Cultura & Cristianismo
15/06/2023
Carta do Pastor à ovelha – 288
01/07/2023
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Foto: glogoski / Adobe Stock

Propósito de Deus

Pastores e especialistas discutem os benefícios do sexo somente depois do matrimônio

Por Evandro Teixeira

O sexo hoje é quase onipresente nos produtos da indústria do entretenimento. Na música, no cinema e nas séries de TV, não é difícil encontrar referências à sensualidade ou à representação do próprio ato sexual. Como consequência, o intercurso carnal fora do casamento se tornou algo comum e aceitável nas sociedades ocidentais. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o sexo livre é considerado uma imoralidade por estar fora da vontade e do propósito do Altíssimo para o ser humano. Portanto, trata-se de um pecado que afasta o homem do Criador. O apóstolo Paulo recomenda claramente: Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo (1 Co 6.18). […] Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se (1 Co 7.9).

O psicanalista Luciano de Barros destaca que a espera para desfrutar do ato sexual proporciona benefícios para os envolvidos e salienta que, na construção da intimidade conjugal, marido e mulher evitam os traumas que, eventualmente, podem ser causados por relacionamentos anteriores
Foto: Arquivo pessoal

Não seguir a recomendação bíblica, praticando o ato sexual antes do tempo, pode gerar consequências negativas, inclusive para o casal. Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo Institute for Family Studies (Instituto para Estudos da Família, em português), as taxas de divórcio entre jovens castos, que se casam aos 20 anos, são mais baixas. Por outro lado, os que optam pela relação sexual antes do matrimônio têm 15% mais chances de separação.

Postura adequada – Estudioso do tema, o psicanalista Luciano de Barros destaca que a espera para desfrutar do sexo proporciona benefícios para os envolvidos. De acordo com ele, ao terem a primeira experiência juntos, após o “sim”, os cônjuges podem desenvolver uma vida sexual melhor. O especialista salienta que, na construção da intimidade conjugal, marido e mulher evitam eventuais traumas que podem ser causados por relacionamentos anteriores, capazes de erguer barreiras no lar.

A psicóloga Eliane Alves reafirma que as Escrituras Sagradas estabelecem valores e normas para a formação de uma família, a qual tem início com a união dos pares. Entre eles, está a celebração da virgindade dos cônjuges
Foto: Arquivo pessoal

Além disso, ele lembra que o sexo vai muito além dos aspectos associados ao corpo e à alma, envolve também questões espirituais. Assim sendo, quando os noivos decidem se guardar, isso preserva a santidade de ambos e os leva à obediência às ordenanças bíblicas, gerando resultados positivos para a vida a dois. “A fim de manter um comportamento de fidelidade a Deus, muitas vezes, é preciso vencer os impulsos sexuais. Isso certamente atrai a bênção do Senhor sobre a futura união”, assevera o profissional, rechaçando a ideia de que, sem uma experiência anterior, os casais podem chegar ao casamento despreparados para a vida sexual. “Somos dotados de processos de formação e aprendemos desde a nossa infância acerca da família e dos relacionamentos. Conversar sobre o assunto faz com que tanto o homem quanto a mulher se conheçam e percebam as próprias particularidades”, orienta Barros, sugerindo a leitura de livros e matérias jornalísticas sobre o tema, preferencialmente com uma abordagem bíblica.

A Pra. Janaína Carvalho Monteiro ressalta que o caminho para a maturidade sexual passa pelo aconselhamento pré–matrimonial: “O sexo é o vínculo afetivo mais precioso que Deus deixou na Bíblia, desde que praticado entre homem e mulher devidamente casados”
Foto: Arquivo pessoal

Pensamento semelhante tem a psicóloga Eliane Alves. Especializada em Terapia Familiar, ela reafirma que as Escrituras Sagradas estabelecem valores e normas para a formação de uma família, a qual tem início com a união dos pares. Entre esses valores, está a celebração da virgindade dos noivos.

No entanto, a especialista lembra que, mesmo respeitando e seguindo a orientação do Livro Santo, o casal pode enfrentar conflitos devido a outros problemas, como a compulsão em pornografia. A psicóloga aponta já ter atendido cristãos que tiveram a aliança – firmada na Igreja e abençoada pelo Senhor – ameaçada por esse tipo de comportamento por parte de um dos cônjuges.

O Rev. Antonio Sampaio Neto diz: “Fora do casamento, o objetivo do sexo é satisfazer o próprio prazer e aliviar as tensões”
Foto: Arquivo pessoal

Ao comentar a pesquisa e os dados relevantes coletados, a psicóloga assevera que, se abster do sexo antes do casamento, é a postura adequada, em especial, para o jovem cristão. Ela também chama atenção para o fato de que rapazes e moças precisam contar com o apoio da família, com diálogo, esclarecimentos e exemplos. De acordo com a especialista, as comunidades evangélicas podem e devem dar orientação efetiva a respeito do assunto. “A Igreja poderia oferecer recursos psicoterapêuticos aos jovens a fim de auxiliá-los nessa questão, além do suporte espiritual”, pondera.

A Pra. Janaína Carvalho Monteiro, da Igreja do Evangelho Quadrangular em Gurupi (TO), ressalta que o caminho para a maturidade sexual passa pelo aconselhamento pré-matrimonial. “O sexo é o vínculo afetivo mais precioso que Deus deixou na Bíblia, desde que praticado entre homem e mulher devidamente casados”, observa Monteiro, salientando que iniciar a vida sexual prematuramente pode causa prejuízos físicos e mentais posteriormente aos envolvidos. “Em um eventual casamento, a autoestima dos jovens pode ser abalada, por exemplo, devido a comparações de desempenho sexual, gerando conflitos que podem levar ao divórcio.”

