Biólogo revela como a Bíblia pode inspirar boas escolhas alimentares
10/11/2025
Biólogo revela como a Bíblia pode inspirar boas escolhas alimentares
10/11/2025

Pressão redefinida

Foto: CasanoWa Stutio / Adobe Stock

A pressão arterial de 12 por 8, antes vista como normal limítrofe, passou a ser classificada como pré-hipertensão, segundo a diretriz divulgada em setembro no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia. Com a nova determinação médica, será necessário haver maior controle clínico, a fim de evitar a hipertensão, doença crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial – um dos principais fatores de risco cardiovascular no Brasil. O documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), alinha-se às diretrizes internacionais anunciadas em 2024 pelo Congresso Europeu de Cardiologia. Outra mudança é a meta de tratamento: a recomendação é manter valores abaixo de 13 por 8 em todos os hipertensos, independentemente de idade, sexo ou doenças associadas. De acordo com os médicos, reduzir os limites é essencial para prevenir complicações graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Agora, conforme o novo padrão de medição, a pressão ideal é a de 12 por 7. (Patrícia Scott com informações de Associação Paulista de Medicina)


Benefícios do chocolate

Foto: Yvdavid / Adobe Stock

Um estudo clínico realizado nos Estados Unidos durante dois anos indicou que a suplementação diária do extrato de cacau, rico em flavonoides, pode reduzir o inflammaging – aumento gradual da inflamação associada a doenças cardíacas e a fragilidades decorrentes do processo de envelhecimento. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores contaram com a colaboração de 600 voluntários saudáveis, com idades em torno dos 70 anos. Durante a pesquisa, metade deles recebeu cápsulas de extrato de cacau em doses concentradas, sem açúcar ou gordura, e o restante, placebo. Exames mostraram que o primeiro grupo apresentou níveis mais baixos de inflamação, medida pela proteína C-reativa (PCR) e usada como marcador clínico. Entre os que tomaram placebo, os índices aumentaram com o tempo, demonstrando um padrão já esperado pelos cientistas, os quais alertam que os efeitos clínicos divulgados não estão totalmente claros e, por isso, exigem análises adicionais. (Patrícia Scott com informações de IG Saúde)


Autocuidado do homem

Foto: Divulgação – modificada por IA

Cinco minutos com a Dra. Andrea Pereira

Por Patrícia Scott

Durante muito tempo, o cuidado com a saúde foi, via de regra, associado ao universo feminino. Porém, esse padrão mudou ao longo dos últimos anos, indicando que o homem também precisa cuidar do corpo e da mente, a fim de obter mais disposição física e melhor qualidade de vida. Para entender melhor desse assunto, Graça/Show da Fé ouviu a nutróloga Andrea Pereira, cofundadora da ONG Obesidade Brasil, a qual lembra que a obesidade é um dos principais fatores da baixa autoestima masculina.

Por que muitos homens evitam cuidar da saúde?

Existe uma cultura antiga de que o homem precisa ser forte o tempo todo e que demonstrar dor é sinal de fraqueza. Muitos foram criados assim e, por isso, procuram ajuda apenas quando o problema já está avançado. Diversas vezes, eles só fazem exames preventivos por insistência da esposa, mãe ou das filhas.

Essa postura significa desleixo com a saúde?

Nem sempre. Pode ser desmotivação ou até depressão. Alguns ficaram frustrados, porque já tentaram mudar os hábitos e não conseguiram. Outros se acostumaram com dores e limitações e acham que a vida é assim mesmo. O caminho é acolher, motivar e estimular pequenas mudanças, além de investigar questões psicológicas.

O autocuidado é sinal de fraqueza ou vaidade masculina?

É sinal de inteligência, responsabilidade e maturidade. Mostrar exemplos positivos e incentivar conversas abertas é fundamental para mudar mentalidades.

Qual é o impacto da saúde masculina na família?

Um homem que não se cuida causa preocupação, estresse e sobrecarga em quem convive com ele. Já o saudável é mais presente, ativo e com melhor qualidade de vida.

A obesidade masculina pode ter relação com fatores emocionais?

Sim. E também está ligada a componentes genéticos e biológicos. Há quem passe o dia sem comer e, à noite, exagere na comida. Ou quem belisque alimentos pouco nutritivos o dia todo. Isso produz ganho de peso e, muitas vezes, falta de nutrientes essenciais.

Como a obesidade afeta a autoestima masculina?

Pode gerar vergonha, isolamento social, dificuldades nas relações e até na vida sexual. O preconceito e o estigma pioram a situação. Isso cria um ciclo: baixa autoestima leva à falta de cuidado, que mantém o problema.

Como quebrar esse ciclo?

Com acompanhamento psicológico, mudanças graduais na alimentação, atividade física, boa noite de sono e apoio familiar. Degrau por degrau, o homem pode melhorar a saúde e a autoestima dele.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *