Palavra dos Patrocinadores – 285
10/04/2023Vida Cristã
18/05/2023Ainda não estou convencido de que um verdadeiro cristão perca a salvação. Poderia dizer o que pensa a respeito disso?
T. F., via internet
R.: Quem convence é o Espírito Santo por meio da Palavra de Deus. Sobre esse assunto, ela registra a fala do Mestre: E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mt 24.12,13). Ora, quando o Senhor Jesus fala de amor esfriando, está Se referindo ao amor de incrédulos ou de salvos? E, se não é possível se perder após a conversão, como entender a declaração de que só quem perseverar até o fim será salvo? Está claro que a perseverança no amor é condição
sine-qua-non para a salvação, não é verdade? Em outras palavras, o salvo precisa se manter fiel a Cristo até o fim (Ap 2.10). A Bíblia Sagrada também ensina que se o crente em Jesus desistir do Salvador, não lhe restará mais sacrifício salvífico: Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos é reprovada e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada (Hb 6.4-8). E ainda: Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb 10.26-31). Há muito mais acerca desse tema nas Escrituras, mas creio que isso já é o bastante.
Missionário, gostaria de saber por que algumas pessoas que não servem a Deus são mais prósperas que nós, servos do Senhor?
S. T. D., sem identificação da cidade
R.: Sua pergunta revela vários equívocos sobre a vontade do Pai. O primeiro, e mais grave, é achar que servir ao Senhor garante mais prosperidade material e financeira do que seria possível angariar indo após os falsos deuses. Ora, se isso fosse verdade, a Palavra de Deus não teria advertências tão fortes contra o anseio de enriquecer e a fascinação das riquezas (Mt 13.22; Mc 10.23-25; Lc 6.24; 1Tm 6.9-11; Tg 5.1-6). Isso nem de longe significa que servir a Cristo implica pobreza material, e sim que a abundância de bens deve estar incondicionalmente a serviço dos interesses do Reino celeste, e não daqueles que dela desfrutam (1Tm 6.17-19). Somos exortados a nos mantermos humildes e a nos contentarmos com aquilo que o Senhor nos dá, pois Ele jamais desampara quem nEle confia (Fp 4.19; 1Tm 6.6-8; Hb 13.5). Além disso, a Bíblia ensina que nossa maior riqueza está em nossa comunhão com o Altíssimo, desde agora e por toda a eternidade (Ef 1.7,18; 2.7; 3.8; Cl 1.27). Nesse sentido, ao contrário dos perdidos, somos declarados ricos na fé e herdeiros do Reino dos Céus (Tg 2.5). Agora, quanto ao fato de haver ímpios mais prósperos do que crentes, isso se deve, entre outras razões, à maneira como as pessoas lidam com o dinheiro e com as oportunidades desta vida. De todo modo, a genuína prosperidade dada pelo Criador sempre envolverá ter um nome honrado, nunca associado a dívidas tampouco à desonestidade de qualquer natureza (Rm 13.8,13; 1Pe 2.11,12).
Qual é a diferença entre os termos “vaso” e “profeta”?
J. L. K., via internet
R.: Trata-se de peculiaridades do jargão evangélico que tem raízes nas Escrituras. O termo “vaso” aparece em passagens como a visita à casa do oleiro e a fala do Senhor a respeito de Saulo de Tarso, além de vários outros textos bíblicos, como referência à pessoa que Deus molda e usa (Jr 18.1-6; At 9.15,16). O “profeta” é também um “vaso” que o Criador utiliza para exortar Seu povo por meio da proclamação da Palavra, a fim de corrigir os erros de conduta ou entendimento e conduzi-lo pelo caminho santo (Jr 18.11; 1Co 14.3). É importante frisar que tanto o “vaso” como o “profeta” são servos do Altíssimo e jamais devem se ensoberbecer por isso (Sl 19.13).
Na hora em que Jesus voltar, se eu estiver no ato sexual com a minha esposa, mesmo sendo evangélicos, nós subiremos ou ficaremos?
E. P. Z., sem identificação da cidade
R.: Infelizmente, existe uma noção muito errada acerca da intimidade entre marido e mulher. Essa crença foi difundida durante séculos e perdura até hoje, de que o pecado original teria sido a prática sexual de Adão e Eva. Esse tipo de interpretação está ligada ao fato de os primeiros pais tentarem cobrir os genitais logo após pecarem, porque a nudez passou a incomodá-los (Gn 3.6,7). É preciso esclarecer, contudo, que esse entendimento equivocado da Palavra de Deus grassou em um tempo em que pouquíssimas pessoas tinham livre acesso ao Texto Sagrado. Hoje, após a intensa distribuição de Bíblias nos mais diversos idiomas, tal compreensão não tem mais como se sustentar. O Senhor, ao criar o ser humano, determinou como bênção que o casal se multiplicasse (Gn 1.26-28). Portanto, o sexo entre pessoas casadas é santo e abençoado pelo Todo-Poderoso, desde que, é claro, esteja de acordo com os padrões bíblicos. Então, marido e mulher que seguem o Senhor Jesus com sinceridade e integridade, se estiverem coabitando, natureza com natureza, no momento sublime da volta do Salvador, certamente serão transformados e subirão com Ele (1Ts 4.15-18).
Missionário, quais são os versículos bíblicos que provam que a vida dos animais termina aqui em nosso planeta?
T., via internet
R.: De todas as criaturas, a única que Deus criou para viver eternamente foi o ser humano. Essa é uma das implicações da expressão imagem e semelhança que o qualifica (Gn 1.26,27). Somente o homem tinha acesso à árvore da vida, a qual garantia a vida eterna e que estará presente no Paraíso (Gn 3.22-24; Ap 2.7; 22.14). Por ter falhado, o ser humano tornou-se mortal, mas ressuscitará para se apresentar diante do Justo Juiz e dEle receber a sentença final: o Céu para os que depositaram sua fé no Senhor Jesus e viveram segundo Sua Palavra, e o lago de fogo e enxofre para os que se recusaram a fazê-lo (Ap 20.11 − 21.8). Embora a Bíblia Sagrada fale de alguns animais no Céu, como cavalos, não há nenhuma passagem que afirme serem os mesmos que vivem em nosso mundo e que ressurgirão à semelhança dos humanos. E, naquilo em que a Palavra silencia, é extremamente temerário fazer qualquer afirmação, pois esta não passará de vã especulação. Não é errado amar os animais e deles cuidar, muito pelo contrário (Pv 12.10). Entretanto, não devemos considerá-los como nossos semelhantes, substituindo o amor e a dedicação que biblicamente devemos dar ao próximo, porque esse, sim, a Bíblia garante ser eterno (Jo 13.34; Rm 13.9; Gl 5.14).