Medicina e Saúde – 259
01/02/2021Sociedade
01/04/2021Manchas perigosas
O câncer de pele é o tipo de neoplasia mais comum no Brasil: representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma é a forma mais agressiva da doença, devido à sua alta disseminação para outros órgãos (metástase). Esse tipo de câncer tem origem nas células produtoras de melanina, a substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos. Apesar disso, pode aparecer em indivíduos negros, especialmente nas palmas das mãos e solas dos pés. A mazela se caracteriza por manchas, pintas e sinais escuros, com contornos irregulares, que podem surgir em qualquer parte do corpo, na pele ou nas mucosas.
O melanoma é mais raro que outros tipos de câncer de pele e representa apenas 3% do total de casos de neoplasia dermatológica. Se detectado precocemente, há chances de cura por meio de cirurgia. O diagnóstico é feito pelo médico dermatologista em exame clínico. Além desse profissional, outros especialistas (o cirurgião e o oncologista) devem atuar em conjunto ao longo de todo o tratamento do paciente. (Élidi Miranda, com informações de Inca e DNA Comunicação)
Dificuldade de leitura
A dislexia é o distúrbio de aprendizagem mais comum nas salas de aula. Estima-se que o problema atinja entre 5% e 17% da população mundial. Os primeiros sinais se manifestam na infância, logo no início da alfabetização. O disléxico apresenta dificuldade para memorizar o formato, ou seja, a imagem das palavras. No processo de leitura, as pessoas, de modo geral, reconhecem os vocábulos por inteiro (não suas letras ou partes). O disléxico, para ler, precisa identificar cada letra que compõe cada palavra. Obviamente, esse processo é muito mais demorado e prejudica a compreensão de frases e textos. Ademais, quem tem dislexia pode trocar, com frequência, letras e números cujas formas são parecidas, como: b/ p/q /d; M e W; N e Z; 3 e E.
Os professores cumprem papel fundamental na sinalização da disfunção para a família. Porém, para um diagnóstico preciso, é necessária a intervenção de um médico neurologista. Uma vez confirmada a dislexia, a criança precisa ser acompanhada por profissionais que a auxiliarão no desenvolvimento da linguagem, ajudando-a no processo de aquisição da capacidade de leitura. (Élidi Miranda, com informações de Página 1 Comunicação)
Menos é mais!
Cinco minutos com a Dra. Bruna Pavão
POR ÉLIDI MIRANDA
Um dos pilares de uma vida saudável é a alimentação. Para tanto, na hora de escolher o que comer, é fundamental estar atento à qualidade daquilo que se ingere. Para isso, não é necessário ser um expert da ciência da nutrição. Basta conhecer a classificação básica dos alimentos, que se divide em minimamente processados, processados e ultraprocessados. O segredo para uma alimentação saudável é dar preferência ao primeiro grupo. É o que esclarece, nesta entrevista, a nutricionista Bruna Pavão.
O que são alimentos minimamente processados, processados e ultraprocessados?
Os minimamente processados são os alimentos in natura submetidos a processos que não provocam alterações em suas características após deixarem a natureza. Não têm adições de ingredientes ou substâncias. Por exemplo: os vegetais congelados. Os alimentos processados recebem adição de sal, açúcar ou outro ingrediente, alterando características naturais e a composição nutricional. Os enlatados são um exemplo. Os ultraprocessados são produzidos por meio da adição de vários elementos, como sal, açúcar, gorduras, corantes, estabilizantes, conservantes e outras substâncias, a fim de aumentar a durabilidade e torná-los mais atrativos (barras de cereal, embutidos e bolachas).
Qual é o impacto dos alimentos processados e ultraprocessados sobre a saúde?
O consumo excessivo deles está diretamente ligado a problemas de saúde devido à alta concentração de sódio e açúcar na composição. Eles podem ocasionar obesidade, diabetes e aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Além disso, tendem a ter menor quantidade de fibras, que são essenciais para a prevenção de doenças do coração e diabetes. Também são pobres em vitaminas e minerais, entre outras substâncias benéficas à saúde.
Os alimentos processados e ultraprocessados são, em geral, muito saborosos e têm grande apelo visual em suas embalagens. Há uma quantidade segura desses alimentos que possa ser ingerida diariamente ou seu consumo deve ser abolido?
A indicação é evitar o consumo dessa categoria de alimentos, não devendo fazer parte da alimentação diária. Devem ser apenas exceções no cardápio. A recomendação é ingerir sempre alimentos in natura e minimamente processados. Saudável é o alimento que contém naturalmente, em sua composição, as vitaminas e os minerais, como é o caso dos vegetais.
Geralmente, as pessoas sabem que faz bem comer frutas, legumes e verduras, porém alguns deles não podem ser consumidos de maneira exagerada. Qual seria a quantidade diária recomendada dos alimentos in natura?
Ela deve ser avaliada individualmente, levando em consideração o histórico de saúde do indivíduo. No entanto, sem dúvida, o consumo regular de frutas, verduras e legumes está associado à qualidade de vida e à manutenção de um organismo sadio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas devem consumir, no mínimo, cinco porções de frutas, legumes e verduras por dia.