Medicina e Saúde – 267
01/10/2021Na prateleira – 268
01/11/2021Por que o apóstolo Paulo determinou que as mulheres não se manifestassem nos cultos?
O. R. Q., sem identificação da cidade
R.: Por uma questão cultural, assim como ele fez em relação ao véu (1 Co 11.2-16). Note que os discípulos do Senhor Jesus se espantaram quando viram o Mestre conversando com uma mulher (Jo 4.27). Naqueles tempos, as mulheres sérias não falavam em público, apenas no reduto do lar, e assim mesmo só com outras mulheres. Se houvesse homens no recinto, teriam de estar presentes o marido ou pai delas, do contrário, elas se retirariam daquele ambiente. Agora, imagine a igreja começando, sendo uma novidade para todos na cidade e, quando os homens fossem visitá-la, vissem as esposas crentes de seus amigos e parentes falando e interagindo com outros homens em público. O que esses visitantes iriam pensar da fé cristã? Grande parte da igreja nascente era formada por esposas de homens distintos na cidade (At 17.4). Caso elas se comportassem de modo socialmente chocante, isso comprometeria gravemente o crescimento e o desenvolvimento do Evangelho, como percebemos na passagem em que Paulo trata da ordem no culto (1 Co 14.20-40). Não é correto pensar que o apóstolo entendesse ser a mulher indigna de ministrar ou mesmo de ensinar a Palavra de Deus, pois, no âmbito privado, isto é, fora do culto público, havia mulheres apoiadas por Paulo ensinando, admoestando e profetizando. Priscila, com seu esposo, instruiu Apolo, e as quatro filhas do diácono Filipe, que hospedou Paulo em sua casa, eram profetisas. Nem elas nem Priscila foram censuradas, pelo contrário (At 18.24-26; 21.8,9; Rm 16.3).
Missionário, eu me separei do meu marido há cinco anos, quando não conhecia Jesus. Depois, tive mais um filho com um namorado que não deu certo. Mas, ao conhecer Cristo, entendi que devo ficar ao lado do meu marido com quem tive dois filhos. Somos divorciados. É errado tentar reconstruir meu casamento?
L. D., via internet
R.: Veja a confusão que sua vida se tornou por seguir os costumes do mundo. Agora que você conhece o Senhor Jesus, precisa pôr tudo em ordem, e sua vida conjugal é apenas um item na lista. Em Provérbios 3.1-10, há uma série de providências fundamentais para que os caminhos da irmã sejam endireitados por Deus. Antes de pensar em casamento, é preciso amadurecer a fé e a relação com o Senhor, pois você precisará de sabedoria e do poder do Alto nesse processo (Tg 1.5-7). Então, veja primeiro como está sua comunhão com Deus e com a igreja. Aprenda seus direitos como seguidora verdadeira de Jesus e, então, determine sua vitória em cada área de sua vida. Meu livro, Como tomar posse da bênção, ajudará muito você. Quanto a tentar voltar para seu ex-marido, há vários pontos que precisariam ser verificados. Entre eles, ressalto dois: o fato de ele também ser de Jesus e estar desimpedido. Ponha essa questão em oração diante do Pai, e Ele mesmo a dirigirá.
O crente, depois de ter crido em Jesus, pode perder a salvação?
J. L. O., sem identificação da cidade
R.: Só se ele quiser, pois o Senhor Jesus não desiste de ninguém (Jo 6.37). Por outro lado, há vários casos na Bíblia Sagrada em que gente do povo de Deus abandonou o Senhor (Jr 2.13; Jo 6.66). Ora, se alguém decide loucamente deixar de crer no Salvador e de confiar a Ele a direção de sua vida, voltando às práticas condenadas nas Escrituras, por que tal pessoa permaneceria salva? É justamente por causa desse risco que o Mestre ensinou categoricamente ser necessário perseverar até o fim (Mt 24.13; Mc 13.13; Ap 2.10). Em Hebreus, a Palavra de Deus, do modo mais duro possível, exorta-nos a permanecer firmes na fé (6.4-8; 10.26-31). Ora, se é impossível perder a salvação, como infelizmente dizem alguns, por que as Escrituras trariam tantas advertências quanto a esse risco?
