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01/05/2022
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Certa vez, um pastor disse que Deus usa o diabo para provar a nossa fé. Fiquei triste com isso porque acho que o Altíssimo é fiel e jamais usaria o mal contra Seus filhos para tal propósito. O que o senhor pensa a respeito disso, Missionário?

N. F., Cascavel (PR)

R.: A norma infalível de fé e de prática é a Palavra de Deus, não a minha opinião nem a de homem algum (Jo 17.17). Ora, a Bíblia ensina que as tentações existem e acometem a todos, porém os cristãos devem encará-las com grande alegria, pois são oportunidades para afiar a paciência, a fidelidade ao Senhor e a fé (Tg 1.2-4,12). Seria fácil servir a Deus se não houvesse oposição e atrativos tentadores para desistirmos do caminho apertado que conduz à porta estreita da salvação (Mt 7.13,14). O objetivo das tentações, contudo, não é apenas nos desviar do alvo de amar e obedecer ao Pai celeste, uma vez que é justamente por meio do enfrentamento a elas que somos aperfeiçoados em busca da completude e perfeição, como ensina Tiago. Em outras palavras, o diabo quer nos derrubar e roubar nossa salvação. No entanto, pelo poder do Nome do Senhor Jesus, podemos e devemos encarar cada tentação como oportunidade para envergonhar o inimigo e exaltar o Nome do Rei dos reis, por meio da obediência e fidelidade à Sua vontade expressa nas Escrituras. É importante ressaltar que o Texto Sagrado declara que o Altíssimo a ninguém tenta, pelo contrário, é Ele quem provê tudo quanto há de bom e perfeito na vida, culminando com a dádiva da salvação eterna nos Céus. Nesse sentido, fomos postos no mundo como primícias, sendo assim, os primeiros sinais de Seu poder e Sua glória (Tg 1.13-18). Então, de onde procedem as tentações? Da carnalidade, chamada na Bíblia de concupiscência (vs. 14,15). O inimigo, sabedor disso, apenas atiça a cobiça que reside teimosamente no coração humano (Mc 7.20-23). Daí, percebe-se a importância vital da santificação para o salvo, o que demanda crucificar a carne com suas paixões e resistir ao pecado até o fim (Gl 5.24; Hb 12.4,14).


Missionário, o que significa, na prática, visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, como diz Tiago 1.27?

F. S. C. S., Rio de Janeiro (RJ)

R.: Uma das regras mais importantes na interpretação sadia da Palavra de Deus diz que a Bíblia explica a si mesma. Isso significa que, quando temos dúvida acerca de um ensinamento das Escrituras, devemos saná-la em outras passagens bíblicas que tratem do mesmo assunto. Ora, essa carta de Tiago exorta os crentes a socorrer irmãos carentes que vão ao culto sem ter o que comer ou vestir (Tg 2.15-17). Órfãos e viúvas são, claramente, símbolos dos desamparados no Livro Sagrado, e Deus Se coloca como protetor deles (Sl 68.5; Jr 49.11), devendo Seu povo fazer o mesmo em prol dos aflitos (Is 1.17). É bom lembrar que o Senhor Jesus censurou duramente os religiosos de Seu tempo que exploravam os pobres e as viúvas em nome da religião (Mt 23.14). Por isso, o apóstolo, ao falar da verdadeira devoção, isto é, da genuína comunhão com Deus, aponta na direção contrária à prática daqueles líderes. Agora, é preciso critério e zelo na administração dos recursos materiais da igreja em tudo, mas, em especial, nessa área, pois há muita gente de má fé, cujo objetivo é apenas explorar a casa de Deus. Nesse sentido, vale estudar, contextualizar e aplicar com a sabedoria do Espírito Santo as instruções bíblicas de como tratar com os carentes da igreja (1 Tm 5.3-16).


