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Foto: Arquivo pessoal
Por Evandro Teixeira
Na adolescência, Aline Jordana de Brito Moraes, de 25 anos, era muito rebelde e ia a festas com frequência. Inicialmente, sua mãe, a recepcionista Danielly de Brito Melo, 41, via esse comportamento como algo normal da idade. No entanto, quando a menina apresentou questões na área sexual e demonstrou atitudes agressivas, Danielly começou a se preocupar. Por volta dos 14 anos, além de quebrar objetos, sem explicação, a adolescente chegou a ameaçar algumas pessoas com seu tom de voz.
Para a mãe, o momento mais crítico foi ver a filha apresentando uma crise de fúria, em que rasgou a própria roupa de modo violento. Assustada com aquela cena, ela levou Aline à casa de uma tia, que fazia trabalhos espirituais. Ao avaliar o caso, a familiar disse que a menina precisava de cuidados especiais e, por ter um chamado único, deveria ficar em um espaço da residência “para ser preparada”. Hoje, Danielly reconhece que foi um erro ter concordado com aquela proposta. Aline Jordana permaneceu lá por um mês. “Ela passava muito mal, sentia dores e chegava a vomitar”, lembra-se a mãe, admitindo que não mais reconhecia a menina. Devido ao comportamento agressivo, Aline era agredida para ficar contida naquele ambiente. Posteriormente, ela se afastou dos amigos e da escola e começou a ter crises de ansiedade.

Resposta de oração – Ao tomar conhecimento do caso, um tio da jovem entrou em contato com a avó materna de Aline, a dona de casa Dolores de Brito Mesquita, 60 anos, que já era evangélica. Ao saber que a neta estava, havia alguns dias, confinada, Dolores iniciou uma campanha de oração e jejum. Após três semanas, o propósito daquele clamor mostrou resultados. Em determinados momentos, Aline desejava sair daquele lugar. De acordo com Danielly, que não podia vê-la sempre, isso acontecia quando a adolescente não estava sob a influência de espíritos malignos.
Até que Danielly a retirou do local. Embora a tia não tenha ficado satisfeita com tal decisão, acabou aceitando. Ao voltar para casa, a adolescente dizia constantemente que queria morar com a avó, a qual residia em um bairro afastado. As duas não tinham uma relação muito próxima, mas, devido a todo ocorrido, aproximaram-se bastante. Com a permissão da mãe, Aline foi morar com Dolores em 2014. “Eu repetia muitas vezes que precisava morar com ela. Esse desejo surgiu quase do nada”, recorda-se Aline, que conheceu a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), no bairro do Zerão, em Macapá (AP), e se sentiu acolhida logo no primeiro culto. “Pela primeira vez, pude experimentar a presença de Deus aquecer o meu coração”, relata Aline Jordana.

Livre do mal – A partir de então, teve início a sua libertação. Nos cultos, Aline passava mal, a ponto de vomitar. Durante quatro meses, ela enfrentou essa situação até ser liberta. A jovem revela que, no período em que ficou isolada, soube que o alvo do maligno era acabar com a mãe dela. Danielly, por sua vez, lidava com aquele quadro difícil da filha e lutava contra problemas que surgiram no trabalho, cumprindo uma carga horária bastante extensa. No entanto, a transformação de Aline fez o mal se dissipar, e novas portas se abriram: a mãe dela mudou de emprego sem perder os direitos trabalhistas e ainda conseguiu adquirir a tão sonhada casa própria.
Aline, então, sentiu o desejo de se envolver na obra de Deus. Em 2015, foi batizada nas águas. Na época, participava do grupo jovem e de ações de evangelismo. Naquele mesmo período, conheceu o rapaz que se tornaria seu marido, o mestre de obra Anderson Tavares Moraes, hoje com 31 anos. Quando começaram a namorar, mesmo já sendo batizados, ambos demonstravam imaturidade espiritual e foram pais antes de se casarem. Em 2016, nasceu Benjamim de Brito Moraes. Dois anos depois, ao reconhecerem que o Senhor tinha um chamado na vida deles, reconciliaram-se com Cristo e oficializaram a união, recebendo a bênção de Deus na IIGD do bairro do Muca, em Macapá. Desde então, fazem a obra divina juntos, atuando no ministério de louvor. Em 2020, a família cresceu com a chegada da pequena Sara Sophia.

Hoje, Aline Jordana tem um lar feliz na presença do Altíssimo. “A partir do momento em que entregamos o controle da nossa vida nas mãos do Senhor, tudo muda”, destaca ela, lamentando apenas o fato de a mãe ainda não ter aceitado Jesus como Salvador, mesmo depois de acompanhar a sua trajetória. “Ela tem consciência de que, para caminharmos com Deus, precisamos renunciar todas as práticas mundanas que nos afastam dEle. Estou firme na fé que, assim como Jesus operou um milagre na minha vida, Ele o fará na de minha mãe”, afirma Aline, crendo que o Pai celestial já está trabalhando no coração de Danielly.