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CLAMOR COM FÉ
Após 400 anos de servidão no Egito, os israelitas conseguiram a liberdade depois que o Senhor enviou as dez pragas para punir os seus opressores. No entanto, o Faraó se arrependeu de deixá-los partir por causa da dureza de seu coração. Diante disso, reunindo seu exército, com cavalos, carros e soldados (Êx 14), ele acreditava que conseguiria capturar os hebreus. Assim, enquanto o povo caminhava rumo à Terra Prometida, o Faraó empreendeu sua perseguição: E os egípcios perseguiram-nos, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros, e o seu exército e alcançaram-nos acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Ze-fom (Êx 14.9). Quando os filhos de Israel olharam para trás e viram os egípcios aproximando-se, temeram profundamente e clamaram ao Senhor (Êx 14.10). Contudo, o erro do povo de Deus foi recear os inimigos: Quando saíres à peleja contra teus inimigos e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor, pois o SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo (Dt 20.1). Os israelitas deveriam confiar, pois o Altíssimo estaria com eles – o que se confirmou a seguir. O Todo-Poderoso foi glorificado, e os egípcios, derrotados. A mesma promessa se aplica a cada um de nós (2 Cr 15.2).
Aqui, vale responder à seguinte questão: quando estamos ao lado do Senhor? A resposta é simples: quando mantemos a fé na Palavra. Se o Altíssimo garante que estará conosco todos os dias (Mt 28.20), Ele é fiel para cumprir essa declaração. Por outro lado, ao deixarmos de crer, nossas orações serão motivadas pelo temor, e não pela fé.
Seja confiante – Elias clamou a Deus, e o fogo desceu do céu, derrotando os 450 profetas de Baal, no monte Carmelo (1 Rs 18). Porém, quando foi ameaçado por Jezabel, ele fugiu para uma caverna e orou ao Senhor, dizendo ser o único que não havia se prostrado diante de Baal (1 Rs 19). Naquele momento, Elias não era mais o homem de fé que havia enfrentado tão grande desafio, mas, sim, alguém dominado pelo pavor.
Na guerra, devemos enfrentar o inimigo sem pânico, pois esse sentimento é uma forma de desrespeito a Deus. O medo parece agir como um ímã, atraindo exatamente o que tememos. Assim, uma porta é aberta para o inimigo, que só pode ser fechada pela confiança no Pai celestial. Devido às opressões, muitos clamam ao Senhor por ajuda, porque estão apavorados. E você, caro leitor, tem demonstrado essa mesma postura?
Que a motivação da sua oração seja a fé na Palavra de Deus. Ao acreditar nas promessas divinas, você poderá invocar o Senhor, e Ele virá em seu socorro.
Pr. Rogério Postigo
Advogado e líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus em Minas Gerais