Existem demônios hereditários?
O. M. G., via internet
R.: Não. Ninguém fica endemoninhado só porque algum antepassado o foi. A Palavra é claríssima quanto a isso, quando afirma ser individual a responsabilidade pelo que se faz espiritualmente (Ez 18.20). Deus é justiça (Sl 50.6; 71.19), de sorte que de modo algum o diabo poderia invadir alguém apenas porque já fez isso em sua família. O problema é que o coração vazio, isto é, a pessoa sem Jesus, fica exposta e indefesa aos ataques demoníacos, ainda mais se praticar o que ofende o Senhor (Lc 11.24-26). Portanto, não há necessidade de se quebrar maldições hereditárias, desde que, é óbvio, se trate de gente que tenha Cristo como Salvador e se paute por Sua Palavra (1 Jo 5.18). Toda maldição foi aniquilada na cruz, mas a ignorância quanto a essa e outras verdades pode expor o cristão a ensinamentos e práticas não bíblicas (Gl 3.10-13; Cl 2.15; At 10.38).
Na Bíblia, está escrito que a mulher sentiria dores de parto como castigo. Por isso, pergunto: há algum mal no parto feito por meio de cirurgia cesariana, na qual se faz uso de anestesia?
P. B. N., sem identificação da cidade
R.: Quando os primeiros seres humanos pecaram, toda a criação foi afetada, inclusive e principalmente Adão e Eva (Gn 3.16-19). A terra passou a produzir espinhos e cardos, e o trabalho passou a ser cansativo e frustrante. Surgiram pragas, enfermidades e a morte. As dores de parto fazem parte desses males decorrentes do pecado original e devem ser enfrentadas do mesmo modo que lidamos com os demais males. Há várias mulheres que usaram a fé na hora do parto e nada sentiram. Agora, do mesmo modo que recorremos à medicina para nos curar, quando não temos fé suficiente, por que seria errado ser anestesiada no parto? Entretanto, recorrer à cirurgia só para fugir das dores de parto, com todas as implicações que qualquer ato cirúrgico traz, eu não recomendo.
Missionário, estou passando por muitas necessidades, principalmente financeiras. Sempre assisto ao programa, frequento uma Igreja da Graça desde o ano passado, fui batizada nas águas, sou dizimista e ofertante e procuro ser fiel a Deus porque temo a Ele. A promessa de receber bênçãos abundantes é para um futuro distante ou para o momento em que estamos passando necessidade?
G. W., via Internet
R.: A vida abundante que o Senhor Jesus veio trazer a Seus seguidores fiéis começa agora e nunca mais terminará, visto que ela é eterna (Jo 10.10b). Portanto, as promessas de sustento e cuidado que estão nos evangelhos são para esta vida, até porque, no Céu, não precisaremos dessas coisas. No sermão da montanha, o Senhor Jesus garantiu que todo aquele que nEle crê e busca em primeiro lugar Seu Reino e Sua justiça terá sustento e cuidado permanentes (Mt 6.25-34). Agora, isso não quer dizer que haja riqueza material necessariamente envolvida, pois o anseio por ela representa enorme perigo espiritual, pondo em risco a própria salvação (Pv 30.8,9; 1 Tm 6.9-11). Prosperidade é dom de Deus e ser rico não é pecado, desde que os bens materiais não sejam ídolos na vida da pessoa (Ec 5.19; Mt 19.16-22; Lc 16.13). Em seu caso, cabe verificar o que a está impedindo de usufruir das bênçãos e da dignidade garantidas aos genuínos filhos de Deus. Pode ser alguma coisa errada que ainda não foi tratada espiritualmente como seria necessário. Faça uma consagração pessoal, com tempo específico para jejum e oração, coloque tudo isso diante do Senhor, medite com o coração aberto em Sua Palavra, e Ele mesmo lhe revelará o que precisa mudar. Como apoio, indico meus livros As bênçãos que enriquecem e A importância de crer, ambos da Graça Editorial.