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10/01/2025Turismo religioso
13/01/2025Onde estava Jesus durante os três dias entre Sua morte e ressurreição?
K. E. W., via internet
R.: O Salvador foi para onde vão todos os que morrem, para o lugar que a Bíblia Sagrada denomina Hades. Essa palavra grega é traduzida para o português por Inferno, em várias versões bíblicas, como a Almeida Revista e Atualizada, por exemplo. Em termos gerais, Hades refere-se ao mundo dos mortos, local dividido em duas áreas, como demonstra o relato que o Senhor Jesus fez acerca do rico e Lázaro (Lc 16.19-23). Em uma dessas áreas, ficam os perdidos, já em tormentos, enquanto os salvos desfrutam da paz no chamado Seio de Abraão. Ali, perdidos e salvos aguardam a ressurreição dos mortos e o Juízo Final para marcharem conscientes ao destino eterno, a Nova Jerusalém para os salvos e o lago de fogo e enxofre para os perdidos (Ap 20.11; 21.8). Ora, ao morrer, o Senhor Jesus levou Consigo os pecados e as enfermidades de todos nós (Is 53.4-6). Portanto, embora absolutamente santo, morreu como pecador a fim de salvar todos os que nEle cressem (Jo 3.16; 2 Co 5.18-21). Nessa condição, sozinho, foi à morada dos demônios e os derrotou, tomando de volta a glória que o diabo roubara de Adão (Cl 3.15). Após a retumbante e definitiva vitória sobre o império das trevas, Jesus a proclamou a todos os mortos, resgatou aqueles que, em vida, haviam crido na promessa de redenção e transportou o Seio de Abraão para o terceiro céu, também chamado de Paraíso (1 Pe 3.18-22; Ef 4.7-10). Em seguida, o Pai O ressuscitou dos mortos, em corpo físico, para atestar a derrota da morte (Gl 1.1; 1 Co 15.54-57).
Existe alguma maneira de perder a salvação?
J. U. T., sem identificação da cidade
R.: Caso isso não fosse possível, como erradamente atestam alguns, a Bíblia e, sobretudo, Jesus Cristo não teriam feito tantas advertências aos salvos para que vigiassem sem descanso, a fim de não perderem sua salvação (Mt 10.22; 24.9-13; Lc 9.26; Hb 3.6-14; Ap 2.10; 3.11). Esses textos deixam claro que a salvação pode ser perdida por diversos motivos: pela desistência do caminho estreito, devido às dificuldades inerentes à perseguição e ao ódio do mundo, pelo abandono da fé, pelo motivo de se deixar fascinar pelas riquezas do mundo, por viver deliberadamente em práticas pecaminosas, entre outras razões semelhantes (Mc 13.9-13; Lc 8.14; Hb 6.4-8; 10.26,27; 2 Tm 2.17-19; 4.10; 1 Jo 2.15-17). Portanto, cabe a cada nascido de novo vigiar e cultivar uma vida de comunhão individual com o Messias por meio da oração e da leitura atenta das Escrituras. Assim, o Espírito Santo irá instruí-lo no caminho em direção à maturidade em Cristo, fazendo-o frutificar cada vez mais para a glória do Reino de Deus (Mt 6.6; Jo 14.26). Em suma, a salvação depende da fidelidade do salvo ao Senhor, da constância e persistência em permanecer ligado à Fonte da Vida, que é Jesus e Sua Palavra (Jo 15.1-6).
A salvação vem pela fé ou por obras?
W. O. Q., via internet
R.: As Escrituras Sagradas declaram categoricamente que somos salvos pela graça, sem o concurso das obras: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8,9). Entretanto, isso não significa que não há nada a ser feito, pelo contrário: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (v. 10). Na verdade, sem obras ou frutos, a fé não existe na perspectiva bíblica, é apenas uma crença vaga e sem sentido prático (Tg 2.14-26). A Palavra de Deus ensina que o Altíssimo predestinou o salvo para ser como o Senhor Jesus (Rm 8.29). Portanto, a vida cristã se resume a buscar o poder do Espírito Santo, a fim de se tornar progressivamente mais semelhante ao Salvador (Jo 14.12; 2 Co 3.18-ARA). Assim, a salvação é exclusivamente pela graça, mas o salvo, necessariamente, fará as obras inerentes ao Reino de Deus. Em resumo: ninguém é salvo por praticar boas obras, mas nenhum salvo deixa de realizá-las como consequência de sua fé.
