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A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS

Foto: Ana / Gerado com IA / Adobe Stock
Abraão de Almeida

A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS

Ninguém nasce adulto no Reino de Deus. Todos nascem crianças, e crianças têm hábitos e reações infantis: quando elas não são prontamente atendidas nos seus desejos e caprichos, em geral, ficam emburradas; choram, fazem malcriações etc. O apóstolo Paulo, por volta do ano 55, quando se encontrava na cidade de Éfeso, em sua terceira viagem missionária, descreve o comportamento de meninos na fé: E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens? (1 Co 3.1-3).

A presença do Espírito Santo – Em João 3.5, Jesus diz a Nicodemos e a nós que a vida renascida é dirigida pelo Espírito Santo. NEle somos vivificados (Jo 6.63) e saciados espiritualmente (Jo 7.37-39). Certa vez, o Mestre estava em Jerusalém – uma cidade com muita carência de água – e, talvez, por ter avistado uma fila onde havia pessoas esperando para encher os seus cântaros, levantou-Se, convidando todos em voz alta: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Jo 7.37,38 – NVI). O bom Pastor estava referindo-Se ao Espírito Santo, que, mais tarde, receberiam os que nEle cressem. Até então, o Espírito Santo não tinha sido dado, pois faltava Cristo ser glorificado. Somente no evangelho de João, temos diversas outras tarefas realizadas pelo Espírito Santo em nós, além das duas já mencionadas:

É Ele o Ajudador e Consolador eterno: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). O crente nunca está sozinho. O Espírito Santo ensina a verdade e revela o que há de vir: Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir (Jo 16.13). Também está sempre alertando a Igreja acerca dos perigos, e o Seu ensino nunca contraria as Escrituras. Ainda nos faz lembrar de toda a verdade: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (Jo 14.26). Precisamos ler, ouvir, guardar e memorizar a Palavra.

A Biblioteca de Celso, construída em homenagem ao antigo senador romano Tibério Júlio Celso Polemeano, em Éfeso, na Anatólia (Turquia)
Foto: Muratart / Adobe Stock

O Espírito Santo revela Cristo e O glorifica. Jesus disse: Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar (Jo 16.14,15). Além de glorificar a Cristo diretamente, o Espírito O glorifica por meio da igreja. Quanto mais forte é a Sua presença no culto, mais o Nome de Jesus é glorificado. Ele dá testemunho do Libertador e nos estimula a fazer o mesmo: Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio (Jo 15.26, 27). O testemunho do Espírito é forte!

Finalmente, Ele convence o homem: E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado (Jo 16.8-11). O Salvador falou da terceira pessoa da Trindade assim: O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis (Jo 14.17-19).

Em Efésios 3.14, Paulo se coloca de joelhos diante do Pai, orando para que o Espírito Santo fortaleça os crentes a ponto de trazer, pela fé, a presença de Jesus ao coração deles.

Foto: Arte sobre foto de Keith / Adobe Stock

Justiça de Cristo – Jesus, ao falar do nosso coração como boa terra, ressaltou que começamos a frutificar com 30 por um. Esse assunto está registrado em Mateus 13.8, Marcos 4.8 e João 15.1-4. Mateus fala da frutificação do crente na ordem decrescente – 100, 60 e 30 por um – enquanto Marcos usa a ordem crescente – 30, 60 e 100 por um. Temos dois retratos do Messias: o primeiro como Rei, e o segundo como Servo. Mateus vê Jesus na cor da realeza, a púrpura – no Santíssimo Lugar – onde a frutificação do crente é 100 por um. Já Marcos O vê na cor do sangue, como o Servo Sofredor, no pátio do tabernáculo, onde a frutificação do crente é 30 por um.

As três dimensões do tabernáculo apontam para as três dimensões da nossa fé, e não da fé que Jesus possuía. O nosso Senhor sempre viveu na dimensão do Santíssimo Lugar, que representava o Céu, e Sua frutificação sempre foi a mais elevada, muito acima de 100 por um. Por isso, sendo Ele o nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4; Hb 5.10), concluída a Sua obra de redenção, Ele entrou no Céu, onde Se assentou à destra do Pai, e intercede por nós.

Em se tratando do nosso crescimento espiritual, não podemos perder de vista os três estágios do tabernáculo: o pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O novo e vivo caminho que Jesus nos abriu nos conduz ao verdadeiro Santo dos Santos – o próprio Céu – aonde podemos chegar com ousadia pelo fato de estarmos vestidos da justiça de Cristo.

Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com

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