FÉ FRUTÍFERA
13/10/2025
Cuidado capilar
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou um informe de segurança sobre os perigos do uso de alisantes capilares irregulares. O órgão federal destacou que produtos com formol (formaldeído), ou ácido glioxílico, podem causar irritações na pele, problemas respiratórios e danos irreversíveis à estrutura dos fios. De acordo com a agência reguladora, o formol só é permitido em cosméticos no Brasil como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, em até 5%. Seu uso como agente alisante é proibido. O ácido glioxílico, também vetado, pode liberar substâncias tóxicas quando aquecido, sendo ainda mais perigoso em procedimentos, como a descoloração. O comunicado apresenta recomendações a consumidores e a profissionais para que usem apenas produtos regularizados, recusem substâncias proibidas, adotem equipamentos de proteção e mantenham os ambientes ventilados durante o uso. A adição de formol a cosméticos configura infração sanitária grave e pode ser considerada crime hediondo, conforme o Artigo 273 do Código Penal. A ANVISA reforçou a necessidade de monitorar e avaliar continuamente os cosméticos após a comercialização, a fim de proteger a saúde pública. (Patrícia Scott com informações de Agência Brasil)
Aliada da saúde
Praticar atividade física, em qualquer intensidade, idade ou condição de saúde, pode trazer benefícios diretos às funções cognitivas, como memória, atenção e raciocínio. A conclusão é de uma ampla revisão conduzida por pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália e publicada na revista inglesa British Medical Journal. Os resultados da análise de 133 estudos, com mais de 200 mil participantes, indicam que práticas de baixa ou moderada intensidade apresentam efeitos positivos no período de um a três meses. Modalidades esportivas como corrida, ciclismo e natação mostraram impacto maior na memória e até mesmo jogos eletrônicos, que envolvem movimento corporal, demonstram ganhos cognitivos. Segundo os cientistas, a atividade física também se mostrou útil no combate ao declínio cognitivo. Em crianças e adolescentes, uma rotina ativa pode gerar ganhos de memória. Já em pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), houve melhora no foco e redução da impulsividade. Esses benefícios resultam de uma combinação de fatores fisiológicos e cognitivos: corpo e cérebro estão ativos a partir dos estímulos que recebem durante o desenvolvimento da prática esportiva. (Patrícia Scott com informações de Agência Einstein)
Efeitos nocivos
As propriedades tóxicas da fumaça liberada por incêndios florestais já eram conhecidas. No entanto, um estudo do Instituto de Salud Global de Barcelona (ISGlobal), publicado em agosto na revista inglesa The Lancet Planetary Health, revelou que seus efeitos sobre a saúde são ainda mais graves do que se imaginava. Pesquisadores analisaram os impactos de curto prazo da exposição às partículas finas tóxicas e concluíram que o número de mortes atribuídas a elas pode ter sido subestimado em, aproximadamente, 93%. A poluição do ar é reconhecida como uma ameaça constante à saúde humana, e os incêndios florestais têm papel significativo nesse cenário. Até então, acreditava-se que as partículas oriundas das queimadas – chamadas PM2.5 – tinham a mesma toxicidade daquelas originadas de outras fontes. Contudo, os cientistas descobriram que esse material particulado ultrafino consegue penetrar profundamente nos pulmões, alcançar a corrente sanguínea e provocar doenças respiratórias, cardiovasculares e cerebrovasculares. Os resultados mostraram que, para cada aumento de um micrograma de PM2.5 por metro cúbico de ar, a mortalidade por todas as causas crescia 0,7%; o risco de morte por doenças respiratórias aumentava 1% e, por doenças cardiovasculares, 0,9%. A fumaça de incêndios florestais atinge mais de 1 bilhão de pessoas por ano em todo o mundo, tornando-se uma causa de morte silenciosa e frequentemente negligenciada. (Patrícia Scott com informações de Revista Galileu)
