Grandes vitórias

Após entregar a vida ao Senhor, patrocinadora é abençoada com o casamento e a abertura do próprio negócio

Por Evandro Teixeira

A empresária Maira Bigheti Mendes, 41 anos, ouviu o Evangelho pela primeira vez na adolescência, por influência da avó paterna, Maria Zélia Pereira Mendes, 91, membro da sede estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em São Paulo. Tempos difíceis aqueles: a menina havia perdido o pai aos dois anos e era criada pela mãe, Daurea Bigheti Mendes, 60 anos, que, mesmo enfrentando diversos problemas de saúde, lutava para sustentar as filhas gêmeas, Maira e Marina.

Apesar do contato com a Palavra, Maira se distanciou do Senhor e percorreu caminhos tortuosos. Aos 13 anos, começou a namorar um rapaz oito anos mais velho e, mesmo sem a aprovação da família, manteve aquela união, que resultou em uma gravidez.

Aos 15 anos, deu à luz Vinícius Bigheti de Moraes, hoje com 25. Quatro anos depois, nasceria a caçula, Geovana, atualmente com 21. Nesse período, Maira foi morar com o companheiro, mas a convivência se tornou péssima, pois, além de ele ser usuário de drogas, não era dedicado ao trabalho e vivia em função dos amigos e das noitadas, não dando a devida atenção à família. Isso só piorava os desentendimentos entre o casal.

Quando completou 21 anos, Maira decidiu criar os filhos sozinha. Afinal, ao contrário do ex-companheiro, sempre teve disposição para trabalhar. Com 17 anos, por exemplo, atuava como vendedora. No entanto, ela reconhece que tinha dificuldade para permanecer empregada. Ficava, no máximo, dois anos em cada empresa e não entendia por que seus planos nunca iam adiante.

Maira começou a trabalhar com uma tia e, em razão da extensa carga horária, não conseguia dar atenção aos filhos. Com isso, o mais velho começou a se mostrar uma criança rebelde, e, aos 12 anos, Maira o enviou para morar com o pai. Porém, o quadro só se agravou: o garoto passou a usar drogas. Quando Vinícius completou 15 anos, Maira pegou a guarda do filho novamente. “Essa situação me causou muito sofrimento. Cheguei a perder meu emprego”, lembra-se. Além disso, a pequena Geovana apresentava sinais de depressão.

Em meio a tantas lutas, Maira buscava alento no Show da Fé e se sentia abençoada ao ouvir as pregações do Missionário R. R. Soares. “Apesar das adversidades, Deus sempre Se mostrou presente”, testemunha, reconhecendo que tinha dificuldade de se firmar na fé. Um dos motivos para isso era o tabagismo.

“Atitude sincera” – A vida de Maira começou a mudar em 2016, quando sua avó paterna preencheu a guia do patrocínio da obra de Deus em nome da neta. No ano seguinte, a convite de uma de suas tias, a jovem participou de uma campanha na sede da Igreja da Graça em São Paulo. Durante quatro meses, ela se dedicou à oração, indo aos cultos às quartas-feiras. Conforme ouvia a pregação do Evangelho, seu coração se transformava. Então, finalmente ela tomou a decisão de se entregar ao Senhor. “Ficou claro que o Pai celestial só estava esperando uma atitude sincera da minha parte”, afirma.

Desse modo, Maira foi liberta do hábito de fumar e, no final de 2017, conheceu o atual marido, Adriano Müller da Silva, 41 anos, com quem se casou em 2019. Em 2022, os dois passaram pelo batismo. A batalha espiritual pelo filho continuou, mas Maira tinha o apoio do esposo, que a ajudou em momentos difíceis, como na internação de Vinícius em uma clínica de recuperação. “No dia em que conheci o Adriano, soube que havia um propósito de Deus para a nossa vida.”

Assídua nos cultos da sede estadual paulista, em sua caminhada com Cristo, Maira entendeu a importância de ser dizimista e assumir o compromisso de patrocinar a obra divina. Desde então, a serva de Deus tem visto as bênçãos sobre sua vida financeira. Em 2017, ela se tornou sócia de uma casa de repouso e, cinco anos depois, com o rompimento das outras donas, Maira assumiu o espaço de acolhimento sozinha. Assim, seu marido, que antes trabalhava no setor de compras de outra empresa, juntou-se a ela na administração do negócio, que vem apresentando bons resultados financeiros.

A empresária testemunha a sua gratidão a Cristo pelas inúmeras bênçãos, mas espera alcançar outras vitórias, como a conversão dos filhos e da mãe. Enquanto isso, ela se mantém firme na oração, nos jejuns e nas campanhas da IIGD. O seu primogênito, Vinícius, está liberto das drogas e se casou. Embora não tenha se convertido a Cristo, ele costuma ir à Igreja e gosta de ouvir a Palavra. Maira persevera na intercessão por sua família: “No momento certo, eles tomarão a mesma decisão que eu”, diz, crendo que, em breve, terá mais conquistas para glorificar a Deus.

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