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O Rev. Arthur Tappan Pierson (1837-1911) deixou um legado como pregador, escritor e defensor das missões globais
Foto: Reprodução

LEGADO MISSIONÁRIO

Defensor do evangelismo global, Arthur Tappan Pierson manteve o compromisso com a Palavra e a luta contra o liberalismo teológico

Por Patrícia Scott*

Figura de destaque no século 19, o Rev. Arthur Tappan Pierson (1837-1911) deixou um legado como pregador, escritor e defensor das missões globais. Com mais de 13 mil sermões pregados e 50 livros publicados, ele foi um líder presbiteriano norte-americano que demonstrou paixão pelo cuidado com as pessoas em situação de vulnerabilidade social e pela propagação do Evangelho, comprometendo-se a cumprir o Ide em sua geração por acreditar que, fazendo assim, inauguraria o retorno de Cristo.

Filho de Stephen e Sallie Pierson, uma família com fortes raízes cristãs e abolicionistas, ele nasceu em Nova Iorque (EUA) em 6 de março de 1837, e seu nome é uma homenagem a Arthur Tappan, famoso abolicionista daquela cidade. Aos 13, ao participar de uma reunião de reavivamento metodista em 1850, professou publicamente a fé em Jesus pela primeira vez. Dez anos depois, casou-se com Sarah Frances Benedict e, com ela, teve sete filhos – todos convertidos ao cristianismo antes dos 15 anos e, posteriormente, engajados em missões e na liderança cristã.

Em 1857, Arthur Pierson concluiu os estudos no Hamilton College e ingressou no Union Theological Seminary, formando-se em 1869. Nove anos antes (1860), aos 23 anos, assumiu sua primeira igreja de tradição congregacionalista em Binghamton, no estado de Nova Iorque. Em 1863, retornou à Igreja Presbiteriana, liderando congregações em Waterford até 1869, quando assumiu o pastorado da renomada Fort Street Presbyterian Church, em Detroit (Michigan), permanecendo lá até 1882. Durante esse período, teve de lidar com uma situação inusitada: após um incêndio destruir o templo da igreja em 1876, realizou cultos em um teatro de ópera, onde houve um grande reavivamento. Em 1883, assumiu a Bethany Presbyterian Church, na Filadélfia, uma congregação voltada às missões urbanas entre os pobres.

Missões globais – Defensor incansável do evangelismo em todas as partes do planeta, ele convocou as igrejas a iniciarem uma campanha missionária mundial, em 1885, durante uma conferência organizada pelo avivalista norte-americano Dwight L. Moody (1837-1899). No ano seguinte, lançou o livro The crisis of missions (A crise das missões, em tradução livre), que recebeu o seguinte comentário de um crítico literário da época: Certamente, se a inspiração e a força deste livro fossem absorvidas e sentidas por toda a hoste sacramental, haveria uma poderosa revolta, uma grande unção e uma cruzada sagrada para invadir o reino das trevas. Naquele mesmo ano, ao falar para universitários em uma conferência promovida pela Associação Cristã de Moços (ACM), incentivou cem jovens a se voluntariarem como missionários, contribuindo para o surgimento do Movimento Estudantil Voluntário para Missões Estrangeiras, o qual adotou seu lema: “A evangelização do mundo nesta geração”.

O prédio do Metropolitan Tabernacle, em Londres
Foto: Tupungato / Adobe Stock

De 1888 a 1911, na condição de editor da revista The Missionary Review of the World, Arthur Pierson promoveu o esforço missionário por meio de livros, artigos e conferências. Entre elas, realizou uma viagem missionária ao Reino Unido nos anos de 1889 e 1890. Dois anos depois, com a morte do pregador inglês Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), em 31 de janeiro de 1892, Pierson atuou por dois anos como pastor interino do Metropolitan Tabernacle, em Londres. Em 1902, assumiu a Igreja de Cristo durante um ano e, em 1909, colaborou como editor-consultor da Scofield Reference Bible (1909).

Genuína Palavra – Durante o avanço do liberalismo teológico, uma série de livretos foi criada com o objetivo de responder às críticas ao cristianismo, e, devido às suas habilidades apologéticas, Pierson, um defensor da ortodoxia cristã, escreveu cinco dos principais artigos. O conteúdo, distribuído gratuitamente a pastores por toda a América, marcou o início da controvérsia fundamentalista-modernista nas igrejas estadunidenses. Posteriormente, os livretos foram reunidos em uma coleção, hoje disponível em cinco volumes. E, desde então, Arthur Pierson passou a ser chamado por muitos de o “pai do fundamentalismo”. Em um de seus livros mais significativos, In Christ Jesus (Em Cristo Jesus, 1898), ele concluiu que o título de sua obra era a chave para entender todo o Novo Testamento.

Pierson Hall, na Pyeongtaek University, na Coreia do Sul
Foto: Myung-Jun Ahn / Wikimedia

Mesmo após sua jubilação, Pierson continuou ministrando a Palavra em várias partes do mundo – em 1910, por exemplo, pregou na Coreia. Ele adoeceu em uma missão na Ásia Oriental e teve de retornar aos Estados Unidos, falecendo em 3 de junho de 1911 e sendo enterrado no Cemitério Green-Wood. Em sua lápide, estão gravados dois versículos bíblicos que refletem sua vida e seu ministério: Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho (1 Jo 5.11); Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19). Até hoje seu esforço missionário permanece vivo por intermédio do Pierson Memorial Union Bible Institute, fundado em 1911 na Coreia do Sul. A atual Universidade de Pyeongtaek continua formando líderes cristãos comprometidos com o Ide de Jesus. (*Com informações de Boston University, Wholesome Words e Wikipédia)


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