Nesta edição, falaremos do número 9. Ele está presente no ocultismo em geral, especialmente na filosofia da Nova Era, movimento originado da junção do pensamento das comunidades hippies estadunidenses da década de 1960 e de grupos britânicos que discutiam a formação da chamada “igreja da nova luz”, e na cabala hebraica (um método esotérico, uma disciplina e uma escola de pensamento do misticismo judaico). Mas trataremos também de seu significado na Bíblia.

É sempre bom ressaltar: o número 6 é equivalente ao 9 por ser o inverso deste e vice-versa, e o número 9 representa a vida material em toda a Terra, razão pela qual é considerado aquele que se refere ao fim de todas as coisas.

Há muitas razões estranhas que levam os ocultistas da Nova Era a adotar o número 9 como representação da vida terrena:

– O sistema solar inteiro leva 25.920 anos para dar uma volta completa ao redor da nossa galáxia. Esse tempo é o mesmo da precessão dos equinócios, movimento cíclico realizado pela Terra ao redor do plano de sua eclíptica [Do editor: em Astronomia, eclíptica é a projeção sobre a esfera celeste da trajetória aparente do Sol observada a partir do globo terrestre]. O período de 25.920 anos multiplicado pelo número de dias de um ano da Terra (365) é igual a 9.460.800, mesma sequência numérica relativa ao ano-luz. Durante 365 dias, a luz percorreu 9.460.800.000 km.

– O ritmo normal de respiração é de 18 vezes por minuto, cuja soma dos numerais é 9. O ritmo cardíaco normal é de 72 batidas por minuto, que termina em 9, ou de 4.320 batidas por hora, que também termina em 9.

– A filosofia da Nova Era enaltece o número 9 por ser também o número de Marte, o planeta da guerra, regente de Áries. O ditador austríaco Adolf Hitler (1889-1945), que, por sinal, era ariano, era chamado pelos ocultistas como o senhor da Grande Guerra.

– Se juntarmos seis vezes o número da eternidade ao número do Criador, obtendo 1 milhão (1.000.000), e dividirmos pelo número espiritual, que é 7, encontraremos 142.857, conhecido desde a Antiguidade como o número sagrado pelo fato de seus algarismos, ao serem somados entre si, resultarem em 27. Este, por sua vez, quando tem seus algarismos somados, corresponde ao número 9.

– Do número 9 resulta sempre em 9 a soma do produto, qualquer que seja o número por ele multiplicado (9×3 = 27, que é igual a 9; 9×7= 63, que é igual a 9; 9×9 = 81, que é igual a 9 etc.). A soma de todos os números do nosso sistema numérico é 45, que resulta também em 9. Por isso, para os adeptos da Nova Era, a vida material é indestrutível por si mesma. Ou seja, para essa corrente filosófica, os seres humanos não precisam necessariamente morrer.

– Aplicando essa gematria ao 666, encontramos 9 como o número sagrado da eternidade dentro da filosofia da Nova Era. Assim sendo, há uma íntima relação da Nova Era com o anticristo da Bíblia.

O número 9 na Bíblia – Nas Escrituras Sagradas, o número 9 representa finalidade e juízo. Por exemplo: o número 666 corresponde à multiplicação de 9 por 74. A soma de 6+6+6 é igual a 18, e 18 é 1+8 = 9. A gematria da palavra Dã, que significa julgamento (ou ele julgou) em hebraico, é 54 (ou 9×6).

Nota-se que a tribo de Dã é omitida no texto de Apocalipse: Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil (Ap 7.5-8). A tribo de José é Efraim, irmão de Manassés, ambos eram filhos de José.

A primeira guerra registrada na Bíblia foi de quatro reis contra cinco, que totalizam 9.

O profeta Ageu enumera 9 particularidades dos juízos de Deus (E fiz vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, e sobre os animais, e sobre todo o trabalho das mãos – Ag 1.11: (1) seca sobre a terra, (2) sobre os montes, (3) sobre o trigo, (4) sobre o mosto, (5) sobre o azeite, (6) sobre o que a terra produz, (7) sobre os homens, (8) sobre os animais e (9) sobre todo o trabalho das mãos.

A cidade de Jerusalém, em toda a sua história, foi sitiada 27 vezes (9×3). E, desses cercos, apenas 14 estão mencionados na Palavra de Deus. Os outros 13 são extra-bíblicos e constam da história profana.

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