Após ficar em coma, pastor tem a saúde restabelecida e volta a trabalhar na obra de Deus

Por Evandro Teixeira

Há 25 anos, o Pr. Marco Antônio Pereira, 52 anos, e a esposa, a dona de casa Tatiane Aparecida Pereira, 50 anos, aceitaram Jesus como Senhor e Salvador. Em 2001, ano seguinte à conversão, eles participaram do curso para obreiro e, em seguida, começaram a servir na Igreja. Por 15 anos, o casal ficou envolvido com a obra de Deus, liderando alguns trabalhos em comunidades carentes. Em 2015, Marco Antônio decidiu abraçar o ministério pastoral em tempo integral, tendo Tatiane como sua principal ajudadora. 

Porém, no final de abril de 2020, o pastor viveu uma experiência marcante, quando liderava a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no bairro Sítio Cercado, em Curitiba (PR). Ele estava em casa com a esposa quando, por volta de 2h, sentiu um mal-estar tão grande que precisou, praticamente, arrastar-se até o carro para ser levado ao hospital. Durante o atendimento, o exame de glicemia mostrou que sua taxa de açúcar estava muito alta (730 mg/dL) – o nível considerado normal deve estar entre 90 mg/dL e 100 mg/dL. O pastor, que não é diabético, revela que os médicos ficaram espantados, porque, até para quem tem o diagnóstico da doença, a taxa de açúcar oscila de 200 mg/dL a 300 mg/dL. Com o quadro estabilizado, ele recebeu alta e voltou para casa.

Momento preocupante – No entanto, passados três dias, o pastor retornou ao hospital, apresentando um quadro mais grave. Devido a isso, teve de ser entubado e levado à UTI. Dias depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória [o coração para de bater ou passa a não funcionar de maneira eficiente, e a respiração cessa] e entrou em estado de coma [quando o paciente fica inconsciente e não responde a nenhum estímulo]. Segundo os profissionais que fizeram o atendimento, Marco Antônio ficou sem batimento cardíaco por 40 minutos. Durante aquele momento, ele passou pelo procedimento de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) [série de manobras (compressões torácicas e respiração artificial) que buscam garantir a sobrevivência de uma pessoa em caso de parada cardíaca]. “Após bombear o coração, olhamos no monitor para verificar se o órgão voltava a funcionar. No caso dele, isso não estava acontecendo, mas insistimos”, explica a enfermeira Lourdes Maria Theodorino Gonçalves, 54 anos, cristã e amiga da família, que acompanhou o atendimento do pregador. Lourdes incentivou manter as manobras cardíacas: “Uma voz falava ao meu coração para continuar a RCP. Até que, em determinado instante, o órgão começou a trabalhar”.

Marco Antônio enfrentou ainda outra situação delicada: seus rins pararam de funcionar. Por isso, precisou ser submetido a uma hemodiálise [procedimento realizado por uma máquina que filtra o sangue]. No entanto, mesmo com tantas complicações de saúde, Tatiane permaneceu crendo que seu marido superaria aquela situação.

Ação divina – Em meio àquele quadro,uma pessoa – cuja identidade Marco Antônio desconhece – ligou para o Pr. Fernando Ferreira de Albuquerque, líder estadual da Igreja da Graça no Paraná, que, em seguida, dirigiu-se ao hospital. No trajeto, entrou em contato com o Missionário R. R. Soares, o qual se prontificou a orar em prol daquela causa. Ao ligar de volta para o líder estadual, o Missionário declarou: “Já orei. E ele não morrerá!”.Aquela mensagem foi repassada à família por Albuquerque. Algum tempo depois, o quadro clínico de Marco Antônio melhorou.

No entanto, ao recobrar a consciência, o pastor não se lembrava de que era casado, tampouco de que tinha uma filha – Ana Carolina Pereira, hoje com 18 anos. Entretanto, essa situação já havia sido prevista pelo médico e é considerada normal para esses casos. Após 43 dias de internação (sendo 40 na UTI em estado de coma), ele recebeu alta médica.

O processo de recuperação foi difícil. Tatiane relata que o marido teve de reaprender a realizar movimentos básicos, como andar e tomar banho sozinho. Aos poucos, ele voltou a ler a Bíblia e a assistir aos cultos. Dessa forma, sua memória retornou de modo gradativo. “Durante o processo, percebemos o agir de Deus. Não demorou muito para a vida dele voltar ao normal”, compartilha Tatiane, destacando que o marido fez algumas sessões de fisioterapia para ajudar na reabilitação.

Desde que recebeu alta hospitalar, os resultados dos exames de Marco Antônio têm sido bons, inclusive sem alteração na taxa de glicemia. Além disso, ele não teve qualquer sequela decorrente do período em que esteve em coma.

Em janeiro de 2021, Marco Antônio voltou ao ministério pastoral, como auxiliar na sede estadual da Igreja da Graça no Paraná. Em abril de 2024, assumiu a IIGD de Tatuquara, em Curitiba (PR). “Jesus o trouxe de novo para estar conosco, pregando a Palavra e evangelizando como sempre fazia. Vivemos um milagre”, celebra Tatiane.

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