Agentes da paz
02/05/2025
Agentes da paz
02/05/2025

R.: É preciso cuidado com os assuntos de Deus para não ir além do que está escrito na Palavra (1 Co 4.6; 2 Jo 1.9 – ARA). Em nenhum lugar, a Bíblia Sagrada declara que Metusalém não prestava, nem que era justo. Ela, simplesmente, não faz juízo de valor acerca da maioria dos homens listados em Gênesis 5, com poucas exceções, como a de Enoque (v. 21-24). Entretanto, é perfeitamente possível inferir que Metusalém tivesse, sim, temor a Deus, pois era filho do ilustre Enoque, homem que andou em retidão de tal maneira que foi transladado aos céus para não ver a morte, visto que agradara a Deus (Hb 11.5). Além disso, Metusalém gerou a Lameque, pai de Noé, de quem disse ser a solução divina para a terra amaldiçoada pelo pecado (Gn 5.28,29). Estes testemunhos apontam para uma família que temia ao Senhor e se diferenciava da humanidade apodrecida de seus dias. Além disso, as Escrituras não afirmam que Metusalém morreu afogado. Dizer isso é ser reducionista, como se ninguém pudesse ter falecido antes que esse juízo divino desabasse sobre os incrédulos.


R.: Oramos com diversos objetivos, e não estou me referindo à variedade de pedidos. A oração é um exercício do nosso espírito, por meio do qual entramos em comunhão íntima com Deus: Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará (Mt 6.6 – ARA). Note que o Mestre frisou circunstâncias específicas que ressaltam o caráter íntimo da oração, como estar só em um quarto fechado, em comunhão secreta com Deus. Portanto, o primeiro alvo da oração é entrar na augusta presença do Rei do Universo e deliciar-se com a magnífica beleza de Sua glória (Hb 10.19-22; 1 Cr 16.29). Alguém já disse, com propriedade, que uma das razões do Senhor Jesus orar tanto era para matar as saudades de casa. Outro objetivo da oração é derramar a alma no altar do Senhor, apresentando-Lhe as angústias do seu coração, na certeza de que Ele atende ao que clama (Fp 4.6; 1 Pe 5.7). Ana fez exatamente isso no santuário de Siló. O resultado foi o nascimento de um dos maiores homens de Deus da História (1 Sm 1.9-28). Oramos também para, em absoluta consonância com o desejo de Deus, determinar a bênção que Ele já nos concedeu e da qual tomamos posse, por meio da fé, ao encontrá-la em Sua Palavra (Jo 14.12-14; 15.7). Esse é o “segredo” da vida vitoriosa sobre todo e qualquer mal que nos sobrevenha (Mc 11.23). Como se pode ver, longe de ser uma mera repetição automática de palavras decoradas, a oração é parte essencial do arsenal divino à nossa disposição, para que adoremos a Deus em verdade, nos fortaleçamos no espírito e enfrentemos vitoriosamente as batalhas contra o diabo e suas hostes malignas (Ef 6.10-18).


Foto: Arquivo Graça / Rodrigo Di Castro

R.: Absolutamente não. Todo tipo de mal e desgraça que há no mundo só existe porque o patriarca da humanidade lhes abriu as portas da criação ao desobedecer ao Senhor (Gn 3). O próprio Criador, que havia feito tudo perfeitamente bom, diante da rebelião humana declarou a Adão: Maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás (vs. 17-19). Portanto, todas as doenças e demais imperfeições desta vida têm origem no pecado e devem ser enfrentadas pelo poder que há no Nome de Jesus, Aquele que Se tornou homem e veio ao mundo decaído para, em Seu corpo, destruir o mal (Is 53.4-6; Jo 1.14). Entretanto, a boa notícia é que todo aquele que crê na obra feita pelo Salvador no Calvário e se conduz por Seus ensinamentos tem autoridade, em Seu Nome, para desfazer as obras do diabo, assim como Ele fazia (Lc 10.19; Jo 14.12). Isso é tão verdadeiro que, no Céu, não haverá nem sombra de qualquer tipo de sofrimento (Ap 7.11-17; 21.1-5).


R.: Sim e não. Sim, porque todo e qualquer pecado tem a mesmíssima capacidade de separar o homem de Deus (Rm 3.23). O Altíssimo é absolutamente puro, a ponto de não contemplar a iniquidade (Hq 1.13). Quando Seu Filho recebeu nossos pecados na cruz, o Pai cortou imediatamente a comunhão com Jesus, porque não há como Deus ter qualquer contato com a transgressão (Is 53.4-6; Mc 15.34). Portanto, para o Senhor, todos os pecados são iguais, pois condenam o pecador à danação eterna, a saber, a segunda morte (Ap 20.14; 21.8). Entretanto, cada pecador será julgado individualmente no Tribunal de Cristo, o Juízo Final (2 Co 5.10; Ap 20.11-15). Isso indica que haverá graus diferentes de condenação, dependendo do peso das transgressões e maldades realizadas pelo indivíduo, bem como das omissões de que for culpado (Tg 4.17). Assim, conclui-se que todo pecado condena quem o comete, mas cada transgressão receberá o justo castigo, avaliada de modo individual pelo reto Juiz. A única maneira de escapar da condenação é por meio da fé no sacrifício que Jesus realizou no Calvário, pois ali Ele recebeu e expiou a culpa pela transgressão humana, a fim de que todo aquele que nEle crê não seja condenado, mas tenha vida eterna (Jo 3.16-21; 2 Co 5.18-21). Essa é a Boa Notícia, o Evangelho, a mais sublime realidade que precisa ser anunciada a todo ser humano.


R.: Enfrentar a tentação e vencê-la é um dever para quem segue o Senhor (1 Ts 4.3-7; Hb 12.14). Afinal, a Bíblia é claríssima ao ensinar que qualquer pecado nos separa de Deus e nos impede de obter Suas bênçãos (Is 59.1,2). Por isso mesmo, o Senhor providenciou a salvação, a qual não se limita apenas ao perdão dos pecados, tendo o Pai lançado sobre o Filho todas as nossas culpas, mas também, e principalmente, a uma nova vida, em santificação crescente (Is 53.4-6; 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2). Conforme o nascido de novo entende, pelas Escrituras, o que Deus espera dele, vai retirando de seus hábitos os obstáculos na sua jornada da fé, tanto pecados propriamente ditos, quanto circunstâncias, ainda que legítimas, mas que o levam a tropeçar (Hb 12.1,2; Mc 9.43-48). É exatamente este o plano divino para nossa caminhada em Cristo, o triunfo pessoal e constante sobre o pecado (Rm 6.17-23). Uma vez que a pessoa se arrependeu de sua velha maneira de viver e se entregou à direção do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o pecado já não tem mais domínio sobre a vida dela. Dessa forma, ela só irá desobedecer ao Senhor se assim quiser (Rm 6.1-14). Não há mais tentação invencível, muito ao contrário (1 Co 10.13). Portanto, cabe a cada filho legítimo de Deus tomar posse de todas essas verdades das Escrituras Sagradas e assumir posição firme e destemida contra as investidas do diabo e suas artimanhas, como também da carne com suas paixões (1 Co 9.25-27; Tg 1.12-15).


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *