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Tudo o que Deus fez é bom
Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas? (Isaías 5.4).
Após Se mostrar à disposição do povo para explicar sobre a Sua vinha, Deus praticamente Se colocou no “banco dos réus” para ser julgado quanto a alguma falha na Sua criação, visto que Adão comera do fruto proibido. Quem se atrever a julgar o Senhor não estará pecando, pois a iniciativa veio dEle. Agora, por que Ele indagou sobre o que os homens pensariam do mal que atacou a Sua vinha? Ora, nem o melhor juiz da Terra pode examinar o Criador e dar seu parecer. Se essa autoridade não entender as Escrituras, o seu veredito será viciado. Só o próprio Deus pode julgar a razão de Sua vinha se extraviar.
Os salvos devem falar das verdades bíblicas, pois nenhuma conclusão humana ou demoníaca prevalece sobre a Palavra. Agora, devemos ter a convicção de que o Senhor age em favor de todos. Em Cristo, nós nos completamos em verdade e paz, mas, sem Ele, a nossa vida se torna tormento e engano. Os que andam com o Pai celestial estão firmados nos Seus preceitos.
O Senhor deu a ordem, e Sua Palavra, Jesus, colocou-a em ação (Jo 1.1-14). A cada criação, foi feito o controle de qualidade, a partir do qual Deus viu que tudo era bom. Antes de formar a última criação à Sua imagem e semelhança, o Altíssimo preparou todas as coisas para ela: o homem. O Pai falou ao Filho e ao Espírito Santo: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra (Gn 1.26).
Os salvos devem falar das verdades bíblicas, pois nenhuma conclusão humana ou demoníaca prevalece sobre a Palavra
Não havia a menor dúvida de que o homem era a obra-prima do Senhor, a ponto de se dizer: “Tal como nós”. Ao criar macho e fêmea, Deus viu a qualidade inquestionável da Sua obra: E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto (Gn 1.31). No entanto, quem deveria ser perfeito não teve o cuidado de se guardar da tentação e caiu em pecado. A consequência desse ato foi a separação de Deus, a morte espiritual anunciada a Adão, caso comesse do fruto da árvore do bem e do mal (Gn 2.17).
A TENTAÇÃO LEVOU À QUEDA – A tragédia ocorreu deste modo: o diabo se incorporou na serpente, e Eva, que passeava pelo jardim, ouviu a voz de Satanás e foi conversar com ele. Quem dialoga com o diabo, sem a unção do Senhor, é influenciado por ele. O maligno indagou: Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? (Gn 3.1). Eva repetiu as palavras do Criador e ainda as completou: E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais (Gn 3.2,3).
A sagaz serpente entrou em ação: Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal (Gn 3.4,5). Como Eva já estava contaminada pelo mentiroso, deixou-se ensinar por ele e foi até a árvore verificar se aquelas palavras faziam sentido. A lição que tiramos dessa má atitude serve para quem, por exemplo, procura os espíritos malignos querendo saber algo sobre parentes mortos. Quem proceder dessa maneira logo estará nas mãos do maligno.
O Senhor deu a ordem, e Sua Palavra, Jesus, colocou-a em ação (Jo 1.1-14). A cada criação, foi feito o controle de qualidade, a partir do qual Deus viu que tudo era bom
Olhando a árvore, a mulher chegou a algumas conclusões que jamais teria, caso não tivesse dado atenção ao inimigo. A Bíblia relata que ela deu razão à serpente: E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela (Gn 3.6). Vamos dividir esse versículo para entender melhor a situação. Eva considerou a árvore: 1) boa para se comer (tentação no corpo); 2) agradável aos olhos (tentação na alma); 3) desejável para dar entendimento (tentação no espírito).
A tentação abrangeu cada parte do ser humano – corpo, alma, espírito – e funcionou para o diabo, porque Eva comeu do fruto e, ao encontrar o marido, deu a má notícia, e ele comeu com ela. O resultado disso nós conhecemos. Porém, agora temos de conhecer o ato de obediência de Jesus, que nos livrou da morte eterna (Rm 5.12-21).
A REVERSÃO DA QUEDA – Ao dar uma resposta vazia à indagação do Senhor, Adão se mostrou fora da comunhão com o Céu: E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me (Gn 3.9,10). Adão não tinha mais a proteção do Alto, que lhe dava a liberdade de viver como havia sido criado.
