Atualidade
04/03/2023Missões – 284
30/03/2023Mudanças necessárias
Dor na coluna que irradia para os membros inferiores ou superiores pode ser um sintoma de hérnia de disco. A condição se caracteriza pelo desgaste do disco cartilaginoso situado entre as vértebras. Seu núcleo gelatinoso se desloca por uma abertura no invólucro exterior do disco e pode comprimir os nervos próximos, causando dores crônicas e limitantes.
Entre os fatores de risco estão: sobrepeso, atividades repetitivas intensas, má postura, trauma na região e sedentarismo. A doença se manifesta, na maioria dos casos, em adultos, mas pode afetar crianças também.
O tratamento consiste no uso de medicações orais ou procedimentos para bloqueio da dor, como injeção de substâncias analgésicas diretamente na região da coluna. Sessões de fisioterapia com alongamento, exercícios posturais e fortalecimento muscular também são essenciais para a recuperação. Caso não haja melhora dos sintomas, a colocação de próteses intervertebrais pode ser necessária. No entanto, estima-se que somente 10% a 15% dos casos têm indicação cirúrgica. Na maioria das vezes, apenas mudanças de hábitos e a prática de atividade física são suficientes para corrigir o problema. (Élidi Miranda, com informações de Medellin Comunicação)
Vírus oportunista
O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro (foto), é uma doença prevalente, especialmente entre os idosos, e não pode ser negligenciada. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, aproximadamente 30% das pessoas terão ao menos uma manifestação da infecção.
Trata-se de uma condição provocada pelo vírus varicela-zóster. O primeiro contato com esse agente costuma ocorrer na infância, manifestando-se na forma de erupções avermelhadas por todo o corpo, acompanhadas de coceira, conhecidas como varicela ou catapora. Os sintomas costumam desaparecer dentro de alguns dias, mas o vírus pode permanecer incubado no organismo por décadas à espera de um enfraquecimento imunológico para voltar a se multiplicar.
Quando isso acontece, o herpes-zóster surge provocando múltiplas bolhas avermelhadas em alguma região do corpo. Caso a enfermidade não seja tratada adequadamente, pode ocorrer a neuralgia pós-herpética – permanência da dor, em alguns casos, aguda, no local afetado. O tratamento deve ser feito com drogas antivirais, mediante prescrição médica. Esses fármacos reduzem o tempo de duração dos sintomas e diminuem o risco de complicação da doença. (Élidi Miranda, com informações de MD Saúde)
Epidemia do excesso
Cinco minutos com Dr. Eduardo Rauen
Por Élidi Miranda
Segundo o Atlas Mundial da Obesidade de 2022, divulgado recentemente, o Brasil terá cerca de 30% de adultos obesos até o fim desta década. Mais do que uma questão estética, o excesso de peso acarreta sérias implicações à saúde. Nesta entrevista, Eduardo Rauen, médico do esporte, nutrólogo e cofundador da Liti, startup especializada em soluções on-line para emagrecimento, fala sobre a obesidade, suas implicações e os caminhos a seguir para emagrecer de forma saudável:
A que se deve esse crescimento da obesidade nos próximos anos?
A obesidade é um desequilíbrio entre o aumento da ingesta calórica e a diminuição do gasto energético. Entre outras causas, estão o estresse e a ansiedade, que aumentam o consumo de calorias, e a vida moderna, que contribui para o aumento do sedentarismo. Hoje, as pessoas se locomovem de carros, praticam pouca atividade física e usam os controles remotos das televisões, por exemplo.
A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, entre elas, alguns tipos de câncer. Qual é a relação entre o excesso de peso e a formação
de tumores?
A obesidade pode produzir substâncias inflamatórias que contribuem para o aumento de alguns hormônios capazes de desencadear diversos tipos de câncer. Associado a isso, a ingestão de alimentos ultraprocessados, como embutidos, tendem a aumentar a chance de surgimento de alguns tipos de tumores, como o de intestino.
Além do câncer, a obesidade é fator de risco para quais doenças?
Hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Existem muitas dietas que fazem sucesso e caem nas graças do público. Qual delas pode ser considerada saudável e eficaz para combater a obesidade?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma dieta saudável deve ter cinco porções de saladas, legumes e frutas – com, pelo menos, 30g de fibra – e gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas. Dietas sem gorduras ou proteínas, ou só com proteínas, ocasionam uma falta de equilíbrio entre os nutrientes. É preciso checar qual dieta o paciente necessita.
Além de ter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente, é recomendável fazer uso de medicamentos para combater a obesidade?
O tratamento medicamentoso é indicado para o paciente que, mesmo com a mudança de estilo de vida, alimentação adequada e a prática de atividade física, não consegue perder peso. Nesse caso, é preciso avaliar a prescrição dos remédios, que atuam em diferentes áreas do organismo, tanto na absorção de gorduras quanto no sistema nervoso central, inibindo a fome e a sensação de saciedade. Caso o acompanhamento com medicação e a mudança de hábitos não surtam efeito, a cirurgia bariátrica pode ser indicada. No entanto, o médico deve avaliar cada paciente e recomendar a melhor técnica a ser aplicada.