Família – 254
01/09/2020Falando de História – 255
01/10/2020Multas pesadas
Na Rússia, nação euroasiática de 142 milhões de indivíduos, a repressão às liberdades individuais, em especial aos discípulos de Jesus, segue em alta. A Igreja Ortodoxa Russa tem um status diferenciado perante o Estado e não é incomodada. Todavia, as igrejas evangélicas têm sofrido crescente perseguição do governo de Moscou.
Desde 2015, está em vigor uma lei que determina que encontros religiosos aconteçam apenas em locais previamente licenciados pelas autoridades para esse fim. No ano seguinte, o Parlamento aprovou outra lei que proibiu ações evangelísticas e missionárias em lugares públicos.
Quem tem insistido em promover reuniões nas casas ou evangelizar nas ruas recebe multas pesadas. Somente no primeiro semestre de 2020, mais de 40 pessoas foram punidas. Uma delas foi um missionário coreano, que reuniu dez convidados na sala de estar de sua residência, em Izhevsk, na parte Oeste do país. Ele falou do Evangelho e disse aos ouvintes que retornassem no próximo encontro levando amigos para ouvir a mensagem. Ao ser descoberto, recebeu uma multa de 30 mil rublos (o equivalente a dois mil reais). (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas e Christianity Today)
Cristãos sob ataque
A escalada da violência contra os seguidores do cristianismo no Norte de Moçambique, país africano de 30 milhões de habitantes, tem passado despercebida do resto do mundo. Grupos paramilitares muçulmanos, como o Estado Islâmico, estão por trás dos ataques, os quais incluem decapitações e expulsões de famílias inteiras da casa delas. Estima-se mais de mil assassinatos nessa localidade desde que esses extremistas islâmicos começaram a agir, em 2017.
Meninas, com frequência, são raptadas, estupradas e forçadas a viver como escravas sexuais entre os milicianos. Garotos com idades de 14 a 16 anos são obrigados a ingressar como soldados nessas milícias radicais. Quando eles se recusam, são mortos. Além disso, não se tem conta do número de igrejas que já foram vandalizadas e queimadas. A região é marcada por graves problemas sócio-econômicos, e a ação desses grupos tem agravado ainda mais a situação. (Élidi Miranda, com informações de CNA)
Risco permanente
Rebeldes estão aterrorizando a República Democrática do Congo (RDC), nação africana de 102 milhões de habitantes – sendo os servos de Cristo as principais vítimas de retaliações: 170 foram assassinados pelos integrantes do grupo paramilitar Forças Democráticas Aliadas (ADF, a sigla em inglês) nos meses de maio, junho e julho. O ADF, que atua principalmente no Leste do país, quer expandir o islamismo.
De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 800 civis foram dizimados em 18 meses na região. O documento mostra que os radicais não deixam sobreviventes, famílias inteiras são perseguidas e mortas, inclusive crianças.
Segundo a Missão Portas Abertas, que atua em defesa dos cristãos perseguidos em todo o planeta, os extremistas islâmicos são apenas uma entre as muitas mazelas que assolam a população empobrecida da República Democrática do Congo, lugar que enfrenta também forte instabilidade política e surtos de ebola, sarampo, malária, tuberculose e, recentemente, de covid-19. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)
Potencial ameaça
A Eritreia, pequeno país do Norte da África de 6 milhões de habitantes, vem sendo apontada por observadores internacionais como a Coreia do Norte africana. E não é exagero: desde 1991, é governada pelo ditador Isaias Afewerki, que criou um regime no qual os interesses do governo de Asmara se sobrepõem aos direitos e liberdades individuais dos cidadãos. Assim, pessoas e grupos tidos como ameaça são punidos, muitas vezes, sem julgamento ou direito de defesa. Não há presídios lá, portanto aqueles que são custodiados pelo Estado são mantidos em containers ao ar livre, no deserto, onde as temperaturas são extremamente altas de dia e muito baixas à noite.
Somente quatro grupos religiosos têm permissão para existir legalmente na Eritreia e, entre os protestantes, a única denominação autorizada é a Igreja Luterana. Os cristãos simpatizantes de outras tradições evangélicas precisam manter a fé em segredo, e doutrinas de igrejas pentecostais são vistas como ameaça potencial à estabilidade social. (Élidi Miranda, com informações de A Voz dos Mártires e Missão Portas Abertas)