RESPEITO À FÉ
12/11/2024A BÍBLIA E A ÁFRICA
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Retorno à liberdade
Depois de quase duas décadas de prisão, o pastor norte-americano David Lin (foto), 68 anos, finalmente conseguiu retornar para a casa dele nos Estados Unidos. Em 2006, Lin estava em Pequim, na China, com o objetivo de ajudar a implantar igrejas. No entanto, ele foi detido no mesmo ano sob a (falsa) acusação de envolvimento na construção de uma igreja não aprovada pelo governo chinês. Três anos depois, Lin foi julgado e condenado à prisão perpétua por fraude contratual.
No entanto, o Departamento de Estado americano considerou sua prisão injusta e entrou com uma ação judicial. A defesa de Lin conseguiu reduzir sua sentença a princípio. Posteriormente, graças a gestões diplomáticas, houve a ordem de libertação. Enquanto esteve encarcerado, o pastor compartilhou sua fé e criou um grupo de oração de detentos, de acordo com informações da ChinaAid, uma organização cristã de direitos humanos sem fins lucrativos baseada nos EUA.
Na China, nação asiática de 1,4 bilhão de habitantes, muitos cristãos costumam se reunir em igrejas domésticas, mas o Partido Comunista Chinês tem intensificado ações de controle para reprimir o crescimento do cristianismo no país. (Evandro Teixeira com informações de Mission Network News e CNN Brasil)
Condenada por “blasfêmia”
Após três anos de processo, a cristã Shagufta Kiran (foto), 40 anos, foi condenada à morte, no Paquistão, com base na lei de blasfêmia, por ter – alegadamente – insultado Maomé, o profeta e fundador do islamismo, em um grupo inter-religioso no WhatsApp. Mãe de quatro filhos, ela está presa desde 2021 e, com a condenação judicial, terá de pagar uma multa de 300 mil rúpias (algo em torno de 6 mil reais).
Segundo a organização não governamental Center for Social Justice (CSJ), desde 1987 quase três mil pessoas já foram acusadas de blasfêmia pelas autoridades paquistanesas, nação do sul da Ásia de 235 milhões de habitantes. A CSJ afirma que, desde 1994, pelo menos 101 pessoas acusadas de blasfêmia foram mortas por indivíduos ou multidões naquele país do sul asiático. (Evandro Teixeira com informações de Christian Daily International e Morning Star News)
Ataques brutais
Milicianos muçulmanos do grupo jihadista Jamaat Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM) mataram 226 pessoas em duas cidades de Burkina Faso (foto ilustrativa), nação de 22,6 milhões de habitantes vizinha ao deserto do Saara, no oeste da África. Os militantes islamitas abriram fogo contra moradores de Barsalogho, cidade situada no norte do país, deixando, pelo menos, 200 mortos. Os indivíduos assassinados eram soldados e civis voluntários que estavam construindo trincheiras nos arredores justamente para proteger a cidade. No dia seguinte, os extremistas invadiram uma igreja protestante em Sanaba, no oeste, e assassinaram 26 pessoas.
Observadores afirmam que o ataque em Barsalogho foi um dos mais violentos ocorridos em Burkina Faso desde 2015, quando começou o movimento de insurgência islâmica. A nação, de maioria muçulmana (54,54%), é governada, desde julho de 2022, por uma junta militar que controla 60% do território do país. (Evandro Teixeira com informações de Christian Solidarity International – CSI)
Perseguição à fé
O relatório Fé sob fogo, produzido pela organização Mission Eurasia, em parceria com o Instituto para a Liberdade Religiosa (IRF) da Ucrânia – país do Leste Europeu de 38 milhões de habitantes –, revela que as comunidades cristãs estão enfrentando muitas dificuldades para exercer seu direito de crença em meio à guerra com a Rússia. O documento mostra que, pelo menos, 630 locais de culto ucranianos (quase 35% deles pertencentes a igrejas evangélicas) foram destruídos (foto).
De acordo com a Mission Eurasia, desde fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, soldados russos sequestraram ou mataram 29 líderes religiosos. Além disso, há evidências de abuso, humilhação e tortura contra lideranças cristãs em territórios ucranianos agora controlados pela Rússia. (Evandro Teixeira com informações de Evangelical Focus)