Heróis da Fé | David Brainerd
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30/12/2022
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O Pr. José Adailton de Jesus, com a esposa, Denise Eloy de Jesus (grávida de João Lucas) e a filha, Isabela: oração atendida
Fotos: Arquivo pessoal

Firme na fé

Diante da possibilidade de perder outro bebê, casal persevera em oração e obtém a vitória

Por Evandro Teixeira

O Pr. José Adailton de Jesus, 40 anos, e a recepcionista Denise Eloy de Jesus, 41, são casados desde 2005 e vivem uma união feliz. Ele está à frente da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Mogi Mirim (SP), e o casal tem dois filhos: Isabela, 12 anos, e João Lucas, 6 anos. Desde a juventude, o ministro e a esposa se dedicam incansavelmente à obra de Deus e já viram o Senhor Se manifestar na vida deles em várias ocasiões. Porém, para eles, o episódio mais marcante foi o nascimento do filho caçula.

Quando se conheceram, ainda adolescentes, José Adailton e Denise já frequentavam igrejas evangélicas. Contudo, ainda não tinham se alicerçado na fé. Somente depois de irem aos cultos na IIGD em Vicente de Carvalho, Guarujá (SP), eles, de fato, converteram-se ao Evangelho. Na época, José tinha 17 anos, e Denise, 18 anos. Após alguns meses, os jovens se batizaram nas águas e passaram a se envolver com as atividades da Igreja.

Em 2004, foram consagrados como obreiros e, um ano depois, casaram-se. José Adailton, ao sentir o chamado de Deus para atuar no ministério, tornou-se pregador. A princípio, foi pastor auxiliar na sede regional da IIGD em Santos (SP), mas, aos 22 anos, assumiu a liderança de duas Igrejas na região: uma no município de Pedro de Toledo e outra em Itariri, ambas no estado de São Paulo. Em todas essas empreitadas, o líder sempre contou com o apoio da esposa, uma ajudadora fiel na obra divina.

Assim, desfrutando de um casamento e de um ministério abençoados, em 2008, o casal decidiu ter um filho. Contudo, com nove meses de gestação, Denise acabou perdendo o bebê em razão de uma asfixia uterina. Ela teve de ser submetida a uma cesariana de urgência na tentativa de salvar o feto, no entanto ele já estava morto havia dois dias.

O Pr. José Adailton, com a esposa, Denise Eloy, e os filhos, Isabela e João Lucas, em oração na IIGD: prósperos em todas as áreas

Por se tratar de um procedimento invasivo, os médicos recomendaram que Denise esperasse pelo menos dois anos para engravidar novamente. Porém, antes desse período, ela ficou grávida, e, no início de 2010, após uma gestação tranquila, nascia a pequena Isabela.

Quando a menina já tinha cinco anos, Denise engravidou mais uma vez. A notícia foi recebida com alegria pelo casal, e a gestação corria normalmente, até que, no sexto mês, uma avaliação de rotina mostrou que algo não estava bem. O exame de ultrassonografia acusou um afinamento do colo do útero, e uma avaliação médica indicou que havia 90% de chances de ocorrer um parto prematuro.

Na tentativa de resolver o problema, Denise foi orientada pelo médico a fazer repouso absoluto. “Fui proibida até de andar de carro. Em casa, deveria ficar a maior parte do tempo deitada, evitando qualquer esforço”, ressalta ela. Segundo o doutor, havia a possibilidade de o útero aumentar sua espessura, mas, caso isso não ocorresse naturalmente, ela seria submetida a uma cerclagem [procedimento por meio do qual é realizada uma sutura no colo do útero, a fim de evitar o seu rompimento antes do fim da gestação]. Entretanto, o especialista explicou que, mesmo realizando essa manobra, a gravidez só chegaria até o sétimo mês.

Eu te sararei – Denise ficou abalada com aquele diagnóstico. Ao sair da consulta, da qual não contou com a companhia do esposo, que estava viajando, ela voltou para casa pensativa, vislumbrando a hipótese dolorosa de perder outro filho. Ao mesmo tempo, refutava essa ideia em seu coração.

Quando José Adailton retornou, eles iniciaram um propósito de oração pela vida da criança. Naquele momento, Denise se lembrou que, algumas semanas antes, o marido fizera a Campanha das Promessas. Na ocasião, os membros tinham de ir ao altar e retirar um envelope no qual havia uma passagem bíblica. No entanto, conforme orientação do pastor, o versículo só poderia ser lido em casa no momento de oração. O texto sagrado para Denise foi: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à Casa do Senhor (2 Reis 20.5).

 Ao lê-lo, a recepcionista não entendeu o que o Altíssimo estava lhe dizendo. Porém, naquele momento de aflição, tudo fazia sentido, e eles tiveram certeza de que o Espírito Santo lhes havia reservara aquela Palavra. O casal permaneceu em oração, sempre mencionando-a. “Durante a madrugada, eu chorava pedindo a Deus que cumprisse Sua promessa e não deixasse que eu perdesse meu filho”, lembra-se a obreira.

Após o período de repouso, Denise refez o exame, que constatou que seu útero estava ideal para manter a gestação. “Como dizia o texto bíblico, o Senhor ouviu a minha oração e viu as minhas lágrimas”, alegra-se, recordando-se de que o Altíssimo fez a obra completa: a gravidez transcorreu sem nenhuma intercorrência até os nove meses, e João Lucas nasceu forte e saudável. 

Para o casal, o segredo de qualquer conquista na vida do cristão é se manter fiel ao Senhor. Dizimistas, patrocinadores e firmes na obra desde a juventude, eles não têm dúvidas a respeito do cuidado do Pai celestial. “Deus tem nos abençoado na vida pessoal, sentimental e ministerial. Somos prósperos em todas as áreas!”, conclui Denise.


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