Saudáveis Advertências – 293
22/12/2023Carta do Pastor à ovelha – 293
22/12/2023Ganhos mentais
A musculação é uma poderosa aliada na recuperação da saúde física e mental na terceira idade. Isso porque a sarcopenia – perda involuntária de massa muscular no processo de envelhecimento – não afeta só os músculos, mas também o funcionamento cerebral. A atividade física estimula a produção de miocinas, proteínas produzidas e secretadas pelos músculos em resposta ao estímulo das contrações.
Entre as miocinas liberadas durante o exercício físico, está a irisina, que contribui para a neuroplasticidade – a capacidade das células cerebrais de se reorganizarem, para que a pessoa aprenda algo novo. Essas proteínas atuam contra o declínio da memória e da atenção, natural com o passar dos anos. Estudos recentes apontam os benefícios da musculação e de atividades aeróbicas no tratamento de demências, como o Alzheimer, e de transtornos mentais, como a esquizofrenia, a depressão, a ansiedade, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e o transtorno do espectro autista (TEA). (Élidi Miranda, com informações de Invivo e Central Press)
Diversos benefícios
O anis-estrelado (Illicium verum) é uma especiaria aromática facilmente encontrada nos supermercados em sua forma seca. Muito utilizado na culinária, principalmente como aromatizante de massas, sopas e caldos, também pode ser consumido como chá. A planta apresenta vários benefícios para a saúde devido aos seus componentes. Dentre eles, destaca-se: o anetol, substância complementar no tratamento de problemas gastrointestinais leves, como distensão abdominal, cólicas e flatulência. Esse elemento atua ainda como auxiliar no combate a bactérias responsáveis pela gastroenterite, pela infecção urinária e pelas afecções da pele.
Além disso, o anis-estrelado ajuda a tratar e prevenir a gripe. Ele é um depósito natural de ácido chiquímico, componente utilizado na indústria farmacêutica para produzir o antiviral oseltamivir, mais conhecido pelo nome comercial Tamiflu, usado no tratamento da gripe causada pelo vírus H1N1 e similares. O consumo regular de anis-estrelado, em preparações culinárias ou na forma de chá, ajuda a fortalecer o sistema imunológico por conter vitamina C em sua composição. (Élidi Miranda, com informações de Tua Saúde e UOL)
Tratamento complementar
Cinco minutos com o Dr. João Marcello Branco
Por Élidi Miranda
A ozonioterapia é um tratamento complementar medicinal que utiliza o gás ozônio como princípio terapêutico para tratar uma variedade de problemas de saúde. Embora já fosse utilizada no Brasil para fins medicinais, a autorização oficial para seu uso somente aconteceu por meio da Lei 14.648 de 2023, em vigor desde agosto. Nesta entrevista, o médico ortomolecular e desportivo João Marcello Branco fala das aplicações dessa terapia.
Quais são as principais indicações para o uso da ozonioterapia?
Ela pode ser usada principalmente no tratamento de feridas causadas por doenças autoimunes ou vasculares, restabelecendo a cicatrização, bem como para dores em geral. A ozonioterapia é fundamentada em restaurar a homeostase, isto é, o equilíbrio no organismo, na reestruturação fisiológica dos fenômenos de regeneração próprios do corpo e do bloqueio de agentes agressores. Não há doenças específicas a serem tratadas, pois a base é o equilíbrio.
Como são feitos os tratamentos à base de ozônio?
Pode ser percutâneo, com óleos e líquidos aplicados sobre a pele, ou subcutâneo ou sistêmico, administrado por via intravenosa.
Quais são os benefícios da terapia com ozônio em relação a outras práticas farmacológicas?
Na verdade, não se pode comparar o ozônio com as demais terapias farmacológicas, pois ele é complementar a elas, assim como outros tratamentos de manipulação local da dor, como a fisioterapia. O ozônio pode ajudar a tratar uma lesão muscular, por exemplo, no processo de recuperação de um atleta. Ele também pode ser usado paralelamente com fármacos que ajudam a oxigenação venosa no tratamento de feridas. O ozônio não é um substituto de outros tratamentos. Ao contrário, atua com eles de forma sinérgica.
Existe alguma contraindicação para o uso da ozonioterapia?
A única contraindicação é o uso em pessoas que tenham deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD). Essas pessoas não podem usar diversos remédios, pois apresentam problemas hepáticos e de metabolização. Antes de iniciar a ozonioterapia, o paciente precisa verificar, por meio de exames de sangue, se possui essa deficiência.