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Carolina Costa Soares, que, quando estava completando três anos, começou a sentir fortes dores no abdômen: era uma apendicite aguda supurada  – Foto: Arquivo pessoal

Dupla honra

Obreira da Igreja da Graça testemunha cura milagrosa da filha e a conversão do marido

Por Ana Cleide Pacheco

Era a tarde de 24 de agosto de 2013. A casa da operadora de máquinas Luzinária Costa Rêgo, 44 anos, e do garçom Idalécio Soares da Costa, 43, estava em festa. Ao lado das filhas Yasmim, hoje com 14, e Isabela, atualmente com 13, o casal comemorava o aniversário de sua caçula, Carolina, que completava três anos. A reunião era simples, apenas para as pessoas mais próximas. 

Entretanto, quando o evento já estava acabando, a aniversariante começou a se queixar de dor forte no abdômen. A mãe percebeu que ela estava ardendo em febre e, imediatamente, procurou atendimento de emergência. 

No hospital, o médico atestou tratar-se de virose. Receitou alguns medicamentos e dispensou a menina. Passados alguns dias, sem que a criança apresentasse melhora, com a barriga muito inchada, febre e dores, a família voltou a buscar socorro no mesmo local. Mesmo sem a realização de qualquer exame, o diagnóstico foi mantido. O profissional responsável pelo segundo atendimento trocou a medicação e orientou os pais a pôr a filha para caminhar, assim os gases seriam expelidos. 

Luzinária até tentou fazê-la andar, mas percebeu que isso causava mais sofrimento à Carolina, que chorava bastante. Dias depois, a menina sofreu uma convulsão, e, pela terceira vez, todos foram à emergência. Descartada a hipótese de virose, veio a suspeita de meningite. Carolina foi submetida a um exame com contraste para tirar um líquido da medula, porém o teste deu negativo. 

A família retornou para casa ainda sem um diagnóstico, e a garotinha piorava a cada dia. Até que, certa noite, sem conseguir dormir, Luzinária recostou na cama, com a filha nos braços. A pequenina, que também não dormia e chorava sem parar, estava com os olhos fundos e, na descrição da mãe, tinha uma “fisionomia de defunto”. Luzinária fechou os olhos e ouviu o Espírito Santo dizer-lhe: “Esta enfermidade é para morte, mas a oração dos justos muito pode em seus efeitos. Levante-se e vá orar!”. “Fiz a oração de Ana, quando desejava ter Samuel, e sua madre estava cerrada [1 Sm 2]. Declarei: Senhor, sei que vais devolver a saúde da minha filha e que ela fará a Tua obra. Peço  ajuda. Então, repreendi o mal, o espírito de morte e clamei aquela noite inteira.”

Luzinária com a filha caçula no hospital, onde fui submetida a uma cirurgia por causa de uma inflamação do apêndice, em 2013 – Foto: Arquivo pessoal

Na manhã seguinte, Luzinária foi ao culto na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) de Cidade Seródio, em Guarulhos (SP), onde é obreira. Quando colocou os pés lá, o ministério de louvor estava entoando uma canção que a tocou profundamente: Dupla honra Deus vai te dar. Naquele momento, ela teve convicção de que a cura da pequenina viria e, além desse, Deus faria outro milagre. Afinal, a honra seria dupla. 

Alegria pela manhã – Logo a seguir, a garotinha foi levada ao hospital, e os médicos ficaram perplexos com o estado da pequenina que, de fato, parecia quase morta. Pela primeira vez, ela foi submetida a uma tomografia, que mostrou um quadro devastador. Segundo a médica, no abdômen da menina, havia cinco tumores, provavelmente, malignos. Luzinária olhou para a especialista que lhe deu a notícia, respirou fundo e, com fé e ousadia, afirmou: “Doutora, minha filha vai voltar para casa e vai ficar tudo bem”. 

Humanamente falando, seria impossível que a alegria viesse pela manhã diante daquele diagnóstico. No entanto, Luzinária creu na Palavra do Senhor. Carolina foi internada, e logo começaria o tratamento com quimioterapia. Contudo, na manhã seguinte à internação, a história começou a mudar. Após uma reunião da equipe médica para avaliação dos exames, foi concluído que poderia não ser câncer, e sim um apêndice supurado havia dias. Para confirmar, precisariam operar Carolina, mas, na situação em que se encontrava, ela poderia não sobreviver ao procedimento. 

Luzinária Costa Rêgo com o marido, Idalécio Soares da Costa, e as filhas, Yasmim, Isabela e Carolina – Foto: Arquivo pessoal

A cirurgia revelou que a criança tinha apendicite aguda supurada, que ocorre quando há inflamação do apêndice (órgão que faz parte do intestino grosso) e ele se rompe, acarretando vazamento de fezes para a cavidade abdominal e um quadro grave de infecção. No caso dela, devido ao tempo decorrido, a área comprometida era extensa. Um rim estava paralisado, e a bexiga estava cheia de abscessos (bolsas de pus). 

Ao final da intervenção, o cirurgião informou ao casal que o procedimento estava feito e que era hora de aguardar um milagre. Contrariando todas as expectativas, Carolina reagiu bem ao pós-operatório e não necessitou ficar na UTI. Foi direto para o quarto, onde permaneceu por 13 dias. Pouco a pouco, sondas e drenos foram sendo retirados, e os testes do trato urinário, para saber se a bexiga e o rim funcionariam, foram satisfatórios. A alimentação foi introduzida paulatinamente, e o milagre aconteceu. Tal como havia falado à médica que dera o diagnóstico de câncer, Luzinária saiu do hospital com sua filha recuperada. 

No entanto, Deus cumpre todas as Suas promessas, e ainda faltava uma, porque Ele lhe concederia dupla honra. Durante o processo de internação, Idalécio, que ainda não havia tomado uma decisão por Jesus, foi à Igreja, conversou com a pastora e quis ser batizado nas águas. Para a glória do Pai, ele se converteu e se batizou. “Minha filha tem dez anos e está curada. Meu marido aceitou Jesus! Deus falou ao meu coração que esse testemunho ganharia o mundo”, relata Luzinária, feliz por saber que sua história já foi ao ar pela TV e, agora, poderá alcançar outras vidas pela revista Graça/Show da Fé


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