Entrevista – 293
22/12/2023Vida Cristã
30/01/2024Se é da vontade de Deus curar todos, por que, algumas vezes, vemos pessoas fiéis ao Senhor morrerem de doenças? Se a morte delas, pela enfermidade, foi propósito do Altíssimo como podemos conciliar isso?
G. M., via site da Revista Graça/Show da Fé
R.: A cura, assim como qualquer outra bênção do Senhor, depende fundamentalmente da fé. Não foram poucas as ocasiões em que Jesus curou alguém e destacou com todas as letras: A tua fé te salvou (Mc 5.34), ou: Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mt 9.29). A Palavra revela que, em Sua própria cidade, o Mestre não pôde realizar muitos milagres, por causa da imensa incredulidade de Seus conterrâneos (Mc 6.5,6). As Escrituras declaram acerca do poder e do desejo do Altíssimo de ser Aquele que nos cura de todos os males, sejam físicos sejam espirituais. Afinal, Deus enviou Seu Filho para que os que nEle creem (veja a importância da fé) tenham vida abundante e eterna (Êx 15.26; Sl 103.3; Is 53.4,5; Mt 8.16,17; Jo 10.10). Não creio que Deus deseja que algum de Seus filhos padeça de enfermidade, até porque toda doença é resultado do pecado e, em última análise, tem sua origem no diabo. Ora, Cristo veio justamente para desfazer as obras de Satanás, por isso curava aqueles que O procuravam (1 Jo 3.8; Mt 8.16; 12.15). Diante desses fatos bíblicos, prevalece uma imensa dificuldade para acreditar que o Pai celestial Se recusou a curar um filho fiel para que este morresse. Entretanto, quando uma pessoa assim morre, não nos cabe julgá-la (será que ela era mesmo fiel? Será que a sua fé era fingida, ou não a usou corretamente?), e muito menos o Senhor. Ele tem soberania absoluta sobre todas as coisas e circunstâncias (Jó 42.1,2; Sl 115.3), e a Sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Essas verdades bastam para quem crê. Aquilo que não está revelado na Bíblia não nos pertence (Nm 29.29).
Por que não se prega mais sobre o arrebatamento da Igreja? Será que, em nossos dias, não seria fundamental alertar os cristãos a se prepararem para esse momento, em vez de se preocuparem mais com sua vida terrena?
T. B. G., via internet
R.: O dever de cada seguidor de Jesus é e sempre foi permanecer vigilante e atento à Sua volta, desde os dias dos apóstolos (Mt 25.13; Mc 13.33-37). A parábola contada pelo Mestre acerca do semeador alerta para os terríveis perigos que a fascinação com este mundo e suas riquezas representam para os salvos (Mc 4.18,19). O apóstolo Paulo experimentou no ministério a deserção de auxiliares seduzidos pelos apelos desta vida e, por isso, alertou fortemente para a necessidade de vigilância (2 Tm 4.9,10; 1 Tm 6.9,10). Uma das maneiras de se fazer isso é ocupar a mente com os assuntos e interesses do Reino de Deus, da vida eterna e de tudo o que pode ser feito para a salvação dos perdidos (Fp 4.8; Cl 3.2-4; 1 Jo 2.15-17,28,29). Pregar e estudar a respeito do arrebatamento é muito importante, mas conhecer os fatos que o cercam não é garantia de nada, e sim agir como o Senhor determinou e nos deixou o exemplo (Mt 24.36-44; Jo 13.15; At 1.7-11; 1 Ts 4.13-18).
Em Daniel 12.2, está escrito: E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno. Isso significa que nem todos ressuscitarão?
M. S., via internet
R.: Uma das regras mais importantes para a interpretação sadia e eficaz da Bíblia é a de que ela explica a Si mesma. Se tomarmos o texto de Daniel isoladamente, podemos chegar à conclusão de que você mencionou, como fazem algumas seitas, mas a Palavra de Deus não trata desse assunto apenas nessa passagem. Portanto, é preciso compará-la com outras, a fim de conhecer o que o Senhor ensina acerca da ressurreição. Devido ao pouco espaço desta coluna, mencionarei 1 Coríntios 15, 1 Tessalonicenses 4.13-18 e Apocalipse 20.4-6, 11-15; 21.8. Nesses textos, aprendemos claramente que todos ressuscitarão, não de uma só vez, pois os salvos em Cristo serão ressuscitados no arrebatamento da Igreja, enquanto os ímpios voltarão à vida apenas no Juízo Final, a segunda ressurreição. Note que a Bíblia Sagrada afirma categoricamente que os perdidos serão lançados no mesmo lago de fogo e enxofre onde estarão o diabo e os demônios. Lá, todos sofrerão eternamente, assim como o texto de Daniel afirma (Dn 12.2; Ap 20.10). A ideia de aniquilamento dos ímpios, portanto, não tem fundamento bíblico.
Sou cristã há 11 anos. Jesus me libertou de várias coisas ruins, mas há uma da qual não consegui me livrar: problemas na coluna. Gasto muito dinheiro com remédios, e nada adianta. Creio na cura e sei que Jesus já levou toda a enfermidade. Já participei de campanhas de oração, e vários pastores oraram por mim. Não entendo por que não recebo a cura do Senhor. Peço a Jesus que mostre onde estou errando, mas nada acontece. Como devo proceder?
Q. Z., São Paulo (SP)
R.: Em certa ocasião, Jesus declarou aos doutores em religião que eles erravam por desconhecerem as Escrituras e o poder de Deus (Mc 12.24). Ora, aqueles homens, certamente, sabiam a Lei praticamente de cor; porém, não era do conhecimento intelectual que o Mestre falava, e sim daquele que chega ao coração da pessoa quando ela medita, em oração, nas promessas da Bíblia. É desse modo que nasce a fé necessária para realizar tudo quanto o Senhor promete em Sua Palavra (Rm 10.17). Essa fé, que arde no coração, mobiliza o poder de Deus (Mc 11.23; Jo 15.7). Em meu livro Como tomar posse da bênção, a irmã encontrará as orientações de que precisa para vencer essa enfermidade. Por certo, esse é o desejo do Pai celestial para sua vida.
Minha irmã faz parte de uma igreja que a proíbe de se depilar e de visitar outras igrejas. Se ela desobedecer, será disciplinada e ficará três meses sem poder participar da Santa Ceia. Ela tem medo de deixar essa igreja, porque é dito que muitos saíram, e o Senhor chegou até a ceifar a vida de entes queridos. Como posso orientá-la? O que ela pode fazer?
G. Y. T., sem identificação da cidade
R.: O primeiro compromisso do cristão é com Jesus, a quem deve seguir e imitar, uma vez que Ele é a única conexão com o Pai (Jo 8.12; 14.6; Ef 5.1; 1 Co 11.1). As informações e os ensinamentos necessários ao discípulo de Cristo vêm apenas da Palavra de Deus, a Regra única e infalível de fé e prática de quem, verdadeiramente, teme o Senhor. Por ela, o Espírito Santo nos fala, e a voz dEle supera qualquer outra (Jo 17.17; Rm 3.4). Portanto, sua irmã precisa avaliar, à luz das Escrituras e em espírito humilde de oração, as questões mencionadas por você, do mesmo modo que deve agir cada cristão genuíno em relação ao que ouve e é ensinado na igreja (At 17.10,11; 1 Ts 5.21,22). Procedendo desse modo, ela e todos os salvos estarão sempre em paz quanto ao que Deus estabelece para o comportamento de Seus filhos neste mundo (Cl 3.15-17).