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25/10/2023
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22/12/2023
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Medicina e Saúde – 292

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Sinal de alerta

Foto: Stavros / Gerado com IA / Adobe Stock

O tremor nas pálpebras, ou mioclonia, é uma condição benigna. Entretanto, pode servir como alerta para a presença de estresse crônico. Esses tremores são uma resposta do sistema nervoso autônomo simpático, responsável por manter o corpo ativo mediante a liberação de adrenalina e cortisol.

O estresse crônico altera o funcionamento desse sistema, deixando o organismo em constante estado de atenção. Dessa forma, o cortisol em excesso gera estímulos nas pálpebras, resultando nas contrações involuntárias e repetitivas do músculo presente na região.

A mioclonia pode ocorrer ainda como consequência da ingestão excessiva de café, pelo consumo de álcool e tabaco e pela deficiência de magnésio – mineral ligado à transmissão de impulsos nervosos. A utilização de telas por tempo prolongado (foto) também pode provocar o problema. Isso porque os olhos entram em processo de fadiga, originando os tremores. Descansar a vista ameniza o desconforto. (Élidi Miranda, com informações de Agência Health e G1)


Diversos benefícios

Foto: Vector Nazmul / Gerado com IA – Adobe Stock

O gengibre é uma raiz nativa do Sudeste asiático, de sabor quente e picante, muito apreciada na culinária oriental. Além do uso em diferentes receitas, ele pode ser consumido fresco, em pó e na forma de chá ou suplementos. Inserir tal raiz em nosso cotidiano gera inúmeros benefícios, a começar por sua contribuição para a perda de peso. O gengibre (foto) contém gingerol, composto que acelera o metabolismo e estimula a queima de gordura corporal.

Como esse rizoma tem ação diurética, também auxilia na eliminação do excesso de líquido, ajudando o corpo a desinchar. Por conter compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, o conhecido tubérculo protege as células da formação de tumores malignos. No pâncreas, esses antioxidantes atuam mantendo os níveis adequados de insulina, evitando o diabetes. O gengibre possui propriedades relaxantes, vasodilatadoras e anticoagulantes, facilitando a circulação e atuando de forma hipotensora.

Estudos preliminares sugerem que a ação antioxidante e anti-inflamatória do gengibre ajuda a proteger o cérebro contra o declínio cognitivo a partir da meia-idade, combatendo a perda de memória. (Élidi Miranda, com informações de Tua Saúde e CNN Brasil)


Chances de cura

Foto: Arquivo pessoal com auxílio de IA

Cinco minutos com a Dra. Maria Amorelli

Por Élidi Miranda

O sistema linfático é constituído por uma complexa rede de vasos – semelhantes às veias – espalhados pelo corpo. Uma de suas funções é combater infecções, atacando e destruindo microrganismos nocivos. Entretanto, esse sistema está sujeito ao surgimento do linfoma, um tipo de câncer que, muitas vezes, demora a ser diagnosticado. Nesta entrevista, a hematologista Maria Amorelli, do Centro Clínico do Órion Complex, em Goiânia (GO), explica as características da doença e a importância do diagnóstico precoce.

O que são linfomas?

São os cânceres dos gânglios linfáticos[estruturas que filtram substâncias nocivas]. Geralmente, surgem na região cervical, no maxilar, na região inguinal [virilha] ou abdominal, mas podem aparecer em qualquer local do corpo. Eles se originam dos linfócitos [células do sistema linfático].

Quais são os principais subtipos de linfoma e as diferenças entre eles?

Eles estão divididos em linfomas de Hodgkin e linfomas não Hodgkin. Também são classificados em linfomas de alto grau e de baixo grau. Os primeiros são a forma mais agressiva da enfermidade, na qual o paciente desenvolve rapidamente sintomas gravíssimos. Já os linfomas de baixo grau são doenças vagarosas, indolentes, com surgimento de gânglios de maneira bem lenta e progressiva. Às vezes, demora-se meses, ou até anos, para se fechar um diagnóstico.

Quais são os sintomas mais comuns desse distúrbio?

O aumento dos gânglios linfáticos. Às vezes, podem ocorrer os sintomas B: febre no fim da tarde, sudorese noturna, coceira. Os linfomas podem invadir a medula óssea, fazendo surgir anemia, hematomas e outros sintomas relacionados a alterações no sangue.

Como é feito o diagnóstico?

É necessário realizar a biópsia do gânglio, ou, quando houve invasão da medula óssea, a biópsia desse órgão.

Existe alguma forma de prevenção?

A mesma de todos os tipos de câncer: uma vida saudável, com atividade física e uma boa alimentação, evitando o sobrepeso.

Há fatores de risco que podem predispor alguns indivíduos a desenvolverem linfoma?

Portadores do vírus HIV têm maiores chances de desenvolver esse problema, além de pessoas infectadas pelo Epstein-Barr, o vírus da mononucleose [conhecida como doença do beijo, transmitida pela saliva]. Pacientes que já tiveram câncer e foram submetidos à radioterapia, principalmente nas regiões dos gânglios linfáticos, possuem maior risco de desenvolvimento também.

Como se dá o tratamento?

O paciente passa por quimioterapias. No caso dos linfomas de baixo grau, por um tratamento com anticorpos monoclonais [que destroem as células anormais].

Qual é a perspectiva de sobrevida para portadores de linfoma?

Varia de acordo com o subtipo do linfoma, mas, com o tratamento correto e o diagnóstico feito no momento certo, as chances de cura são altíssimas.


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