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Os ministros, a Bíblia e os dons ministeriais (Introdução)
O obreiro, independentemente de sua função no ministério, é um estudioso da Escritura. Ele deve estar familiarizado não apenas com alguns versículos bíblicos, mas também com o contexto de toda a Bíblia. Um bom ministro precisa ser um expositor do Texto Sagrado na sua inteireza (2 Tm 2.15). Ele sabe que a Palavra de Deus é uma revelação progressiva: quanto mais a estudamos, mais amplo se torna o nosso entendimento. Ninguém aprende tudo da primeira vez que faz um estudo diligente da Bíblia. Portanto, é preciso lê-la sempre.
Como ocorria com o maná, nos tempos da peregrinação de Israel, assim deve ocorrer conosco hoje. O maná teria de ser colhido cada manhã na quantidade específica para aquele dia. Com exceção da quantidade extra que se colhia na sexta-feira para se comer no sábado, toda sobra de um dia para o outro apodrecia. Assim, diariamente, devemos alimentar o nosso espírito com o Maná do Céu – a Bíblia escrita e vivificada por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

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Tendo a Palavra de Deus como a base da sua fé, o ministro do Senhor:
– Crê em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Lc 12.29).
– Crê na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14‑17).
– Crê no nascimento virginal de Jesus, em Sua morte vicária e expiatória, em Sua ressurreição corporal dentre os mortos e em Sua ascensão vitoriosa aos Céus (Is 7.14; At 1.9; Rm 8.34).
– Crê na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória do Senhor, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (At 3.19; Rm 3.23).
– Crê na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3‑8).
– Crê no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 3.24‑26; 10.13; Hb 5.9; 7.25).
– Crê no batismo nas águas, realizado em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19;
Rm 6.1‑6; Cl 2.12).
– Crê na necessidade e na possibilidade que temos de viver uma vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, por meio do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15,16).
– Crê no batismo bíblico no Espírito Santo, que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a Sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44‑46; 19.1‑7).
– Crê na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para a sua edificação, conforme a soberana vontade dEle (1 Co 12.1‑12).
– Crê na atualidade dos dons ministeriais distribuídos por Jesus à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11-14).
– Crê que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10).
– Crê no Juízo vindouro do trono branco, que condenará os infiéis (Ap 20.11‑15).
– Crê na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Dn 12.2b; Mt 25.46).

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Dons ministeriais – O apóstolo Paulo nos apresenta três listas importantes que passaremos a estudar a partir deste artigo. A primeira relação se encontra em 1 Coríntios 12.28: E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
A segunda está em Romanos 12.6-8: De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
A terceira pode ser lida em Efésios 4.11: E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. Em algumas traduções, em vez de doutores, está escrito mestres.
Começando pela relação de Efésios e continuando por Romanos e 1 Coríntios, temos, então: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores, operadores de milagres, dons de curar, dons de prestar ajuda, liderança e variedades de línguas. Essa relação de dez títulos ─ que a meu ver não inclui todos os ministérios ─ omite, evidentemente, as repetições e opta por outros termos usados em diferentes traduções da Bíblia em português e outros idiomas. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. […] Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. […] Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. […] Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros
(1 Co 12.12,14,18-20,24,25).
Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com