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13/02/2025
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14/02/2025
Foto: Reprodução / Find A Grave com IA de RestorePhotos
Por Patrícia Scott*
Proeminente evangelista, Reuben (Uncle Bud) Robinson nasceu em 1860, em uma cabana de madeira na região montanhosa de White County, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Era o 13º filho de uma família pobre. Quando tinha 16 anos, seu pai, Emmanuel Robinson, faleceu, e sua mãe, Martha Jane Adkins, vendeu o pouco que possuíam, e todos se mudaram para o Texas. Em agosto de 1880, aos 20 anos, Reuben foi a uma reunião campal de reavivamento, e lá sentiu uma profunda convicção de seus pecados e recebeu Jesus Cristo como Salvador. Naquela noite, enquanto se deitava sob uma carroça, teve a certeza do chamado divino para se tornar um pregador. Então, ingressou na Igreja Metodista Episcopal e, algum tempo depois, recebeu uma licença para pregar, iniciando, assim, seu trabalho evangelístico.
Reuben Robinson (1860-1942) foi criado em uma família presbiteriana, a qual lhe ensinara que, uma vez sendo alcançado pela graça, estaria sempre na graça, e que a santificação só ocorreria após a morte. No entanto, em 1886, depois de assistir a três pregações do Dr. W. B. Godbey na cidade de Alvarado, no Texas, sua visão acerca da santificação mudou: entendeu que esta era, na verdade, uma segunda obra da graça – sendo a salvação a primeira – e se tornou um ardente defensor desse entendimento doutrinário.

Foto: Divulgação
Após o fim da convenção, para a qual teve de percorrer 16 km a cavalo, Reuben se mudou para o condado de Hill, no Texas. Dois anos depois, passou a pregar sobre a santidade como uma obra subsequente à salvação. Lembro-me de que um pregador veio até mim e me disse que não acreditava na santificação e me perguntou se eu já tinha visto um pregador que tivesse a bênção. Eu disse a ele que tinha visto muitos na convenção e que o Dr. W. B. Godbey foi o primeiro homem que ouvi pregar sobre isso, escreveu Robinson, salientando que, sem santificação, um pregador não será capaz de acender um fogo de avivamento que fará os pecadores chorarem no caminho até o pé da cruz e encontrar o perdão.
No primeiro domingo de junho de 1890, ele pregou uma mensagem com base no texto de 1 Tessalonicenses 5.23, que destaca a preservação da santificação até a vinda de Jesus. À noite, já em outra localidade, ministrou a passagem de Hebreus 12.14, ensinando que sem santidade ninguém verá o Senhor. Deus me sobrecarregou tanto naquela noite que chorei enquanto pregava. Disse ao público que teríamos um culto naquela noite e que haveria pelo menos um buscador: eu mesmo. Ao final do sermão, desci do púlpito, ajoelhei-me e busquei a experiência de santidade para o meu ministério.
Amor à obra – No seu primeiro ano de ministério, Reuben – conhecido por seu bom humor, temperamento afável e sua gagueira – ganhou 300 pessoas para Jesus em suas reuniões. E, todas as manhãs, ele fazia a seguinte oração: Ó Senhor, dá-me uma espinha dorsal tão grande quanto uma tora de madeira e costelas como dormentes sob o piso da igreja; põe-me sapatos de ferro e calções galvanizados, […] e ajuda-me a lutar contra o diabo enquanto eu tiver uma visão, mordê-lo enquanto eu tiver um dente, e depois mastigá-lo até morrer. Amém. Esse servo de Cristo, aliás, não sabia ler e escrever quando começou sua carreira evangelística. Mas, com muito esforço e tamanha dedicação, superou essa limitação. No início da década de 1890, ingressou na Southwestern University, em Georgetown, no estado do Texas, e colaborava com o Exército de Salvação. Na mesma época, tornou-se pregador da Igreja do Nazareno. Em 10 de janeiro de 1893, casou-se com Sallie Harper, em Georgetown.

Foto: Divulgação
E, até o fim de sua vida, dedicou-se ao evangelismo, percorrendo os Estados Unidos. Acho que, no primeiro ano depois que Deus me santificou, mais pessoas foram salvas do que durante os dez anos em que preguei como pastor licenciado sem a experiência da santidade, admitiu certa vez. Milhares de homens e mulheres se converteram ao Salvador por meio de sua pregação, e muitos outros foram encorajados por seu ministério. Embora nunca tenha pastoreado uma igreja, Reuben fez uma significativa contribuição, ao doar pessoalmente mais de 85 mil dólares para a educação cristã de jovens, e conseguiu recolher mais de 53 mil assinaturas do jornal de sua congregação, The Herald of Holiness (O arauto da santidade, em português).
Reuben Robinson escreveu 14 livros e vendeu mais de meio milhão de cópias de suas obras, algumas bastante conhecidas como My Hospital Experience (Minha experiência no hospital) e sua autobiografia, My Life’s Story (Minha história de vida). De leste a oeste dos Estados Unidos, de Boston a Los Angeles, milhares de pessoas se reuniam para ouvi-lo, encantados com sua sagacidade e seu estilo único de pregar o Evangelho. Amado, vale a pena receber a bênção [a santificação], vivê-la, pregá-la, cantá-la e gritá-la. Temos o melhor do mundo. Por que não deixar o mundo ouvir sobre isso?, dizia o evangelista. Ele morreu em 2 de novembro de 1942, à noite, em sua casa em Pasadena (EUA), aos 82 anos, deixando um legado de fé e amor pelas almas e pela santificação. (*Com informações de Christian Hall Of Fame, Interchurch Holiness Convention e Find a Grave)