A seguir, o Altíssimo lhe perguntou: E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? (Gn 3.11). O homem continuou a esconder seu pecado e tentou culpar Eva. Mas isso não fazia a menor diferença, porque Deus dera a Adão a ordem de não provar do fruto daquela árvore, e não à mulher. O ser humano sempre procura desculpas para seu erro. Adão deveria ter falado a verdade: “Sim, Senhor, eu comi”. No entanto, em vez disso, declarou: Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi (Gn 3.12). O Criador, então, questionou Eva: E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi (Gn 3.13).
Quem erra deve ir ao Senhor e contar a sua transgressão, assumindo-a
Muitos não respondem diretamente, e sim formulam frases evasivas. Quem erra deve ir ao Senhor contar a sua transgressão, assumindo-a. Deus não perguntou coisa alguma ao diabo, pois sabia que nada o faria mudar, uma vez que é enganador e atrapalha os que têm algo a perder. Porém, o maligno ouviu do Altíssimo a respeito do que lhe aconteceria: Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida (Gn 3.14). E a sentença divina continua: E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). Essa profecia se cumpriu na cruz, quando Jesus pisou na cabeça da cobra, e ela o feriu no calcanhar. Cristo sofreu, mas nos libertou da escravidão eterna.
Deus falou a Eva, mostrando as consequências da sua atitude para ela e suas filhas nos dias vindouros: E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará (Gn 3.16). Há mulheres que desejam mudar essa decisão a todo custo, mas o que Deus falou acontecerá até o final dos tempos. Logo veio a sentença para o homem: E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás (Gn 3.17-19). Vimos como ocorreu a queda, contudo o Senhor reverteu a nossa morte espiritual.
A VIDA APÓS A QUEDA – Nada faltou ao homem desde o princípio, nem mesmo aos pecadores. O Espírito Santo sempre adverte as pessoas a se arrependerem; assim, experimentarão tempos de refrigério providenciados pelo Céu: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor (At 3.19). O convite é extensivo a todos, pois o Pai não quer que ninguém se perca. Enquanto os perdidos não conhecerem a Palavra nem se arrependerem, viverão em tribulações. Os tempos de tranquilidade são destinados àqueles que se voltam para Cristo!
Quando nos assumimos em Cristo, Ele nos assume no que programou para nossa vida. Então, começamos a produzir uvas boas ao crermos que o nosso momento chegou
A humanidade pode ser comparada a quem resolve andar na corda bamba sem saber que ela atravessa um abismo do qual não escapará caso caia. Esse indivíduo ignora o perigo, por isso alguém tem de se esforçar para avisá-lo e tirá-lo de lá, ou veremos o seu fim inescapavelmente. Os que não aceitarem Jesus como Salvador e Senhor rumarão para as profundezas do lago de fogo e enxofre (Ap 20.11-15). Eles precisam ser alertados desse terrível destino!
Além de um dia viver a felicidade no Céu, o servo de Deus desfruta das bênçãos de Deus diariamente. Andando com o Pai, ele aprende a se curar de doenças, libertar-se das aflições que surgem a todo instante e se livrar de pensamentos destrutivos. Quem mantiver a comunhão com o Criador jamais tropeçará nos obstáculos colocados diante dele.
É hora de a Igreja se levantar para assumir a sua posição no Senhor, e nada lhe faltará. Crer fará de você um servo santo, correto. Os Céus continuam esperando a sua decisão de assumir tudo quanto aprendeu no Livro Sagrado (Tg 1.22). O Pai celestial será glorificado com a Sua vinha produzindo como foi idealizado. Ele o usará nestes dias de tantas obras malignas. Seja fiel até a morte e experimente
a vitória (Ap 2.10b).
O plano de Deus para Sua Igreja e cada membro chamado e confirmado para ir até o fim é o mesmo. Quando nos assumimos em Cristo, Ele nos assume no que programou com relação à nossa vida. Então, começamos a produzir uvas boas ao crermos que o nosso momento chegou. No propósito divino, não nos faltará a assistência. Voltemos para Deus, consagremo-nos e prossigamos até a vitória!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
