Neste artigo, trataremos do número 9, denotando finalidade e juízo, a exemplo dos números 7 e 10. O teólogo, autor e clérigo anglicano E. W. Bullinger (1837-1913) afirma, em seu livro Como entender y explicar los números de la Bíblia (Editorial Clie, Barcelona, Espanha, 1990), que, pelo fato de o juízo ter sido encomendado a Jesus como o Filho do Homem (Jo 5.27; At 17.31), o número 9 marca o fim e o resultado de todas as coisas quanto ao homem; o juízo do homem e de todas as suas obras.

1) Pelos filhos de Judá contra os jebuseus, por volta de 1425 a.C.: Porque os filhos de Judá pelejaram contra Jerusalém, e a tomaram, e a feriram a fio de espada, e à cidade puseram a fogo (Jz 1.8).

2) Por Davi contra os jebuseus por volta de 1046 a.C.: E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos. […] Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi. […] Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro. E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele (2 Sm 5.6-10; ver também 1 Cr 12.23-29).

3) Por Sisaque, rei do Egito, contra Roboão por volta de 971 a.C., os egípcios encontraram pequena resistência, e o Templo foi saqueado:

Subiu, pois, Sisaque, rei do Egito, contra Jerusalém e tomou os tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei; levou tudo e também tomou os escudos de ouro que Salomão fizera (2 Cr 12.9).

Sucedeu, pois, que, no quinto ano do rei Roboão, Sisaque, rei do Egito, subiu contra Jerusalém. E tomou os tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei, e ainda tomou tudo, e também tomou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito (1 Rs 14.25,26).

4) Pelos filisteus, árabes e etíopes contra Jeorão (2 Cr 21.16) por volta de 877 a.C. Nesse cerco, o palácio real foi despojado, e o Templo novamente saqueado (2 Cr 21.16,17).

5) Por Jeoás, rei de Israel, contra Amazias, rei de Judá, por volta de 826 a.C.: E Jeoás, rei de Israel, tomou a Amazias, rei de Judá, filho de Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes, e veio a Jerusalém, e rompeu o muro de Jerusalém, desde a porta de Efraim até à porta da esquina, quatrocentos côvados. E tomou todo o ouro, e a prata, e todos os utensílios que se acharam na Casa do SENHOR e nos tesouros da casa do rei, como também os reféns; e voltou para Samaria (2 Rs 14.13,14).

6) Por Rezin, rei da Síria, e Peca, rei de Israel, contra Acaz, em torno de 841 a.C. A cidade resistiu, mas Acaz pediu a ajuda de Tiglate-Pileser, rei da Assíria, que despojou [saqueou] o Templo (2 Cr 28).

7) Por Senaqueribe, rei da Assíria, contra Ezequias, aproximadamente 713 a.C. A intervenção divina obrigou Senaqueribe a levantar o cerco (2 Cr 32).

8) Por Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jeoaquim, aproximadamente 605 a.C., ocasião em que o Templo foi parcialmente saqueado: Também alguns dos utensílios da Casa do SENHOR levou Nabucodonosor para a Babilônia e pô-los no seu templo em Babilônia (2 Cr 36.7).

9) Por Nabucodonosor, outra vez, contra Jeoaquim, aproximadamente 598 a.C., quando o Templo foi totalmente espoliado, e dez mil pessoas foram levadas cativas: E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do SENHOR, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém (2 Cr 36.10).

10) Ainda por Nabucodonosor, de 590 a 585 a.C., contra Zedequias. A cidade foi destruída, e o Templo foi queimado. Seguiram-se 50 anos de silêncio: Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário; e não teve piedade nem dos jovens, nem das moças, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos os deu nas suas mãos. E todos os utensílios da Casa de Deus, grandes e pequenos, e os tesouros da Casa do SENHOR, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para a Babilônia. E queimaram a Casa de Deus, e derribaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus preciosos objetos. E os que escaparam da espada levou para a Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia (2 Cr 36.17-20).

11) Por Ptolomeu Soter (367 a.C.-283 a.C.), rei do Egito, contra os judeus, em 320 a.C., mais de cem mil cativos foram levados ao Egito.

12) Por Antíoco, o Grande (241 a.C.-187 a.C.), 203 a.C. aproximadamente.

13) Por Scopus, um general grego, por volta de 199 a.C., que deixou ali uma guarnição.

14) Outra vez por Antíoco, em 168 a.C. Antíoco saqueou toda a cidade, levou dez mil cativos, derrubou as muralhas, profanou o altar, destruiu antigos manuscritos, incendiou os melhores edifícios e proibiu os judeus de adorarem ali. Cumpriram-se, em parte, os capítulos 9 e 11 de Daniel, ficando para o tempo do fim o seu cumprimento futurista.

15) Mais uma vez por Antíoco, por volta de 162 a.C., contra Judas Macabeu. Dessa vez, foram feitas negociações honrosas para os judeus.

16) Por Antíoco Sideres (159 a.C.-129 a.C.), rei da Síria, contra João Hircano (164 a.C.-104 a.C.), por volta de 135 a.C.

17) Por Hircano II (103 a.C.-30 a.C.), filho de Alexandre Janeu (126 a.C.-76 a.C.), e o sacerdote Aristóbulo. O sítio foi levantado por Scaurus, um lugar-tenente de Pompeu, por volta de 65 a.C.

18) Por Pompeu contra Aristóbulo, por volta de 63 a.C., quando as máquinas de guerra foram postas junto ao muro no sábado, dia em que os judeus não ofereceram resistência. A cidade foi tomada, e 12 mil judeus foram mortos.

19) Herodes, com um exército romano, sitiou a cidade em 39 a.C. durante cinco meses.

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