Vida Cristã
14/09/2021
Missões – 267
01/10/2021
A nossa raiz de fé
A recuperação da humanidade, que se perdera com o pecado adâmico, começou pelo toque do Senhor no coração de Abraão, que vivia em uma terra dominada pela idolatria e feitiçaria, a qual servia de ponte para o diabo agir em todas as pessoas. A revolta no coração dele ao ver seu povo envolvido em práticas religiosas condenadas pelo Céu veio de Deus. Ele tomou a decisão em seu espírito de não se igualar ao povo de onde nasceu. O Senhor lhe deu ordens específicas, e sua obediência foi o início da nossa fé no Todo-Poderoso (Hb 11.8-10) e da consequente vinda do Salvador ao mundo. Ele não sabia para onde deveria ir, no entanto seguiu a direção divina. Isso ocorreu há quatro mil anos!
ORDEM TRIPLA: Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei (Gn 12.1). A diretriz que o patriarca recebeu foi tripla. Isto deve acontecer com cada convertido: os laços espirituais que o prendem ao erro têm de ser cortados. Abraão seria guiado pelo Espírito de Deus pelo caminho certo. A proposta celestial incluía as pessoas que creriam no Salvador, o qual sairia da descendência de Abraão, dois mil anos depois.
BÊNÇÃOS PESSOAIS: E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção (v. 2). O Senhor é Cumpridor de Suas promessas, como vemos declarado por Balaão: Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria? (Nm 23.19). Os registros sobre a vida do obediente servo Abraão provam que ele se tornou uma grande nação, sendo que seu filho nasceu apenas quando ele já estava com cem anos – portanto, já amortecido – e Sara com 90 anos (Rm 4.19-21; Hb 11.12).
Abraão seria guiado pelo Espírito de Deus pelo caminho certo. A proposta celestial incluía as pessoas que creriam no Salvador, o qual sairia da descendência de Abraão, dois mil anos depois
Seu nome também foi engrandecido, pois, mesmo vivendo entre os cananeus, foi respeitado por todos. O Senhor cuidou dele nos momentos de angústia. Quando a sua esposa foi tomada para ser mulher de Faraó, que foi repreendido, devolveu Sara intacta e ainda o abençoou com muitos bens. Posteriormente, o mesmo fez Abimeleque, rei de Gerar, que a cobiçou, mas a devolveu sem tocar nela. Abraão foi uma bênção para a humanidade. Isso porque uma multidão, vinda de todas as partes, tem aceitado Jesus como Salvador. Ainda está por vir o grande avivamento capaz de sacudir os quatro cantos do planeta.
PROMESSA COMPLETA: E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (v. 3). Todas as promessas feitas ao nosso querido pai dizem respeito aos que, à feitura de Abraão, creem no Deus Criador dos Céus e da Terra (Rm 4.11,12). Assim, mesmo que não sejamos judeus, o patriarca é nosso “pai na fé”. Quando Davi foi lutar contra o gigante Golias, ao vê-lo com uma funda, e o seu cajado de pastor, o grandalhão o desprezou e debochou dele, declarando: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu amaldiçoou a Davi, pelos seus deuses (1 Sm 17.43). Nessa hora, o filho de Jessé deve ter sorrido, porque, conhecendo a palavra dada ao patriarca mil anos antes e, por ser seu descendente, creu que Deus o ajudaria e respondeu ao gigante filisteu: Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão (1 Sm 17.45-47).
Tudo o que Davi profetizou se cumpriu! Quem não dá crédito ao servo de Deus se lembrará de que teve do Senhor a oportunidade de mudar sua decisão. No entanto, por não crer, verá a sentença divina cumprir-se conforme foi pronunciada.
Abraão foi uma bênção para a humanidade. Isso porque uma multidão, vinda de todas as partes, tem aceitado Jesus como Salvador. Ainda está por vir o grande avivamento capaz de sacudir os quatro cantos do planeta
O INÍCIO DA CAMINHADA: Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã(v. 4). O sim dos que são chamados pelo Altíssimo nunca deve ser mudado. Embora as batalhas do dia a dia se tornem fortes e desafiadoras, e tudo faça parecer que a derrota é certa, jamais creia nessa mentira, porque a verdade é diferente. Os salvos são pessoas especiais para o plano divino e devem se dobrar às Escrituras. A honra do Onipotente está em jogo quando alguém crê nEle. A Sua Palavra fala o seguinte aos que creem: Todo aquele que nele crer não será confundido (Rm 10.11b).
