Igreja
02/02/2020Carta do Pastor à ovelha – 248
01/03/2020Dentes protegidos
Dicas para emagrecer estão por toda parte nas redes sociais. No momento, uma das mais famosas é tomar suco de limão todas as manhãs, em jejum, e ao longo do dia. A fruta é rica em nutrientes importantes para o corpo e contribui para o emagrecimento. Ela desintoxica e desincha o organismo, além de aumentar a sensação de saciedade e tirar a vontade de comer doces.
Em contrapartida, por ser extremamente ácido, o limão é capaz de provocar a corrosão dos dentes, principalmente quando consumido pela manhã. Isso ocorre porque a salivação durante a noite é menor, deixando os dentes menos protegidos nas primeiras horas do dia. A acidez abre pequenos poros no esmalte dentário, e, se a escovação for feita em seguida, a abrasão das cerdas amplificará esse efeito. A perda progressiva do revestimento dental deixa o ambiente mais livre para proliferação de bactérias, as quais darão origem à cárie.
Para não deixar de aproveitar os benefícios do suco de limão, é bom misturá-lo com água e outros alimentos básicos (como couve) e utilizar um canudo para evitar o contato do líquido com os dentes. (Élidi Miranda, com informações de Frida Luna Boutique de Comunicação)
Problemas da estação
Março é o mês em que tem início o outono, estação de temperaturas mais amenas, mas com baixos índices de umidade no ar. Essa condição favorece o surgimento de problemas respiratórios, pois o ar pouco úmido causa o ressecamento das vias aéreas. Isso também acarreta a proliferação de vírus e o agravamento de alergias respiratórias, como a rinite alérgica. Gripes e resfriados se tornam mais frequentes e é preciso haver atenção com a piora de doenças respiratórias, como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), a asma e a pneumonia.
A fim de evitar esses transtornos, é importante ingerir muita água (cerca de dois litros por dia). Nos dias bastante secos, lavar o nariz com soro fisiológico é igualmente interessante. É preciso manter a carteira de vacinação em dia – em especial os portadores de doenças crônicas. Se possível, essas pessoas devem evitar aglomerações em lugares fechados e pouco arejados. Outra dica valiosa é procurar um profissional de saúde e não se automedicar. (Élidi Miranda, com informações de Ministério da Saúde)
Salvando vidas
Cinco minutos com Dr. Cristiano Caveião
Por Élidi Miranda
O Brasil é referência mundial em transplantes pelo sistema de saúde pública e, estatisticamente, o segundo maior transplantador do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Apesar disso, em 2018, cerca de 40 mil pessoas estavam na fila de espera por um órgão, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Essa situação se deve, em parte, à falta de conscientização da população a respeito do tema. Nesta entrevista, o doutor em Enfermagem Cristiano Caveião, docente do Centro Universitário Internacional Uninter, esclarece as principais dúvidas sobre o tema.
Muitas famílias temem autorizar a doação de órgãos pensando na chance de seu ente querido voltar à vida após a morte encefálica. Isso é possível?
Após a confirmação da morte encefálica ou da parada cardíaca, não existe essa possibilidade. O que manterá o corpo em funcionamento são os equipamentos, porém não temos mais a atividade cerebral, o que significa a inexistência de vida.
Que órgãos podem ser doados após morte encefálica?
O coração, os dois pulmões, o fígado, os dois rins, o pâncreas e o intestino. Além disso, tecidos, como córneas, ossos, peles e válvulas cardíacas.
Há doações em vida. Que órgãos podem ser doados nesse caso?
Parte de um dos pulmões, parte do fígado e um dos rins. Podem ser doados tecidos, como medula óssea, cordão umbilical, sangue e esperma. Ressalto que doações entre pessoas vivas são autorizadas somente para cônjuge ou parentes de até 4º grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos). Quando o grau de parentesco é mais distante ou não há relação consanguínea, as doações ocorrem somente com autorização judicial.
Quais são os critérios para alguém receber um transplante?
Estar com falência na função do seu órgão, como insuficiência renal crônica, doença cardíaca, doença pulmonar ou cirrose hepática. Após o diagnóstico médico, a pessoa entrará na fila de espera. A prioridade na fila do transplante é para os pacientes extremamente graves, a fim de preservar o direito à vida.