Heróis da Fé | Paul W. Brand
01/09/2022Família – 279
01/10/2022Missionário, sempre sonho que estou voando bem alto por lugares onde vivem pessoas humildes cantando hinos. Qual seria o significado disso?
H. W., sem identificação da cidade
R.: Precisamos nos lembrar de que Deus usou os sonhos, bem como vários outros recursos, para comunicar-Se com o homem, mas que, após o advento do Senhor Jesus, e principalmente por intermédio dEle, a Palavra encarnada é o meio pelo qual o Altíssimo fala conosco (Hb 1.1,2; Jo 1.1-14). Além disso, é preciso ter em mente que, todas as vezes em que alguém sonhou algo dado por Deus, Ele mesmo providenciou a interpretação (Gn 41; Dn 2; Mt 1.18-24). Assim, cabe a você pedir ao Todo-Poderoso que confirme se há ou não intenção dEle em lhe revelar algo. E, em caso afirmativo, solicite ao Senhor a devida interpretação desse sonho recorrente. Entretanto, nas Escrituras Sagradas, você encontrará exortações e exemplos acerca do desejo de Deus para Seu povo, a saber, ganhar os perdidos mediante a pregação do Evangelho (Mt 9.37,38; 28.18-20; Mc 16.15,16; Jo 14.12; Rm 1.14-16; 10.13-15; 2 Co 5.18-20; 1 Tm 2.3,4; 2 Pe 3.9). Portanto, ainda que nunca tivesse sonhado, o Senhor já estava convocando você para alistar-se como divulgador das Boas-Novas de salvação, sendo o bom perfume de Cristo onde quer que vá (2 Co 2.14-16).
Sou convertida há dez anos, e, antes da conversão, eu me casei no cartório com um novo convertido. Ele pediu o divórcio há dois anos e, desde então, está noivo. Orei por uma reconciliação, porém vejo que isso é impossível porque ele está irredutível. Temos uma filha de nove anos. Se eu encontrar outra pessoa, crente em Jesus, poderei me casar também ou estarei pecando?
U. V. M., via internet
R.: Embora as questões ligadas ao casamento e ao divórcio sejam encaradas com extrema superficialidade no mundo de hoje, as coisas não são assim para quem leva a fé no Salvador a sério. Em Seu ensinamento, o Senhor Jesus apontou para uma direção oposta à do nosso tempo, dada a sua profundidade e complexidade, de um modo que assustou até mesmo os discípulos (Mt 19.1-12). Portanto, a irmã fará bem se analisar com zelo essa passagem e a de 1 Coríntios 7.10-16, entre outros textos. Aqui, não há como dar-lhe uma resposta completa, pois seria necessário conhecer várias circunstâncias, como as que motivaram o divórcio, a genuinidade da conversão de seu ex-esposo, a real necessidade da senhora em buscar um novo casamento. Por isso, recomendo a leitura do livro Casamento, divórcio e novo casamento, de Gordon Lindsay, publicado pela Graça Editorial. Depois, caso ainda julgue necessário, aconselhe-se com o seu pastor, que deve ser conhecedor das circunstâncias requeridas. Acima de tudo, mantenha seu coração aberto e disposto a fazer a vontade do Pai, que a capacitará e suprirá todas as suas necessidades (Mt 6.33; Fp 4.19).
O que o senhor pensa a respeito da teosofia?
F. P. D., São Gonçalo (RJ)
R.: Pouco sei especificamente dessa religião. Sim, muitos estudiosos contemporâneos assim classificam a teosofia, o que só me afasta ainda mais de um interesse maior por conhecê-la. Afinal, qualquer religião, incluindo o cristianismo, tem coisas boas e ruins. No entanto, nenhuma delas, englobando novamente o cristianismo, tem capacidade de salvar o perdido. Somente o Senhor Jesus Cristo pode fazê-lo, pois, embora inocente e puro, morreu no lugar dos pecadores, a fim de reconectá-los a Deus (2 Co 5.21). Sei que o termo religião vem da palavra de origem latina que significa religar, mas essa é outra falácia humana, pois apenas Jesus pode religar o ser humano ao Pai Celeste (Jo 14.6; 1 Tm 2.5). O Salvador não é uma religião; é uma Pessoa, dotada de vontade, sentimentos, expectativas, intelecto. É, apenas e tão somente, por meio da fé em Seu sacrifício vicário que o ser humano, consciente e arrependido de seus pecados, encontra perdão, redenção e comunhão com o Todo-Poderoso. Em outras palavras, a salvação genuína se expressa em uma ligação viva, real, profunda, pessoal e constante do homem ou da mulher com Cristo. E nada disso é místico nem envolve conhecimentos secretos, como as religiões e práticas esotéricas (do tipo da teosofia) propõem (Mt 10.27). Tudo o que necessitamos, para ter essa comunhão, está exposto na Palavra de Deus, regra única e infalível de fé e prática. Graças a Ele, em nosso país, há liberdade, e qualquer pessoa tem acesso irrestrito a ela e pode, por si só, conferir e tomar posse da Verdade que liberta (Jo 8.32).
