Na prateleira – 301
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Contrariando o prognóstico médico, obreira com artrose no joelho tem recuperação surpreendente
Por Evandro Teixeira
Há quase três décadas, a aposentada Maria Hilda Silva, 63 anos, é membro da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Paço do Lumiar, na região metropolitana de São Luís (MA). Embora sua mãe fosse evangélica, Maria nunca havia frequentado qualquer igreja até 1996, quando se tornou espectadora das pregações do Missionário R. R. Soares pela TV. Ela passava por um momento delicado: recuperava-se de uma cirurgia no útero – na qual perdera bastante sangue. Contudo, em busca de paz, encontrou o conforto de que precisava na figura daquele pregador, sempre sereno e falando do amor de Deus.
Durante algum tempo, Maria Hilda apenas assistia diariamente ao programa de TV do Missionário. Mas, quando já estava recuperada, descobriu que havia uma Igreja perto da casa dela e passou a frequentar os cultos ali. Logo fez sua profissão de fé, foi batizada nas águas e não demorou a se envolver na obra do Senhor, participando do grupo de evangelismo e da equipe de limpeza do templo. Em 2001, aos 40 anos, tornou-se obreira. “Uma de minhas maiores alegrias”, relata.
Após a conversão, Maria Hilda iniciou a instrução de seus três filhos, na época, adolescentes, no caminho da fé. Porém, hoje, apenas a caçula, a auxiliar de serviços gerais Hildes da Conceição Silva Cardoso, 39 anos, é convertida e membro da Igreja da Graça. Por sua vez, Maria Hilda, que era viúva, casou-se de novo em 2016, com o aposentado Constâncio Antônio de Jesus, 81 anos, membro da IIGD.
Dois anos depois do casamento com Constâncio, a obreira, então com 57 anos, atravessou um quadro de saúde difícil: dor intensa e inchaço no joelho direito, a ponto de ela não conseguir levantar a perna para subir uma escada. E, à medida que o tempo passava, o problema só se agravava.
Diante disso, Maria Hilda decidiu procurar um médico, pois temia não conseguir andar mais. Após fazer alguns exames e passar pela avaliação de um ortopedista, ela recebeu o diagnóstico de artrose [condição em que as cartilagens das articulações, cuja função é impedir que os ossos encostem uns nos outros, desgastam-se, causando dor]. A enfermidade estava em um estágio avançado, mas a aposentada começou o tratamento recomendado pelo especialista: uso de medicação oral e a realização de sessões de fisioterapia. Além disso, submeteu-se a injeções intra-articulares para amenizar os sintomas, porém o desconforto permanecia.
Alegre e convicta – Como Maria Hilda não estava sendo atendida pela rede pública de saúde, a família teve muitos gastos, impactando a área financeira. Hildes se lembra, com tristeza, dessa época porque se sentia incapaz de ajudar a mãe. “A gente sofria por ver a dor dela e não poder fazer nada”, recorda-se. Por sua vez, Constâncio enfrentava um duplo desafio: a situação da esposa e o montante a pagar. “Os valores variavam de acordo com o tipo de medicação e procedimento”, informa a aposentada.
Por causa de seu estado, ela não podia trabalhar como obreira, pois era impossível ficar muito tempo em pé durante as reuniões. No entanto, continuava servindo ao Criador de outras maneiras, mantendo-se presente na maior parte dos cultos. Diante daquele sofrimento, ela questionava ao Senhor o porquê de estar passando por aquela batalha e, em oração, declarou ao Pai celestial: “Meu Deus, estou sempre em Sua casa e mantenho uma vida de oração. Por que ainda não fui curada?”
Em 2023, Maria Hilda soube que o Missionário R. R. Soares realizaria uma série de reuniões em São Luís, e, então, ela determinou que seria curada naquele dia – 4 de setembro, na reunião das 18h. “Mesmo sentindo dor, eu estava alegre, pois tinha a convicção de que receberia a cura”, lembra-se a obreira, que estava ansiosa pelo momento da oração.
Dessa forma, assim que o pregador chamou à frente as pessoas que queriam ser abençoadas, Maria foi uma das primeiras a ir até o altar, mesmo caminhando com dificuldade. Durante aquela intercessão, sentiu que o poder de Deus estava em ação para curá-la. Ao final, o Missionário perguntou quem havia sido abençoado, e Maria Hilda contou seu testemunho. Em seguida, a pedido do pregador, ela, que antes mal conseguia andar, correu sem dificuldade pelo corredor central do templo. Em sua opinião, a determinação de ir à frente foi essencial para ter alcançado a vitória. “Se não tivesse tomado aquela atitude, poderia não ter sido sarada naquele dia.”
Assim, a aposentada, que chegou à Igreja com limitação para se locomover, voltou para casa caminhando normalmente ao lado do esposo. E, a partir daquele dia, a vida de Maria Hilda mudou completamente: com alegria, tornou a fazer as tarefas domésticas, como arrumar a casa e preparar as refeições do casal. Passou também a atuar na Igreja vigorosamente. “Agora, ela até corre pelas ruas do bairro”, brinca sua filha Hildes.
Segundo Maria Hilda, foi uma grande vitória. Os médicos sinalizaram que ela teria de conviver com o problema, mas, ao saberem dessa recuperação, ficaram surpresos porque não esperavam que isso fosse possível. “Hoje, eu não tomo mais remédio para dor”, informa a obreira, grata ao Senhor por ter vencido a artrose após cinco anos de luta.