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Medicina e Saúde – 296

Problema silencioso

Foto: Crystal light / Adobe Stock

A doença renal crônica (DRC), condição que afeta a estrutura e a função dos rins, atinge 23 milhões de pessoas no Brasil (11% da população). O problema tende a ser assintomático e se agravar com o passar do tempo, levando o paciente a precisar de sessões de diálise – filtragem do sangue – e transplante renal. O distúrbio é incurável, e o índice de mortalidade relacionado a ele é alto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, essa será a quinta causa de óbitos no mundo até 2040.

A prevenção da enfermidade se dá pela adoção de hábitos saudáveis, incluindo uma boa alimentação (pobre em sal, açúcares e gorduras) e a realização de atividade física regular. Como a idade é um fator de risco, todos devem realizar check-ups anuais após os 40 anos. Exames laboratoriais e de imagem podem detectar o problema em sua fase inicial. Pessoas com histórico familiar de DRC, hipertensas e diabéticas necessitam de atenção especial. Nesses casos, vale a pena procurar um especialista em doenças renais, para uma avaliação detalhada. (Élidi Miranda, com informações de Comunicação Sem Fronteiras e Manual MSD)


Dor latejante

Foto: fizkes – Adobe Stock

A migrânea é uma dor de cabeça com origem, sintomas e tratamento específicos. Diferente de outras cefaleias, a enxaqueca se origina no sistema nervoso. Quem sofre desse distúrbio têm neurônios mais sensíveis, que se tornam, cada vez mais, responsivos a uma série de fatores, como estresse emocional, variações hormonais em mulheres, jejum, consumo de álcool, tabagismo. Esses aspectos podem precipitar crises de migrânea.

A enxaqueca provoca uma dor de moderada a grave, latejante, geralmente localizada apenas em um dos lados da cabeça. Ela pode surgir acompanhada de enjoo, vômitos e intolerância à luz. Estudiosos do assunto dizem que 18% da população feminina e 6% da masculina sofrem desse mal.

Além do tratamento medicamentoso, reconfigurações no estilo de vida são importantes para reduzir a frequência e a intensidade das crises. Dentre essas mudanças, destacam-se: sono adequado, refeições no mesmo horário todos os dias, atividade física regular, abstenção de cigarro e álcool e afastamento de situações que sirvam de gatilho para o sintoma. (Élidi Miranda, com informações de MD Saúde)


Cuidados necessários

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com a Dra. Tayná Athayde

Por Élidi Miranda

O pós-parto é um momento desafiador por causa das diversas mudanças físicas e emocionais enfrentadas pelas mulheres. A médica Tayná Athayde, especialista em Nutrologia, ensina que é possível atravessar esse período com saúde e disposição. Ela fala do tema nesta entrevista à Graça/Show da Fé:

Quais cuidados a mulher precisa ter na gestação para um pós-parto saudável?

Em primeiro lugar, alimentar-se bem, evitando produtos industrializados e excesso de açúcar, priorizando proteínas, frutas e verduras. Isso garantirá que ela tenha um ganho de peso adequado ao longo dos meses.

Quais são os nutrientes indispensáveis no pós-parto?

A alimentação deve ser feita buscando promover a recuperação dos hormônios. Nesse período, o corpo está cicatrizando. Devem ser priorizadas boas fontes de proteína e gordura, que darão estrutura para a formação hormonal, bem como vitaminas e minerais – o ferro, por causa da perda de sangue durante o parto; vitaminas do complexo B, que dão mais disposição e energia; e zinco, essencial para a formação hormonal.

O estresse, a depressão e o baby blues [melancolia e desesperança durante o pós-parto] podem ser evitados?

É possível tratar e até mesmo prevenir o baby blues e a depressão pós-parto com mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. A deficiência de ferro e a anemia podem fazer a mulher se sentir mais deprimida, cansada e indisposta. A falta de vitamina D se relaciona com a piora do quadro de depressão e ansiedade. Durante o pós-parto, é comum ocorrerem alterações no funcionamento da tireoide, e os sintomas podem se assemelhar à depressão e ao baby blues.

A atividade física é recomendável no pós-parto?

Nessa fase, o corpo está passando por um processo de cicatrização. Portanto, o melhor momento para começar é quando a mulher se sentir bem o suficiente para isso. Os exercícios devem ser voltados para o fortalecimento da região abdominal. Gosto muito daqueles conhecidos como técnica da barriga negativa [que envolve exercícios de respiração e posturas estáticas].

O que mais a mulher pode fazer para se sentir disposta nesse período?

Buscar a Deus, pois Ele é a nossa Força, e ser grata pela maternidade e pelas dificuldades que ela traz. Tais situações nos fortalecem e nos ensinam sobre o amor. Obviamente, o suporte familiar e o do marido também são fundamentais.


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