PLENITUDE DE GOVERNO OU PERFEIÇÃO GOVERNAMENTAL
14/03/2025
PLENITUDE DE GOVERNO OU PERFEIÇÃO GOVERNAMENTAL
14/03/2025

NOVOS E BONS TEMPOS À VISTA


Agora, me tem vindo ao coração que façamos um concerto com o SENHOR, Deus de Israel; para que se desvie de nós o ardor na sua ira (2 Crônicas 29.10).

Um rei do povo de Deus que tinha tudo para não ser nada era Ezequias, pelo fato de ser filho de Acaz, um dos piores monarcas de Israel. O seu pai levara o país à falência e, apesar de ser o remanescente da casa de Davi, agira de maneira traidora para com o Senhor, por isso se foi sem deixar saudade: E dormiu Acaz com seus pais, e o sepultaram na cidade, em Jerusalém, porém não o puseram nos sepulcros dos reis de Israel; e Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar (2 Cr 28.7). No tempo de Acaz, Peca, o filho de Remalias, matou do exército de Judá uma quantidade considerável de homens belicosos, preparadíssimos para guerrear: Porque Peca, filho de Remalias, matou num dia em Judá cento e vinte mil, todos homens belicosos, porquanto deixaram o SENHOR, Deus de seus pais (2 Cr 28.6). Esse reino manteve a dinastia de Davi depois da cisão na qual Jeroboão levou 10 das 12 tribos do antigo Israel. Já no reinado de Ezequias, ele convocou um grande arrependimento em Judá, descrito no capítulo 29 do segundo livro das Crônicas, fazendo um discurso forte acerca dos pecados do povo. Depois disso, obteve uma vitória retumbante e milagrosa contra Senaqueribe, descrita em 2 Crônicas, capítulo 32. Assim, Ezequias se tornou temido, pois os seus feitos o marcaram como grande vitorioso.

Foto: Halina Berah / Gerado com IA / Adobe Stock

No reinado de Ezequias, ele convocou um grande arrependimento em Judá, descrito no capítulo 29 do segundo livro das Crônicas, fazendo um discurso forte acerca dos pecados do povo

Acaz tinha sofrido uma derrota fragorosa contra o reino da Síria, o qual havia infligido enorme perda ao reino de Judá, ao levar cativos rapazes, moças e mulheres. O rei de Judá, em vez de se converter a Deus, continuou sob o comando do diabo, levando seu pequeno país a uma série de fracassos. Isso tem acontecido com muitas pessoas que se deixam levar pela mentira do inimigo, achando que podem vencer sem a ajuda divina. Porém, o Altíssimo declara: Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura (Is 42.8).

NOVOS TEMPOS – Acaz morreu, e Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar. Ele sabia que novos tempos viriam, caso Judá se voltasse para o Senhor. Ezequias foi o 13º monarca daquele povo que foi diminuído, quando Roboão, neto de Davi, passou a reinar e fez um péssimo governo. Lendo o capítulo 12 do primeiro livro dos Reis, vemos que 10 das 12 tribos que compunham o reino de Davi decidiram não mais pertencer a ele e gritaram a independência: Assim se desligaram os israelitas da casa de Davi até ao dia de hoje. E sucedeu que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o chamaram para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém seguiu a casa de Davi, senão a tribo de Judá (1 Rs 12.19,20). Os relatos dos reis de Judá servem de bons exemplos para não cairmos nas armadilhas do diabo. 

Vendo que as atitudes de seu pai, praticamente, destruíram o reino que ele agora governava, Ezequias sentiu que deveria empreender uma reforma no país, a fim de não ver mais outras nações vencendo-os. Ele fez um resumo tremendo da situação, quando reuniu todo o povo em Jerusalém. Vejamos cada declaração dele aos israelitas que o apoiaram como se fosse uma só alma:

Foto: Horváth Botond / Adobe Stock

Ezequias sentiu que deveria empreender uma reforma no país, a fim de não ver mais outras nações vencendo-os. Ele fez um resumo tremendo da situação, quando reuniu todo o povo em Jerusalém

1. E lhes disse: Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia (2 Cr 29.5) – Sacerdotes e levitas deveriam se santificar, separando-se para o serviço na casa de Deus. Essa é uma lição para nós hoje. Ninguém pode fazer a obra divina, como agrada ao Senhor, sem se consagrar. Todos precisam saber que, antes de começar o trabalho na seara divina, o diabo traz as piores tentações, para que os servos do Pai celestial se desviem e deixem de cumprir a sua missão. No contexto do rei Ezequias, o povo de Deus deveria tirar a imundícia encontrada no santuário. Lembre-se: o seu corpo é santuário do Altíssimo, conforme diz a Palavra: E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei (2 Co 6.16,17). 

2. Porque nossos pais transgrediram, e fizeram o que era mal aos olhos do SENHOR, nosso Deus, e o deixaram; e desviaram o rosto do tabernáculo do SENHOR e lhe voltaram as costas (2 Cr 29.6) – Veja cinco atos ruins de seus pais: 1) transgrediram a lei de Deus; 2) fizeram o que era mal aos olhos do Altíssimo; 3) deixaram o Senhor para buscar demônios; 4) desviaram o rosto do tabernáculo do Todo-Poderoso para olhar coisas que em nada ajudariam; 5) deram as costas para Deus, em uma atitude de menosprezo. Pobre rei com seus assessores! 