O Rev. Sandro Veiga da Silva assevera que “fica clara a orientação divina para formação de um casamento monogâmico por meio do qual é estabelecida uma relação de unidade entre marido e mulher, explicitada, inclusive, pela relação sexual”
Foto: Arquivo pessoal

A pastora assinala que há casos em que os cônjuges podem enfrentar dificuldades para alcançar a maturidade sexual. Em razão do excesso de conteúdos mundanos com os quais os crentes são bombardeados diariamente e a falta de informação por parte da Igreja sobre o tema, há pessoas que se sentem perdidas e inseguras, impedindo o próprio amadurecimento. No entanto, a ministra esclarece que, com cautela, é possível reverter esse quadro de hesitação, respeitando o indivíduo em sua totalidade. “É necessário identificar o grau de entendimento de cada um e, assim, traçar o ponto de partida. A partir daí, desenvolve-se a segurança e a confiança necessárias para que eles possam enfrentar as etapas seguintes da vida.”

Diante de Deus – Esclarecer o assunto e preparar os jovens para a espera até o primeiro ato sexual também  são questões exaltadas pelo Rev. Antonio Sampaio Neto, da Segunda Igreja Presbiteriana Renovada de Vila Morangueira, em Maringá (PR). Ele lamenta que a juventude esteja, cada vez mais cedo, tendo relações sexuais, ignorando o processo de amadurecimento que deve anteceder à prática. Parte disso está relacionada às ideologias do mundo moderno, as quais tentam separar o ato sexual do compromisso matrimonial. “Fora do casamento, o objetivo do sexo é satisfazer o próprio prazer e aliviar as tensões”, diz Neto, sublinhando que, no plano de Deus, o sexo   serve para a satisfação mútua do casal, fruto da aliança estabelecida entre os cônjuges diante do Todo-Poderoso.

O Pr. Douglas dos Santos Paiva entende que o momento de intimidade deve ser devidamente desfrutado como um presente divino: “As lideranças evangélicas devem combater qualquer tese que relativize o Texto Sagrado a ponto de desassociar o sexo do casamento”
Foto: Arquivo pessoal

Citando o texto de Gênesis 2.24: Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne, o qual trata do pacto nupcial estabelecido pelo Senhor, o Rev. Sandro Veiga da Silva, da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil em Bombinhas (SC) assevera que “fica clara a orientação divina para formação de um casamento monogâmico por meio do qual é estabelecida uma relação de unidade entre marido e mulher, explicitada, inclusive, pela relação sexual”. Segundo o ministro, é importante entender o propósito do sexo na vida do casal, que não deve apenas a limitar à procriação, mas também visar à satisfação mútua. Para tanto, destaca o pastor, é preciso atentar para as orientações da Palavra que estabelecem as condições para a sua prática. [Leia, no final desta reportagem, o quadro Por que é pecado?]

Visão semelhante é compartilhada pelo Pr. Douglas dos Santos Paiva, líder regional da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em São Benedito, em Santa Luzia, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Embora defenda que o foco principal do casamento não é apenas sexo, e sim o relacionamento como um todo, Paiva entende que o momento de intimidade deve ser devidamente desfrutado como um presente divino. “Casar-se e não praticar sexo é tão pecado quanto manter relações sexuais sem estar casado”, afirma o ministro, ressaltando que marido e mulher devem cumprir seus papéis conjugais estabelecidos pelo Onipotente e, para tanto, a Igreja precisa rechaçar todo tipo de ideia contrária ao que o Criador estabelece em Sua Palavra. “As lideranças evangélicas devem combater qualquer tese que relativize o Texto Sagrado a ponto de desassociar o sexo do casamento”, conclui.

Por que é pecado?

Manter relações sexuais fora do casamento tornou-se uma prática aceitável nas sociedades modernas ocidentais. Entretanto, não por acaso, a Palavra de Deus condena o sexo extraconjugal. Além dos danos espirituais e emocionais, tal prática gera consequências negativas, entre elas, a possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a aids.


Há, ainda, o risco de ocorrer uma gestação indesejada, motivo pelo qual muitas mulheres decidem pelo aborto ou por casamentos precipitados que, em muitos casos, estão fadados ao fracasso. Isso porque a união ocorre em razão do sentimento de culpa e da instabilidade emocional – problemas comuns provenientes da prática sexual precoce.


De acordo com a Bíblia, Deus reservou o sexo exclusivamente para os casados. É o que fica evidenciado em textos como Hebreus 13.4: Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará. Outra passagem que trata do tema é a de Atos 15.20: que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue (ARA).


A Escritura afirma que, sob o ponto de vista espiritual, o sexo fora dos padrões divinos é um dos meios pelos quais Satanás escraviza os seres humanos fisica, emocional e espiritualmente, conforme registra João 8.34 (ARA): Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. A Palavra do Senhor também é clara ao dizer que quem comete pecado colherá os frutos de seu erro. Mas a pior consequência da prática pecaminosa é permanecer afastado do Pai celeste por causa da desobediência: Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2).


(Fontes: Guiame e biblia.com.br)

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