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Foto: Arquivo pessoal
Por Evandro Teixeira
Ainda na pré-adolescência, o segurança Euclides Gilmar Majela, 59 anos, começou a beber. Por muito tempo, apenas ingeria bebida alcoólica. No entanto, aos 28 anos, teve o primeiro contato com a cocaína – episódio que marcaria o início de uma escalada no uso de entorpecentes. No final de 1999, passou a usar crack, um dos narcóticos mais devastadores, e, com o passar dos anos, a dependência se agravou. Em 2016, quando estava com 50 anos, Euclides chegou ao fundo do poço: consumiu diversos tipos de droga com a intenção de tirar a vida.
Morador de Centenário do Sul, no norte do Paraná, ele conta que conheceu a bebida alcoólica aos dez anos – algo que, segundo o segurança, era comum para crianças como ele naquela época. Euclides ressalta que começou a trabalhar aos nove anos. Plantava mudas de café em uma fazenda administrada pelo tio, em um tempo no qual o trabalho infantil era visto com bastante naturalidade. Foi assim até completar 18 anos, quando conseguiu um emprego como motorista. Cinco anos depois, mudou-se para Carapicuíba (SP), na região metropolitana de São Paulo, onde sua irmã Dalva Regina, hoje com 64 anos, estava estabelecida. Lá, ele começou a trabalhar como empacotador em um supermercado, mas os vícios ainda o acompanhavam.

Foto: Arquivo pessoal – modificada por IA
Intervenção divina – Foram 35 anos na luta contra a dependência química. Até que, no final de 2018, aos 52 anos, o organismo de Euclides manifestou alguns sinais de alerta. Na época, ele notou o surgimento de nódulos na região abdominal e dificuldades para evacuar. Os sintomas o deixaram apreensivo, mas não o suficiente para fazê-lo abandonar as drogas.
A mudança de comportamento aconteceu de maneira bastante curiosa: durante uma madrugada, ao se levantar para pegar mais bebida alcoólica, percebeu que o canal sintonizado na TV transmitia o Show da Fé. Naquele momento, o Missionário R. R. Soares se preparava para fazer a oração da fé com a água consagrada. Movido por impulso, Euclides seguiu as orientações do pregador e vivenciou um milagre: após ingerir o líquido, mesmo estando sob o efeito do álcool e dos entorpecentes, ele viu Deus operar. “Na hora, os nódulos que havia em minha barriga sumiram.”
Após esse evento, o segurança precisou ir a Osasco (SP) fazer algumas compras. Ao passar em frente à Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no bairro de Quitaúna, sentiu o desejo de entrar. Já no primeiro culto, a mensagem pregada pelo então líder, o Pr. Marcelo Henrique Pereira, tocou o coração de Euclides. Depois desse dia, ele passou a frequentar as reuniões aos domingos, permanecendo naquela congregação até hoje.
Além disso, à medida que lia a Bíblia, percebeu que o Senhor agia em sua vida, em um processo gradativo de transformação. Para avançar na caminhada, ele deu início ao Curso Fé, que, na época, era ministrado às sextas-feiras. No entanto, durante a oitava semana de estudos, Euclides teve uma recaída, mas, diferentemente das outras vezes, não sentiu a mesma satisfação ao beber. “Entendi que era hora de parar”, relembra-se ele, o qual descartou todos os produtos alcoólicos que havia em casa. O segurança faz questão de registrar a importância do apoio pastoral em seu processo de libertação. “O pastor é um homem de fé, usado por Deus. Por entender bem a Palavra, consegue pregar de forma clara”, enfatiza.

Foto: Arquivo pessoal
Outras bênçãos – Em sua caminhada, Euclides testemunha ter vivido duas outras experiências marcantes. No fim de 2022, sentiu dores no braço direito, que aumentaram a ponto de impedi-lo de movimentar o membro. Após receber o diagnóstico de bursite [inflamação nas bursas, pequenas bolsas com líquido que se encontram nas articulações do ombro], seguiu o tratamento indicado pelo médico: acupuntura [método terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas na superfície corporal para tratar doenças]. Porém, o resultado não foi satisfatório. Com isso, buscou suporte na Igreja, onde recebeu a oração do Pr. Marcelo Pereira, o qual determinou a cura. Ao voltar para casa, Euclides estava sem dor e movia normalmente o braço.
Passados dois anos, os mesmos sintomas surgiram no braço esquerdo, causando, entre outras dificuldades, a interrupção dos treinos de Euclides em duas artes marciais – muay thai (tailandesa) e kung fu (chinesa). Diante do problema, ele foi a um culto na sede estadual da Igreja da Graça no Centro de São Paulo (SP). Durante a pregação, o Pr. Jayme de Amorim Campos, líder da IIGD no estado, fez uma oração específica por aqueles que sentiam dores nos braços. “Naquele dia, coloquei a minha fé em ação, e Deus atendeu ao meu clamor. Saí de lá curado, o que possibilitou meu retorno aos treinos.” Euclides relata não ter constituído família devido aos longos anos de vida desregrada. Mesmo assim, não descarta a possibilidade de se casar um dia. “Todas as coisas acontecem conforme a vontade de Deus. O Senhor restaurou minha saúde e me deu vida nova. Isso é o essencial”, afirma ele, lembrando que o mais importante é viver na paz de Cristo.”