Medicina e Saúde – 257
01/12/2020Jornal das Boas-Novas – 257
01/12/2020Atendimentos duplicados
A organização missionária internacional Mercy Ships (Navios de Misericórdia) anunciou que sua mais nova embarcação, o navio-hospital Global Mercy (foto), entrou em fase final de construção. Atualmente, a organização atua na costa africana com o Africa Mercy, oferecendo tratamento médico e odontológico, cirurgias gratuitas e apoio espiritual a milhares de pessoas. Com a nova embarcação, a Mercy Ships poderá duplicar os atendimentos ainda em 2021.
Estima-se que, todos os anos, 17 milhões de indivíduos morram, em todo o mundo, por falta de acesso a tratamentos cirúrgicos adequados. Somente na África Subsaariana, esse procedimento permanece inacessível a 93% da população. Desde 1990, a Mercy Ships já realizou mais de 100 mil cirurgias e treinou mais de 40 mil médicos locais.
A nova embarcação, com 174m de comprimento, poderá acomodar 641 pessoas, entre tripulantes e profissionais da área médica. A ala hospitalar contará com equipamentos de altíssima tecnologia, seis salas de cirurgia e uma ala destinada a cuidados pós-operatórios. O navio também servirá como centro de treinamento para cirurgiões, obstetras, dentistas e anestesistas africanos, por meio de um laboratório de simulação de procedimentos cirúrgicos. Além disso, o navio terá um auditório para 680 pessoas, uma lanchonete e uma livraria para receber visitantes quando estiver ancorado. (Élidi Miranda, com informações de Africa News e Mercy Ships)
Igreja incendiada
Os relatos de violência contra cristãos não param na Índia, nação asiática com 1,3 bilhão de habitantes. Recentemente, um grupo de extremistas hindus ateou fogo ao templo de uma igreja evangélica em Ponduru, no estado de Andhra Pradesh, no Sul do país. O Rev. Prabhudas, que lidera a Christian Miracle Church (Igreja Cristã do Milagre) há 38 anos, e seu filho Jeevan chegaram à localidade ainda a tempo de ver as chamas queimarem todo o templo até não sobrar nada. O carro do pastor também foi destruído.
Prabhudas prestou queixa na delegacia local, disse que não teve como identificar os responsáveis, mas relatou que a igreja, que tem 300 membros, já havia sofrido ameaças anônimas. Exigiam que parássemos de pregar o Evangelho na cidade, relatou o ministro. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)
Ataques a cristãos
Protestos contra a violência policial na Nigéria – nação do Norte da África de 214 milhões de habitantes – resultaram em conflitos de ordem religiosa e várias igrejas vandalizadas. Nas passeatas pacíficas, os manifestantes protestavam contra as torturas e os assassinatos atribuídos a uma divisão da polícia, o Esquadrão Especial Antirroubo (SARS, a sigla em inglês), em outubro. Grupos favoráveis aos policiais entraram em choque com os manifestantes, e as forças de segurança foram acionadas, aumentando o clima de tensão. Paralelamente, grupos com distintas bandeiras começaram a promover outras manifestações – estas, violentas – nos dias que se seguiram. Valendo-se do caos, grupos de radicais muçulmanos passaram a atacar igrejas cristãs. Um dos casos mais graves aconteceu em Anyigba, na região central do país. Mais de 400 pessoas se reuniram no templo após uma caminhada de oração, quando vários extremistas invadiram aquele espaço, agredindo e atirando contra os cristãos. Ataques semelhantes foram registrados em outras localidades. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)
Sem ajuda
Uma família cristã da província de Salavan, no Sul do Laos, foi expulsa de sua casa pelas autoridades locais, por se recusar a abandonar sua fé. Os crentes em Jesus foram obrigados a fugir para a floresta, onde, até o fechamento desta edição, estavam vivendo em uma barraca improvisada, enfrentando dificuldades até para se alimentar. Parentes e amigos foram proibidos pelas autoridades de oferecer auxílio. Os familiares estão com medo, pois temem ser expulsos de suas casas também se ousarem oferecer ajuda, informou uma fonte local.
O Laos, uma nação asiática de maioria budista (foto), tem leis que, em tese, protegem o livre exercício da fé. Entretanto, incidentes desse tipo são comuns nas áreas rurais, onde os cristãos são comumente tratados como cidadãos de segunda classe. O cristianismo – praticado por apenas 3% da população, de 7 milhões de habitantes – é visto, geralmente, como uma religião norte-americana, e seus fiéis são tidos como espiões dos Estados Unidos. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)
Bom exemplo
Embora tenha sido criado em um lar cristão, Hector Ginez (foto) preferiu o mundo das drogas e se tornou um traficante, nos Estados Unidos. Depois de ser preso, ele teve um encontro real com Deus. Ao sair da prisão, em outubro de 2019, após cumprir três anos de pena, sua única preocupação era ajudar outros detentos como ele a abraçar o Evangelho. Assim, ele e seu irmão criaram a 412 Threads (412 Fios), marca de roupa especializada na fabricação de camisetas com dizeres cristãos. Além de ajudar a dupla a sustentar suas famílias, parte dos lucros é destinada à compra e ao envio de Bíblias para sentenciados nos EUA.
Ginez explica que 412 Threads é uma alusão ao texto de 1 Timóteo 4.12 (Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza). Para mim, esse verso é poderoso. Fala sobre dar exemplo. Sei o que é estar preso, sei o que é estar só, sei o que é não ter uma Bíblia, relatou o empresário. (Élidi Miranda, com informações de Mi Alma)
Atividades interrompidas
A perseguição aos cristãos é um problema no Sri Lanka, país asiático de maioria budista de 23 milhões de habitantes. Eles representam apenas 8% da população e enfrentam constante oposição, especialmente dos monges budistas.
Recentemente, um pastor de Bakamuna, cidade situada na região central cingalesa, foi levado à delegacia, a fim de prestar esclarecimentos sobre suas atividades ministeriais. O pregador já havia sofrido ameaças e intimidações de monges locais, os quais demandavam o fim das reuniões de sua igreja. Quando chegou ao distrito policial, o local já estava cheio de líderes budistas, que gritavam palavras de ordem e apresentavam uma lista com os nomes de cada membro da igreja. Diante das ameaças, o ministro cristão preferiu interromper as atividades de sua congregação. (Élidi Miranda, com informações de Barnabas Fund)