Observadores dizem que é uma tentativa de o governo de Argel limitar a atuação dos cristãos argelinos, uma vez que o número de novos convertidos não para de crescer.

A alegação oficial é de que esses locais de culto (foto) estão em situação irregular. De acordo com uma lei que entrou em vigor em 2006, as congregações cristãs precisam obter uma licença especial junto a um comitê específico para funcionarem. Contudo, essa comissão nunca se reuniu e, portanto, jamais emitiu qualquer licença. Assim, ao mesmo tempo em que acusam as igrejas de serem ilegais, o governo impede que elas sejam legalizadas. (Élidi Miranda, com informações de Mission Network News – MNN)


Ações ineficazes

O atual governo da Nigéria tem proclamado que derrotou o grupo terrorista islâmico Boko Haram. Entretanto, o país continua a viver sob o signo do medo, e os casos de violência perpetrados por esses extremistas se multiplicam. O sequestro e o assassinato do Pr. Lawan Andimi, um dos principais líderes cristãos nigerianos, é um exemplo bastante recente de que a violência de radicais muçulmanos continua em alta. Além do Boko Haram, outros extremistas islamitas estão em plena atividade na Nigéria, país do Norte da África que tem 214 milhões de habitantes. Uma célula do Estado Islâmico divulgou, no início deste ano, um vídeo no qual um menino de oito anos executava um prisioneiro cristão com um tiro na cabeça. Anteriormente, o grupo já havia divulgado outro vídeo em que exibia o assassinato brutal de 11 cristãos. (Élidi Miranda, com informações de Mission Network News – MNN)


Vítimas de bruxaria

O albinismo é particularmente prevalente na Tanzânia, nação da África Oriental de 58 milhões de habitantes. Enquanto no Ocidente o problema atinge uma em cada 20 mil pessoas, lá essa condição afeta um indivíduo em cada 1.400. A situação é pior ainda porque nascer albino na Tanzânia pode significar uma sentença de morte. Nesse território, prevalece a crença de que usar partes de corpos albinos em rituais de magia atrai boa sorte e dinheiro. Muitos feiticeiros locais fazem questão de difundir essa crença, pois as poções feitas por eles são caríssimas e movimentam um mercado macabro de milhões de dólares. De acordo com informações da Cruz Vermelha, os feiticeiros chegam a pagar até 75 mil dólares (cerca de 300 mil reais) por partes de um corpo cuja pele não tenha pigmentação natural (caso dos albinos). Autoridades da Tanzânia têm investigado os casos de assassinato e desmembramento de crianças albinas e vêm punindo exemplarmente os responsáveis: somente em 2019, 65 bruxos foram presos. (Com informações de BBC e Notícias Cristianas)


Legislação contraditória

Diversas igrejas na Rússia podem ter as suas portas fechadas por descumprirem a legislação. No entanto, na verdade, trata-se da impossibilidade de cumprir todos os requisitos do emaranhado burocrático da Rússia, nação euroasiática de 142 milhões de habitantes. A complexa legislação é contraditória em determinados pontos e quase sempre aplicada de forma a levar as comunidades cristãs a perder seus locais de culto.

Líderes evangélicos russos citam dois exemplos ocorridos em 2019 que ilustram a situação. O primeiro fato aconteceu em Novorossiysk, no Sudeste do país, onde as autoridades decidiram que os membros de uma igreja batista daquela cidade portuária não poderiam mais usar seu templo para fins religiosos. Todavia, o prédio era usado como local de culto havia duas décadas. O segundo afetou a Igreja Pentecostal Boas-Novas de Samara, município do Sul da Rússia. A congregação foi obrigada a pagar pela demolição do próprio templo, construído há duas décadas. O caso foi parar na Justiça, e um tribunal local deu ganho de causa à igreja, em primeira instância. (Élidi Miranda, com informações de Forum 18)


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