3. Sob o governo do perdido Acaz, Judá ainda presenciou mais pecados sendo cometidos pelos que caíram na lábia de Satanás e, assim, provocaram a ira do Senhor. Com isso, praticaram mais quatro transgressões que jamais deveriam ter sido pensadas, aumentando a culpa do rei e dos seus assessores, como narra a Bíblia: Também fecharam as portas do alpendre, e apagaram as lâmpadas, e não queimaram incenso, nem ofereceram holocaustos no santuário ao Deus de Israel (2 Cr 29.7).  

Eles excederam em muito a tudo que já se ouvira falar. Hoje, porém, com o crescimento do Evangelho no mundo, não será surpresa vermos pessoas fazendo maldades semelhantes contra a obra de Deus. Temos de vigiar e orar para não entrarmos em tentação (Mc 14.38).

Foto: Arquivo Graça / Marcos AC

Com o crescimento do Evangelho no mundo, não será surpresa vermos pessoas fazendo maldades semelhantes contra a obra de Deus. Temos de vigiar e orar para não entrarmos em tentação (Mc 14.38)

A GRANDE IRA DO SENHOR – Toda maldade que cometemos precisa ser confessada e abandonada. As Escrituras orientam: O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13). Quando você continua no pecado e diz que não se lembra do que fez, ou acha que Deus não Se importa com as suas ações, vai totalmente contra os ensinamentos da Bíblia. Por isso, peça ao Senhor misericórdia para você se consertar e não mais cair no erro. O Altíssimo pode reerguer você, ou erguê-lo pela primeira vez, desde que você queira se livrar dos males da vida.

Veja como Ezequias continuou o seu discurso: Pelo que veio grande ira do SENHOR sobre Judá e Jerusalém, e os entregou à perturbação, à assolação, e ao assobio, como vós o estais vendo com os vossos olhos (2 Cr 29.8). De uma hora para outra, as coisas começaram a dar errado, mas ninguém se arrependeu. 

Aqueles que quiserem enfrentar o Senhor verão o quanto um toque dEle faz doer. Como resultado da ira, Judá sofreu: Porque eis que nossos pais caíram à espada, e nossos filhos, e nossas filhas, e nossas mulheres estiveram por isso em cativeiro (2 Cr 29.9). Os homens morreram violentamente, e os filhos, as filhas e as mulheres foram levadas cativas para Damasco e, dali, para o reino do Norte, Samaria. 

O CONCERTO – Com o país sem os homens necessários, sem jovens que viessem a ser treinados para, um dia, libertar o reino da opressão que, certamente, viria, como ter de pagar taxas e impostos aos vencedores, Judá estava fadado a desaparecer. Porém, como Ezequias era temente a Deus, recebeu o toque divino no seu coração e disse: Agora, me tem vindo ao coração que façamos um concerto com o SENHOR, Deus de Israel; para que se desvie de nós o ardor na sua ira (2 Cr 29.10).

As pessoas que se encontravam em Jerusalém haviam saído de várias regiões do país, pois eram a favor de que algo deveria ser feito, assim como pensava o rei Ezequias. Por isso, ele lhes disse que fizessem um concerto com o Senhor, para que a ira se desviasse delas. O rei fez a confissão verdadeira, sem esconder as transgressões de seus antepassados, provocando miséria e demais perturbações.

Foto: Arquivo Graça / Marcos AC

Ora, não foi isso que Jesus nos comissionou a fazer, ao ordenar que fôssemos pelo mundo para pregar a Boa Notícia a todos? Cristo garantiu que quem cresse na mensagem seria salvo e quem não cresse já estaria condenado (Mc 16.15,16)

A DECISÃO – Não há registro de tudo o que o rei falou aos israelitas, mas, sem dúvida, eles fizeram o seu melhor e decidiram ouvir mais do chefe da nação que temia o Senhor. Assumindo sua posição de mandatário, Ezequias os convocou para outra guerra; agora, não contra os países que os tinham dizimado, mas contra as forças das trevas que queriam destruí-los: Agora, filhos meus, não sejais negligentes, pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes diante dele para os servirdes, e para serdes seus ministros, e para queimardes incenso (2 Cr 29.11). Aquela nação ressurgiria das cinzas, pelejaria na força e no poder do Senhor e, por certo, sofreria ataques das grandes nações que queriam tomar à força o mundo inteiro para servir a elas. Tempos depois, Judá não só viu o Império Assírio chegar e exigir rendição, mas também sair derrotado e envergonhado, porque viu que o Deus de Davi estava livre para proteger e guardar os Seus amados (leia o capítulo 32 do segundo livro das Crônicas). Isso é necessário acontecer em sua vida, pois não há como o diabo vencer a sua fé, se você estiver bem diante do Pai. O que Josué dissera a Israel serve para nós hoje: Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós (Js 3.5). Esse é o caminho! 

A HISTÓRIA MUDOU – Após ouvir a exortação de Ezequias, o rei animou os israelitas, dizendo que não fossem mais negligentes, pois haviam sido escolhidos pelo Senhor para estarem diante dEle, servindo-Lhe, sendo Seus ministros e queimando-Lhe incenso (adorando-O). Ora, não foi isso que Jesus nos comissionou a fazer, ao ordenar que fôssemos pelo mundo para pregar a Boa Notícia a todos? Cristo garantiu que quem cresse na mensagem seria salvo e quem não cresse já estaria condenado (Mc 16.15,16). O Senhor nos fez ministros de um Novo Pacto, para sermos os Seus verdadeiros adoradores (2 Co 3.6). Os levitas puseram as mãos no trabalho do Altíssimo, e a obra foi feita. Assim, nem o poderosíssimo Senaqueribe, rei da Assíria, prevaleceu contra aquele punhado de homens decididos. E você, o que fará pelo Evangelho?

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares 


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