Toda vez que, em oração, faço perguntas ao Espírito Santo sobre se determinada atitude que tomei ou vou tomar é correta, já recebo a resposta antes mesmo de terminar a questão. Estou ouvindo a voz do Senhor ou a minha consciência?

H. K. E., sem identificação da cidade

R.: Isso vai depender do conteúdo das respostas que você recebe, pois o Senhor nos fala sempre por meio de Sua Palavra (Hb 1.1). É pelo estudo cuidadoso dela que nos tornamos sábios para todas as decisões que temos de fazer nesta vida (2 Tm 3.14-17). Sempre que estivermos diante de um dilema, devemos orar a Deus, consultando o Senhor acerca de como agir (1 Sm 23.2; 30.8; Fp 4.6; 1 Pe 5.7). Deus usará, então, Sua Palavra para nos dar direção e paz (Fp 4.7). Por essa razão, é crucial estudar diligentemente a Bíblia e guardá-la, como diz o salmista, pois o Senhor a trará à nossa lembrança, por intermédio do Espírito Santo, apontando o caminho a seguir (Sl 119.11; Jo 14.26). Logo, cabe a você verificar de onde vêm as direções que recebe, sabendo que é essencial estar atento às artimanhas de nosso coração enganoso (Jr 17.9). Apenas a genuína Palavra é segura e confiável (Jo 17.17).


Foto: Arquivo Graça / Marcelo Nejm

Não concordo quando o senhor diz que devemos dar o dízimo do salário bruto. Isso não está na Bíblia. Ela afirma que devemos devolver o dízimo (uma décima parte do que ganhamos). No meu trabalho, tenho determinados descontos. Se um colega mora ao lado da firma, ele ganhará mais porque não gastará com transporte e alimentação, por exemplo. No entanto, considerando seu argumento, devemos dar igual valor no dízimo, mesmo que a pessoa citada fique com uma quantia depositada maior do que a minha?

Z. X. C., sem identificação da cidade

R.: Cuidado com os raciocínios enganosos, pois eles visam tão somente silenciar sua consciência diante do erro. Não há, na Bíblia Sagrada, nenhum texto que ensine o que você afirmou. Em todas as passagens que mencionam o dízimo, ele é retratado como a décima parte de tudo quanto o dizimista fiel ganhar (e não do que ele, efetivamente, receber nas mãos). Abraão entregou a Melquisedeque o dízimo de tudo (Gn 14.20b). Jacó afirmou: […] e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (Gn 28.22b). O trecho clássico sobre o assunto fala: Trazei todos os dízimos (Ml 3.10). Ora, em que lugar, é dito que Abraão descontou as despesas que teve para arregimentar seus 318 servos, armá-los e alimentá-los durante a batalha que gerou o dízimo? Jacó só entregou o dízimo depois de calcular quanto era seu custo de vida? A resposta é um retumbante não. Há também de se considerar que o contexto bíblico da ordem de serem entregues todos os dízimos, registrada por Malaquias, é a queixa de Deus acerca de ser roubado por Seu povo. Além disso, seu raciocínio é falso, pois seu dízimo e o de seu colega serão iguais, se calculados pelo valor bruto, já que vocês têm o mesmo salário. E, se ele reside perto da empresa, será tolo se usar o vale-transporte, pois isso implica em um desconto de 6% no salário, sem que ele tenha qualquer vantagem. Quanto ao valor descontado para alimentação, assim como qualquer outro desconto em folha, não significa que se receba a menos, pois há benefícios auferidos e desfrutados pelo trabalhador, graças justamente a eles. Finalizo, lembrando que o dízimo – e tudo o que damos ao Senhor – deve ser devolvido com ação de graças, em adoração, e não como um imposto, dado de má vontade (1 Co 9.7). Em meu livro Bênçãos que enriquecem (Graça Editorial) há muito mais para quem, de coração aberto, deseja saber como agradar a Deus com seus bens.


1 Comment

  1. Amanda Sales disse:

    Respostas sábias sempre! ♥

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