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Após anos dependendo de uma bengala para se locomover, obreira volta a andar livremente, graças à oração da fé
Por Evandro Teixeira
Uma dor repentina na base da coluna vertebral fez a dona de casa, Luciana Rocha Carvalho Dutra, 48 anos, obreira na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Itapecerica (MG), procurar atendimento médico no início de 2017. Aparentemente, era algo simples que poderia ser tratado com sessões de fisioterapia. No entanto, apesar do tratamento, as dores persistiam. Então, Luciana passou por novos exames, que constataram seu diagnóstico: síndrome do piriforme, distúrbio que causa inflamação do músculo (de formato triangular, estende-se da região do cóccix até a extremidade superior do fêmur), causando dor intensa.
Entretanto, por causa da demora no diagnóstico correto, o quadro se agravou. O médico optou pela manutenção do tratamento fisioterápico, mas receitou diversos analgésicos a fim de aliviar os sintomas. Durante as crises mais agudas, até mesmo morfina foi administrada. Porém, o efeito da medicação era temporário.
Diante daquele cenário, o especialista recorreu a uma abordagem mais agressiva, de bloqueio na coluna, uma infiltração em que as raízes nervosas e seus ramos são anestesiados para bloquear a dor na região. Para passar por esse procedimento, Luciana teve de ficar internada por dois dias, pois precisava ser sedada antes de injetar a medicação na área inflamada. Esse tratamento, mais radical e igualmente doloroso, também não resolveu o problema.
Àquela altura, a dona de casa tinha dificuldade até para andar, passando a maior parte do tempo deitada por causa disso. Ela dependia integralmente da ajuda do marido, o vigilante Marco Antônio Dutra, 59 anos, e das filhas, Isabella (26) e Victoria (23). No entanto, Luciana ficou tão incomodada com a situação que decidiu voltar a andar, mesmo com limitações, apoiada em uma bengala.
Dessa forma, a obreira começou a sair de casa e voltou a frequentar os cultos. Ativa na obra de Deus, ela retornou às atividades no ministério de louvor e na evangelização, mesmo enfrentando o problema de saúde. Para realizar suas tarefas na Igreja, contava com a ajuda dos irmãos em Cristo. Na hora de ministrar as canções, tinha de permanecer sentada, porque não conseguia ficar muito tempo em pé. Embora a enfermidade não a impedisse de ser participativa, Luciana se sentia constrangida. Ainda assim, alimentava o desejo de andar livremente de novo.
“Acreditando na vitória” – A obreira continuava seguindo o tratamento, mas os resultados nunca eram satisfatórios. Ela se recorda de que seu marido a estimulava a crer no milagre. “Ele foi uma das partes mais importantes nesse processo. Sempre tentava me animar diante das palavras frias dos médicos, que nunca falavam de cura”, destaca ela, assinalando que, para os especialistas, era preciso paciência, pois o tratamento seria longo.
Às vezes, as dores eram tão intensas que Luciana apresentava alterações na pressão arterial. Devido a isso e à dificuldade de locomoção, precisava acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Esses episódios eram tão rotineiros que, quando ela chegava ao pronto-atendimento, os enfermeiros já sabiam do que se tratava. Depois de medicada, a pressão normalizava, e a dor estabilizava.
No entanto, passado o efeito dos remédios, o quadro recomeçava. “Era como se a dor fizesse parte da minha vida. Porém, durante aquele tempo, eu me mantive em oração. Em meus momentos com o Senhor, dizia que não aceitava estar naquela situação e seguia acreditando na vitória.” O sofrimento de Luciana era acompanhado pelo Pr. Marcos de Oliveira, líder da IIGD em Itapecerica (MG). Ele reconhecia o esforço e a dedicação dela na obra de Deus e a incentivava a crer na operação do poder divino.
Em 2023, quando ficou sabendo que haveria uma campanha do Missionário R. R. Soares na sede estadual da Igreja da Graça em Belo Horizonte (MG), a obreira expressou o desejo de participar, pois acreditava que retornaria curada. O marido não poderia levá-la por causa do trabalho, mas o Pr. Marcos providenciou o transporte dela até a capital mineira – uma viagem de quase três horas de duração.
Chegando à Igreja, Luciana determinou que receberia a vitória naquela reunião ocorrida em 19 de novembro. Após a oração da fé, avistou pessoas testemunhando a cura. Nesse momento, questionou o Senhor sobre a sua situação. Em meio a seus pensamentos, ela escutou o Missionário garantir: “A bênção é para todos”. Em seguida, o pregador disse que clamaria por quem dependia de apoio para andar. Mesmo com dificuldade, Luciana foi até a frente da plataforma receber a oração. “Já fui sem a bengala, auxiliada por uma pastora.” Enquanto R. R. Soares intercedia, ela sentiu um choque na coluna, largou a mão da ministra e passou a andar sozinha. “Comecei a marchar e logo tive vontade de correr. Naquele instante, senti a glória de Deus e uma emoção fortíssima!”
Segundo Luciana, os médicos não sabem explicar o motivo daquela enfermidade nem o que levou à sua melhora. Mas ela tem a resposta: “Deus me curou”, afirma a obreira. Ao andar normalmente pelas ruas da pequena Itapecerica – uma cidade de apenas 21 mil habitantes –, ela é um testemunho do poder do Altíssimo e das maravilhas que Ele é capaz de operar naqueles que nEle confiam.
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Nos povos negros do mundo, nossa fé é uma grande benção para o resto da humanidade. O Brasil foi construido por homens pretos. A Europa foi construída por homens pretos, os Estados Unidos, igualmente. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmo 1.1-2)
Sim, verdade.