Medicina e Saúde – 250
01/05/2020Missões – 252
01/07/2020Atividade preventiva
Exercitar-se diariamente ajuda a prevenir diversas doenças, inclusive alguns tipos de câncer. Inúmeros estudos têm demonstrado isso. Neles, é dito que há a redução do risco de surgimento de tumores malignos de mama, cólon e endométrio.
Para obter o benefício, não é necessário gastar dinheiro com academia ou se tornar atleta profissional. Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), caminhar 20 minutos é suficiente. A prática de atividade física melhora a imunidade do corpo e reduz a produção de mediadores inflamatórios, fenômenos que minimizam as mudanças celulares e, consequentemente, os riscos de desenvolvimento da doença, informou o oncologista Duílio Rocha Filho, ligado à SBOC.
Além dessa recomendação, uma dieta equilibrada – rica em alimentos naturais, aliada à abstenção do tabaco e do álcool – seria capaz de prevenir 30% a 50% dos casos de câncer. (Élidi Miranda, com informações de EBC
Cuidados na gestação
O citomegalovírus é um agente etiológico comum, que chega a acometer entre 50% e 90% da população mundial adulta. Da mesma família do herpes, ele pode ficar por um longo tempo inativo no organismo e provocar crises esporádicas, que muito se assemelham a uma gripe: febre, dor muscular, dor de garganta, entre outros sinais comuns. A transmissão ocorre pelo contato com secreções de pessoas doentes.
O vírus, porém, inspira cuidados na gestação, pois pode representar um perigo para o bebê. Ele é um dos principais causadores de infecção congênita, com sequelas que aparecem entre zero e seis anos. Entre elas, estão: surdez, cegueira, retardo mental e outras. Se a gestante já teve contato com o citomegalovírus no passado, ele não representará problemas para ela. Porém, aquelas que nunca o tiveram devem tomar cuidado para não se contaminarem, lavando as mãos com frequência e usando preservativo nas relações sexuais. (Élidi Miranda, com informações de Tree Comunicação)
Visitas periódicas
Cinco minutos com a Dra. Luana Ariadne Souza
Por Élidi Miranda
É essencial toda mulher ir ao consultório do ginecologista. A visita serve para serem diagnosticadas precocemente diversas doenças tratáveis. Na entrevista que segue, a ginecologista Luana Ariadne Ferreira Zanchetta Souza, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo (SP), fala sobre a relevância dessa indicação.
A partir de que idade a mulher deve fazer consultas ginecológicas?
É recomendada a avaliação de rotina duas vezes ao ano, desde a puberdade até o período pós-menopausa.
Além de analisar o colo do útero, por meio do exame preventivo de câncer chamado papanicolau, o especialista vê quais outros aspectos da saúde da mulher?
A consulta envolve verificação não apenas ginecológica, mas também dos estados físico e emocional. São solicitados exames laboratoriais, que têm papel fundamental na investigação de doenças hepáticas, renais e endocrinológicas. Somados a eles, os exames de imagem perscrutam a reprodução, a situação da mama, do abdômen e das vias urinárias. Dependendo da necessidade, podemos solicitar outros procedimentos.
No Brasil, muitas mulheres não procuram o ginecologista periodicamente. Por quê?
Ocorre, principalmente, pelo fato de a mulher se considerar saudável, mesmo sem ter passado por qualquer avaliação, ou não achar isso necessário. Seu grau de escolaridade e número de gestações não planejadas também contam. Outro ponto crucial é a dificuldade de acesso a um profissional capacitado fora dos grandes centros, o que influencia negativamente no acompanhamento correto.
A mulher deve se consultar com quais outros médicos?
Ela deve também ter avaliação de um clínico geral, um cardiologista e um endocrinologista – especialidades de extrema importância no acompanhamento da saúde feminina. Essa composição multiprofissional auxilia em diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.