Quando o pecado gera a morte

Tentação é um assunto a ser estudado à luz da Palavra de Deus, para que os salvos não caiam nas armadilhas do inimigo nem se excluam da salvação. Vejamos o que diz Tiago sobre esse tema de importância gigantesca para todos aqueles que foram iluminados pelas Escrituras.

NÃO FUJA DA PROVA: Isso não significa que você deva procurar ser tentado (Tg 1.12). O Senhor trata disso na oração-modelo, chamada de Pai-nosso. Ali, o Mestre nos ensina a pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação (Mt 6.13 – ARA). O importante da prova é sair aprovado, para receber a coroa da vida!

NÃO CULPE A DEUS PELA TENTAÇÃO: O Senhor pode nos levar a passar por fortes períodos difíceis, para galgarmos maiores posições diante dEle. Porém, em nenhuma hipótese, o Altíssimo tentará a quem quer que seja (Tg 1.13). Quando a Palavra diz que Deus tentou alguém, entenda que Ele consentiu tal situação, porque Ele assumiu a ação para Si. Ele jamais tenta alguém!

A ORIGEM DAS TENTAÇÕES: Os desejos desenfreados existentes no homem o atraem e o enganam, a fim de que ele seja tentado (Tg 1.14). Ora, assim como o coração do profeta é sujeito ao próprio profeta, tais anseios podem e devem ser domados por quem os sofrem (1 Co 14.32). Somos senhores desses desejos; portanto, temos de dominá-los!

QUANDO A SEPARAÇÃO DE DEUS OCORRE NO HOMEM: Quando Davi viu a “descuidada” Bate-Seba banhando-se no terraço da sua casa, também viu os desejos desenfreados surgirem em seu coração (2 Sm 11.1-5). Ele deveria ter tomado a decisão de não olhar para ela, mas não o fez, e a lascívia e suas companheiras apareceram em seu interior. Ele só queria ver até onde aquilo chegaria…

Se tivesse tomado a resolução correta no coração, Davi teria voltado para dentro de casa e apagado do seu espírito o que vira. Porém, do mesmo modo que Eva viu a árvore da ciência do bem e do mal (Gn 3.6), Davi observou Bate-Seba. Resultado: mandou chamá-la, e o adultério se consumou.

Quem assiste a uma cena picante de algum filme se permite ser tentado. Ora, ao fazer isso, já está chamando seus pensamentos imundos para levá-lo ao matadouro. Davi agiu assim, e a sua pureza deu lugar ao pecado, pelo simples fato de ter observado a “descuidada”. Tal transgressão não teria vindo à luz, se ele tivesse se fechado para o diabo.

A concupiscência dá origem ao pecado (Tg 1.15). Agora, embora este tivesse nascido na vida do rei, ele poderia ter pedido perdão e limpado o seu coração. E, confessando-o a Deus, seria perdoado, e o Nome do Senhor não teria sido blasfemado.

Como não fez isso, o pecado se consumou, e este gerou a separação entre Davi e o Senhor. Pouco depois, o rei foi convencido pelo profeta Natã acerca de seu erro e se arrependeu (Sl 51). Entretanto, a porta que ele abriu para o diabo fez a sua casa sofrer uma série de ações malignas e vergonhosas.

A morte espiritual é a separação de Deus. Muitos precisam confessar as suas iniquidades, a fim de desfazer a operação do inimigo neles e na família. Quem mente ou engana comete o erro de novo toda vez que tem oportunidade de se livrar dele, confessando-o a quem sofreu o prejuízo, mas não o faz. Por que não aproveitar a porta que Deus abre para a sua restauração?

Em Cristo, com amor,
R. R. Soares