Missionário, é errado tomar remédio para emagrecer?
L. C. X., via internet
R.: Os medicamentos só devem ser usados se forem prescritos pelos médicos, pois podem ter efeitos colaterais. Apesar do que muitos pensam, as Escrituras nada têm contra esses profissionais, até porque o evangelista Lucas era um deles (Cl 4.14). O Senhor Jesus ensinou que os sãos não precisam de médico, e sim os doentes (Mc 2.17). Portanto, você deve responder à seguinte pergunta: “Estou doente?”. Embora todo excesso de peso não seja saudável, isso não significa que toda obesidade seja mórbida. Conheço gente que recorre aos fármacos para emagrecer simplesmente porque não consegue controlar o apetite nem restringir sua alimentação ao que é saudável. Nesse caso, o especialista poderá até ajudar, mas só no que se refere à saúde do corpo, pois o problema real, em praticamente todos os casos, está na alma, na falta de domínio próprio ou temperança, que é um aspecto do Espírito (Gl 5.22). Se a pessoa não buscar em Deus a transformação emocional, as obras da carne, entre elas a glutonaria, continuarão regendo sua conduta e esgarçando, cada vez mais, sua saúde física e espiritual (Gl 5.19-21). Como qualquer médico irá confirmar, pior do que a obesidade é o “efeito sanfona”, que acompanha grande parte dos que fazem regimes dietéticos regidos por medicamentos. Então, por que não buscar a direção de Deus e a capacitação do Consolador no aprendizado de uma vida e conduta alimentar saudáveis? Afinal, o corpo é o templo do Espírito Santo, e Ele tem todo o interesse em conservá-lo íntegro (1 Co 3.16; 6.19). Veja: E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5.23 – ênfase minha).
Devemos devolver o dízimo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que recebemos quando somos demitidos de uma empresa?
M. O. P., sem identificação da cidade
R.: Sim, pois o FGTS não é algo que lhe tiraram e agora lhe devolvem, mas um rendimento extra que, mais cedo ou mais tarde, você terá.O dizimista que agrada ao Senhor é aquele que contribui com alegria (2 Co 9.7b). Embora o contexto desse versículo fale de ofertas, a parte final ensina que Deus Se agrada quando tudo o que Lhe damos é oferecido com alegria. Dízimo e ofertas são parte integrante do nosso culto e da nossa adoração ao eterno Redentor, que nos tirou do Império das Trevas e nos transportou para o Reino do Amor (Cl 1.13,14). Esse foi o espírito com que Abraão e Jacó, os primeiros personagens bíblicos a devolverem o dízimo, fizeram isso. Abraão entregou para um sacerdote, e Jacó, diretamente na presença do Senhor, no lugar que denominou Betel, que significa casa de Deus (Gn 14.18-20; 28.18-22). Ambas as situações são claramente de culto. O FGTS é parte de seu sustento, mas que só lhe vem às mãos em momentos específicos, como em caso de demissão. Ora, em circunstâncias semelhantes, quem é fiel ao Pai Lhe devolverá o dízimo e o fará alegremente, como expressão de amor e adoração Àquele que lhe deu a vida eterna nos Céus. Agindo assim, além de não incorrer no erro grosseiro de roubar o Senhor, o dizimista fiel recebe as bênçãos extraordinárias prometidas pelo Deus que não pode mentir (Ml 3.8-12). Confira!
Ir à praia e ficar de biquíni é pecado?
F. A. S., Taquaritinga do Norte (PE)
R.: Qualquer atitude – e não apenas vestimentas – que provoquem deliberadamente desejos lascivos em outra pessoa é condenada nas Escrituras, posto que estimula a concupiscência, a impureza, a vaidade e outras obras da carne (Gl 5.16-19). Por essa razão, a Palavra ensina a mulher temente a Deus a vigiar nas vestes e na postura, valorizando o templo do Espírito Santo que é seu corpo com decência, modéstia e bom senso, de tal modo que fiquem ressaltados os valores de seu espírito manso e humilde (1 Tm 2.9,10–ARA; 1 Pe 3.1-6). O mundo “empurra” a mulher na direção oposta, uma vez que é cegamente dominado pelo deus deste século, mas é preciso lembrar que a amizade do mundo constitui inimizade contra Deus (2 Co 4.4; 1Jo 2.15-17; Tg 4.4). No mar, a mulher certamente usará roupa de banho, mas pode se cobrir com uma saída-de-praia, ao fazer sua caminhada ou qualquer outra atividade.