Nunca seja o responsável pelos fracassos na obra divina, visto que isso entristeceria bastante o Senhor, que nos deu poder sobre o diabo: Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum (Lc 10.19).
LEVOU TUDO E TODOS: E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã (Gn 12.5). A entrega ao Senhor tem de ser total, por isso Abraão pegou tudo o que tinha, mais a esposa e Ló, filho de seu irmão, servos e servas, e partiu para Canaã, o destino revelado a ele por Deus. Quem deixa bens nas mãos dos familiares, quando vier a provação, voltará para “ver” como estão e “sentirá” que deve ficar um tempo mais na sua terra, para vender ou cuidar do que é seu. Esse tipo de comportamento é um dos meios usados pelo diabo para destruir a missão de muitos escolhidos de forma legítima. Ele tinha servos que, provavelmente, tiveram filhos, e, naquele tempo, estes também eram sua propriedade. Ao sair de Harã, onde seu pai Terá faleceu, o patriarca tomou os próprios pertences e seguiu em frente. Ficar em Harã algum tempo não fez a sua obediência se curvar a nada, pois tinha um alvo: ir até o fim (Dn 12.13).
Quem não dá crédito ao servo de Deus se lembrará de que teve do Senhor a oportunidade de mudar sua decisão. No entanto, por não crer, verá a sentença divina cumprir-se conforme foi pronunciada
NO MEIO DOS CANANEUS: E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra (Gn 12.6). Por onde o nosso “pai na fé” passou, deixou uma bênção. Foi em Siquém, muitos anos depois, quando Jacó, seu neto, voltava da casa de Labão com sua família, que Diná, sua filha, foi abusada pelo filho de Hamor, o maioral do lugar. Em resposta ao ultraje sofrido por sua irmã, os filhos de Jacó exigiram que os homens do local se circuncidassem. Então, enquanto aqueles cidadãos sentiam dor, Simeão e Levi, filhos de Jacó, entraram afoitamente na cidade e mataram todos os homens de lá. Certamente, a bênção de Abraão, nesse triste episódio, impediu que Diná, sua bisneta, fosse morta. Não sabemos a razão de ela ter sido violada, mas, um dia, compreenderemos nos Céus.
O ENCONTRO COM DEUS: E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera (Gn 12.7). É provável que Jacó, ao decidir ir à terra dos filhos de Siquém, soubesse da promessa feita pelo Senhor a seu avô, dizendo que aquela terra seria dele e de seus herdeiros. Porém, uma vez lá, eles se descuidaram, e Diná foi vítima do filho do possuidor daquela terra. O tal jovem agiu perversamente para com a família herdeira da bênção do amigo de Deus, Abraão; família da qual um dos descendentes viria a ser Jesus, o Salvador. Não importa quem precisa de cuidado e ajuda. Pelo simples fato de ser parte da humanidade, deve receber nossa atenção. Quem socorre os necessitados, um dia, será recompensado pelo que fez a Jesus, o Senhor! (Mt 25.31-40).
A honra do Onipotente está em jogo quando alguém crê nEle. A Sua Palavra fala o seguinte aos que creem: Todo aquele que nele crer não será confundido (Rm 10.11b)
INVOCOU O NOME DO SENHOR: E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR (v. 8). Era como se Abraão estivesse tomando posse pela fé da terra que seria dele. A bênção não era somente para ele, ou para seus descendentes segundo a carne, mas também para os que se tornariam membros da família divina. Podemos declarar, sem medo de exagerar ou errar, que as riquezas da graça do Senhor nos pertencem (Ef 1.18,19). Por isso, devemos resolver qualquer questão com aqueles que buscam dar bom testemunho, aonde quer que formos enviados. Ao edificar um altar e invocar o Nome do Senhor (Gn 26.25), Abraão passou aos seus filhos naturais e aos da fé o direito de receber e usufruir as suas conquistas em Deus. O que você estará entregando aos seus descendentes? Vigie e ore!
Para o Evangelho chegar até nós, muita gente foi morta; outras sofreram escárnios, fome e desprezo. Mas, no dia da eternidade, essas pessoas declararão que valeu a pena. Se você teme o que o maligno pode fazer com você, por ser amigo de Deus, veja que Abraão ganhou esse título justamente por não se incomodar com o que poderia lhe suceder. Jesus disse: Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
