Missões/República Dominicana
02/12/2022Telescópio – 281
04/12/2022COMPARTILHE
Menos direitos
O Catar é o primeiro país árabe a receber uma das maiores competições esportivas do planeta: a Copa do Mundo de Futebol. Entretanto, por trás da linda festa que reúne 32 seleções dos cinco continentes, os catarianos nada têm a celebrar no que se refere à liberdade religiosa. A pequena nação da Península Arábica, de 2 milhões de habitantes, está entre os 20 países onde é mais difícil ser cristão, segundo a Lista Mundial da Perseguição, elaborada anualmente pela Missão Portas Abertas. Governada pelo emir [título dos governantes de povos ou províncias muçulmanas] Tamim bin Hamad al-Thani (foto), a nação vive sob uma ditadura na qual não existe liberdade de crença. O islamismo é a religião oficial e deve ser praticada por todos os cidadãos. Pelas leis do Catar, aqueles que abandonam a fé islâmica podem perder vários direitos, como a custódia dos filhos e as propriedades. Estima-se que apenas 10% da população seja cristã. Estes são, em sua maioria, imigrantes que estão no país a trabalho. Eles desfrutam de maior liberdade para expressar a sua fé do que os cristãos nativos, mas também são monitorados pelas autoridades. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas e Evangelical Focus)
Ataques contínuos
Os cristãos têm sido alvos frequentes dos ataques de terroristas islâmicos em Moçambique, país da África Oriental de 32 milhões de habitantes. Um grupo afiliado ao Estado Islâmico vem lutando para estabelecer um califado na nação, de maioria cristã. Em uma investida recente, os extremistas muçulmanos, trajados com uniformes militares, invadiram um vilarejo sob alegação de estarem ali para proteger a população. Eles reuniram os moradores e perguntaram quem era cristão e quem era muçulmano. Aqueles que se identificaram como crentes em Jesus foram amarrados e tiveram as gargantas cortadas. Esse relato foi dado por um cristão que conseguiu fugir, mas a localização do ataque não foi revelada à imprensa.
Além do terror religioso, desde 2017, o país tem sido assolado por cartéis de drogas que perseguem os pastores que buscam tirar jovens da dependência química e do tráfico. Devido a esses problemas, milhares de pessoas tiveram de abandonar suas casas e propriedades rurais e fugir de Moçambique (foto). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 700 mil pessoas já foram deslocadas em razão da violência. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas e ACI África)
Corações abertos
O que as cabras têm a ver com a obra missionária? No Norte da África, tudo. Herald e Sarah Singer, um casal de missionários norte-americanos, têm utilizado esses animais como forma de evangelizar. Os dois doam os caprinos (foto) a mulheres em situação de vulnerabilidade social, para que possam comercializar o leite ou fabricar a manteiga e o queijo para vender. Esses evangelizadores, enviados ao continente africano pelas igrejas batistas do Sul dos Estados Unidos, mantêm contato com pessoas na região que ganharam os animais e cuidam para que sejam devidamente alimentados e vacinados. Cada doação é acompanhada de uma visita à residência da beneficiada, onde os missionários lhe apresenta o Evangelho. Geralmente, eles utilizam passagens bíblicas que citam mulheres com as quais cada senhora possa se identificar. Depois de angariar a simpatia delas por meio da doação das cabras, o casal as visita outras vezes, sempre apresentando a Palavra de Deus e orando pelas necessidades apresentadas por elas. Dessa forma, muitas dessas donas se entregam a Cristo. (Élidi Miranda, com informações de International Mission Board – IMB)
Pedido de desculpas
A Polícia Metropolitana de Londres, na Inglaterra, país europeu de 68 milhões de habitantes, teve de se retratar por ter prendido duas vezes uma pregadora cristã. Hatun Tash (foto) é missionária e costuma falar do Evangelho, confrontando o Islã e o Alcorão, na Speaker’s Corner (Esquina dos Falantes). Trata-se de um ponto tradicional da capital inglesa dedicado a discursos e debates entre cidadãos. Em duas ocasiões – em dezembro de 2020 e maio de 2021 –, ela foi levada à delegacia pelas autoridades após denúncias de pedestres descontentes com suas falas acerca do islamismo. No último incidente, Tash foi esfaqueada na testa por um sujeito, o qual escapou ileso, enquanto era detida pela polícia. A missionária não respondeu a processo algum porque não cometera nenhum crime. Além do pedido formal de desculpas, a pregadora, conhecida por seus acalorados debates na Speaker’s Corner, recebeu uma indenização de dez mil libras esterlinas (cerca de 61 mil reais) pagos pelos cofres públicos. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)