Medicina e Saúde – 271
01/02/2022Carta do Pastor à ovelha – 273
01/04/2022Dores sintomáticas
A caminhada é uma forma de atividade física muito difundida, principalmente entre os mais velhos. Contudo, o exercício pode precipitar sinais de dor nas pernas, os quais não devem ser ignorados. O desconforto nos membros inferiores pode apontar para uma série de problemas de saúde, por exemplo, aqueles relacionados à circulação sanguínea.
Problemas venosos (como as varizes) causam sensação de peso e cansaço, a qual piora em dias quentes. O incômodo se intensifica com o calor. Entretanto, melhora, de maneira significativa quando a pessoa fica em repouso, em especial com as pernas suspensas. Geralmente, quem apresenta esse quadro têm varizes aparentes. Já aquelas condições que envolvem a circulação arterial podem acarretar queimação nas panturrilhas. Em quadros assim, é possível que exista uma obstrução das artérias que, em casos mais graves, deixam os pés frios, pálidos, azulados e com sensação de formigamento. Vestir meias de compressão pode ajudar, porém, em quaisquer situações, um médico especialista deve ser consultado. (Élidi Miranda, com informações de Way Comunicações)
Proteção essencial
O Sol proporciona inúmeros benefícios, mas pode provocar sérios danos à saúde se não houver parcimônia. Afinal, a exposição excessiva aos raios solares é a principal causa do câncer de pele. Ao longo de todo o ano – e não somente no verão –, é preciso evitar ficar exposto.
Vinte minutos diários são suficientes para tirar muitas vantagens do banho de sol, como a absorção de vitamina D e de outros nutrientes. Contudo, na praia ou nos passeios ao ar livre, ultrapassando esse limite de tempo, é obrigatório o uso dos filtros solares. A aplicação desses produtos se provou, ao longo das últimas décadas, o método mais importante na prevenção do câncer de pele. Estudos já indicam que, ao utilizá-los nos primeiros 20 anos de vida, o risco desse tipo de tumor é reduzido em 78%. É importante incorporar os protetores no dia a dia, mesmo fora dos momentos de lazer ou quando o céu estiver nublado – no mínimo, 30 minutos antes da exposição solar. (Élidi Miranda, com informações de Saúde)
Uso controlado
Cinco minutos com
Dr. Caoê von Linsingen
POR ÉLIDI MIRANDA
Na busca pelo corpo supostamente perfeito, muitas pessoas ainda insistem em eliminar os quilos excedentes lançando mão de medicamentos. Afinal, eles “facilitam” o processo de emagrecimento. Nesta entrevista, o endocrinologista Caoê von Linsingen, da rede Paraná Clínicas, informa porque eles não devem ser usados indiscriminadamente.
Medicamentos para a redução do peso corporal são tanto para quem tem sobrepeso quanto para portadores de obesidade?
Medicamentos são individualizados conforme cada caso. O que funciona para uma pessoa pode não ser indicado para outra. Podem ser considerados para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 [considerados obesos] e pacientes com IMC acima de 27 [com sobrepeso] que tenham comorbidades associadas.
Quais são os tipos de remédios disponíveis para o tratamento da obesidade hoje no Brasil?
Há quatro medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para auxiliar o tratamento da obesidade: orlistate, sibutramina, liraglutida e, recentemente, a combinação de bupropiona e naltrexona.
Que efeitos colaterais podem ocorrer em quem faz uso desses fármacos?
Depende muito do mecanismo de ação do medicamento. Aqueles que agem no sistema nervoso central, como a sibutramina e a bupropiona com naltrexona, podem causar cefaleia, alterações do humor e da frequência cardíaca, entre outros. Medicamentos com ação mais direta no trato gastrointestinal, como a liraglutida, causam frequentemente náuseas e alterações no ritmo intestinal.
Esses remédios precisam ser tomados constantemente para o peso se manter sob controle?
Obesidade é considerada uma doença crônica, altamente recidivante, e a maioria dos pacientes que necessitam de medicação a usam a longo prazo. O tempo de utilização depende do grau de resposta individual e da presença ou ausência de efeitos colaterais. Se o paciente não perdeu ao menos 5% do peso, o medicamento não teve uma resposta satisfatória. Seu uso deve ser reavaliado. Apoio nutricional e a atividade física são fundamentais na manutenção do peso perdido.
Uma rápida busca pela internet revela muitos produtos destinados a auxiliar no emagrecimento. Alguns são apresentados como “naturais” e, portanto, “sem contraindicação”. Essas drogas são seguras?
Esses ditos produtos naturais nem sequer têm bula. Não há comprovação da dose e procedência dos supostos elementos naturais que contêm. E mesmo que tivessem, não é porque têm compostos naturais que não causam efeitos colaterais. Muitos derivados de plantas são hepatóxicos [podem causar danos ao fígado], por exemplo.