Na prateleira – 303
08/10/2024Minha Resposta – 303
09/10/2024Combate ao oropouche
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde está monitorando a situação epidemiológica do oropouche, uma arbovirose causada pela transmissão do vírus por um inseto (foto) da espécie Culicoides paraensis,conhecido como mosquito-pólvora. Até 19 de agosto, já haviam sido registrados 7.653 casos da doença. Os sintomas são semelhantes aos da dengue: dor de cabeça, febre e dores musculares e nas articulações.
Segundo as autoridades, ao apresentar tal sintomatologia, é fundamental o paciente procurar uma unidade de saúde e evitar a automedicação. O repouso e o acompanhamento médico para tratar os sintomas são essenciais, já que não há um tratamento específico para a mazela. Medicamentos prescritos, como analgésicos para as dores e antitérmicos para controlar a febre, podem trazer alívio, mas não atuam na causa da enfermidade. (Patrícia Scott com informações do Ministério da Saúde)
Imunidade fortalecida
Manter um estilo de vida saudável é fundamental para fortalecer o sistema imunológico, afirmam os médicos. Mas, para que isso se torne realidade, é preciso evitar o tabagismo, reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, praticar exercícios físicos regularmente, manter um peso adequado e dormir de sete a nove horas por noite (foto).
Especialistas sugerem ainda o consumo, pela manhã, de um copo de bebida preparada com limão, gengibre e açafrão-da-terra. Esse shot ajuda a aumentar a imunidade devido aos seus compostos bioativos e à vitamina C, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. É aconselhável também incluir na dieta alimentos ricos em vitaminas e minerais, como cenoura, batata-doce, espinafre, acelga, pimentão vermelho, brócolis, alface, camarão, carne bovina, frango, peru, peixe, gérmen de trigo, grãos integrais e frutos secos (castanha, amendoim e castanha-do-pará, por exemplo). (Patrícia Scott com informações de Tua Saúde e Hospital Cema)
Prevenção da surdez
Cinco minutos com o Dr. Gilberto Ulson Pizarro
Por Patrícia Scott
A Triagem Auditiva Neonatal Universal, mais conhecida como “teste da orelhinha”, é um exame obrigatório e gratuito realizado em hospitais e maternidades no Brasil, conforme a Lei Federal 12.303/2010. Desde então, mais de 35 milhões de bebês foram submetidos ao teste, resultando em um aumento significativo na detecção precoce da surdez. Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, referência em saúde auditiva, fala do assunto.
Qual é a importância do “teste da orelhinha”?
É crucial para a avaliação da audição em recém-nascidos e previne problemas auditivos futuros que, se não detectados logo, podem levar a condições irreversíveis. A falta de detecção precoce da perda auditiva pode resultar em diagnósticos e intervenções tardias, afetando negativamente o desenvolvimento geral da criança. Assim, o teste é realizado como triagem auditiva, e não para diagnóstico. Ou seja, identifica possíveis falhas na audição e serve para encaminhar o pequeno para avaliação e teste de confirmação com o otorrino.
É necessário aumentar a conscientização sobre o teste?
Sim, e é essencial que os pais garantam a realização desse exame em seus filhos. Isso porque cerca de 50% dos casos de perda auditiva poderiam ser evitados ou suas consequências reduzidas se houvesse detecção, diagnóstico e reabilitação precoces.
Como é feito o teste?
Em primeiro lugar, devo dizer que é rápido e indolor, podendo ser feito enquanto o bebê dorme, sem causar desconforto. O teste consiste na inserção de uma pequena sonda no canal auditivo que emite estímulos sonoros e registra a resposta das células ciliadas externas da cóclea, responsáveis pela captação e amplificação do som.
O que acontece se for detectada alguma alteração?
O bebê será encaminhado para um serviço de diagnóstico, onde serão realizados exames complementares, como a avaliação otorrinolaringológica e o BERA (ou PEA-TC – Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico). Esse exame, também não invasivo, fornece uma avaliação mais detalhada do sistema auditivo e deve ser feito enquanto a criança estiver dormindo.
Há situações em que o teste precisa ser repetido?
Nos casos em que o bebê apresenta vérnix (resíduo do parto) no canal auditivo, o teste pode ser prejudicado. Assim, o exame deve ser repetido após 30 dias, quando se espera que o líquido tenha sido eliminado, e o resultado seja mais preciso.