Por que há tantas traduções da Bíblia?
P. O. P., sem identificação da cidade
R.: Acho que você se refere às diferentes versões da Bíblia em português. Até pouco tempo atrás, havia bem poucas, entre elas, a Almeida Revista e Corrigida, minha predileta. Ocorre que a língua é dinâmica, e o sentido das palavras vai se perdendo ou mudando com o passar dos anos. Atualmente, pouquíssimas pessoas sabem o significado de termos, como “concupiscência”, “enxúndia”, “ilharga”, “porfia”, “emulações”, “longanimidade”, “temperança” (Cl 3.5; Jó 15.27; Gl 5.20,22). É claro que alguns tiveram o privilégio de ler e estudar o Livro Santo desde cedo, logo se ambientaram com a linguagem mais clássica que ela apresentava e conhecem o sentido dessas palavras e de outras, hoje em desuso. A compreensão perfeita das Escrituras Sagradas é crucial, tanto para gerar a fé no coração dos que a ouvem ou leem quanto para realizar a vontade do Senhor (Rm 10.17; 2 Tm 3.15-17). Por isso, todo esforço honesto para tornar a Bíblia mais acessível a todos é bem-vindo. Entretanto, há de se tomar cautelas, pois a primeira coisa distorcida e deturpada da História foi justamente a Palavra de Deus (Gn 3.1-5).Ora, não é segredo para ninguém que existe, como sempre houve, quem queira modificar as Escrituras, a fim de acomodá-la a interesses carnais e diabólicos. Portanto é sempre muito bom que se leia diferentes versões bíblicas, prática muito facilitada hoje. E que ao menos uma delas seja clássica, com tradução mais literal, como a que usamos, a Almeida Revista e Corrigida.
Por que devemos estudar o Antigo Testamento (AT)?
G. R. C., via internet
R.: Porque é a Palavra de Deus! Quando o Senhor Jesus esteve em nosso mundo, a única porção das Escrituras Sagradas que existia era justamente o AT, e o Salvador sempre o tratou como tal (Lc 24.25-32; Jo 5.39; 17.17). Um pouco mais tarde, os apóstolos Paulo e Pedro também se referiram ao Antigo Testamento como Palavra inerrante de Deus (2 Tm 3.14-17; 2 Pe 1.19-21). A Bíblia Sagrada inteira é fundamental para todo aquele que é seguidor do Senhor Jesus, inclusive tudo quanto nela há anterior à vinda de Cristo. Os salmos declaram verdades exuberantes a respeito de Deus e nos ensinam a orar e louvar. Os livros de sabedoria nos dão sapiência celeste e os relatos acerca da história do povo de Deus nos servem de exemplo e instrução, em nossa jornada para o Céu (1 Co 10.1-21). O livro de Hebreus é inteiramente calcado no Antigo Testamento, mostrando de maneira inequívoca como Deus, desde o início, prometeu o Salvador e preparou Seu povo para reconhecê-Lo na pessoa e obra do Senhor Jesus. Concluo a breve resposta, indagando se seria próprio rejeitar declarações e promessas tão especiais e valiosas como as dos Salmos 23 e 91, além de Isaías 41.13,14 e 53.4,5. Pense nisso.
Temos anjos da guarda?
L. J. M., sem identificação da cidade
R.: Tudo o que a Bíblia Sagrada diz a esse respeito é: Deus ordena a Seus anjos que protejam os que nEle creem e Lhe servem de coração (Sl 91.1-13). Note que o texto santo fala em anjos, no plural, o que pode indicar uma ação coletiva e feita em rodízio, em vez da noção popular de um anjo fixo destinado a cada ser humano. Porém, isso não importa, pois a mesma Palavra de Deus é clara ao ensinar que toda oração, adoração, veneração ou todo ato de culto deve se dirigir exclusivamente a Deus, em Nome do Senhor Jesus; jamais a anjos ou qualquer outra criatura, por mais celestial que se apresente (Mt 4.10; Cl 2.18).