Falando de História – 287
20/06/2023Heróis da Fé | Louis Zamperini – 288
10/07/2023Como é possível canalizar a fé por meio de um objeto para obtermos alguma resposta de Deus, se a Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir a pregação do Evangelho?
U. T. A., sem identificação da cidade
R.: É a Bíblia Sagrada quem determina a verdade sobre tudo e, especialmente, sobre as questões da fé (Sl 19.7-11; Jo 17.17). De fato, as Escrituras ensinam que a fé vem pelo ouvir da mensagem que ela, a Palavra de Deus, revela (Rm 10.17). Entretanto, o Livro Santo também informa que muitas pessoas foram curadas e libertas de espíritos imundos ao receber de alguém lenços e aventais usados pelo apóstolo Paulo (At 19.11,12). Portanto, há base bíblica para a distribuição de objetos nas reuniões de cura e libertação, os quais não passam de pontos de contato, facilitadores da fé para os que estão iniciando sua caminhada no conhecimento do poder de Deus e da Palavra dEle, do mesmo modo como fizeram os apóstolos. É claro que, se alguém atribui poder miraculoso ao objeto em si, está praticando idolatria, ação condenada pelo Senhor e denunciada a cada reunião nossa, onde, eventualmente, os objetos são entregues. Há inúmeras pessoas que, por terem sido abençoadas pela cura ou libertação, alvos primordiais delas ao procurar a igreja, converteram-se a Cristo Jesus depois. Ora, considerando o valor inestimável de uma alma, por que abrir mão do recurso aos objetos se isso em nada contraria a Palavra de Deus?
A Bíblia diz que Jesus foi crucificado entre dois ladrões. Um deles se arrependeu do que fez e pediu ao Salvador que se lembrasse dele quando entrasse no Paraíso. O Messias lhe respondeu que naquele dia mesmo ele estaria no Céu. Então, pergunto: quando morremos em Cristo Jesus, automaticamente vamos para o Paraíso?
J. L. S., via internet
R.: Esse fato está narrado em Lucas 23.39-43 e aponta claramente o que acontece a toda pessoa salva em Cristo quando parte deste mundo. Nesse mesmo evangelho, o Senhor Jesus ensinou acerca do “seio de Abraão” e do “Hades”, os lugares para onde iam as almas dos mortos (Lc 16.19ss.). Os perdidos ficam aguardando o Juízo Final no Hades, que algumas versões bíblicas em português traduzem como “Inferno”. Os salvos, antes da morte e ressurreição do Senhor Jesus, iam para um lugar diferente, mas situado na mesma localidade, o seio de Abraão. Quando o Mestre consumou Sua obra salvífica, morrendo na cruz, Ele também foi ao Hades, mas de modo triunfante e vitorioso sobre o diabo e todas as forças das trevas (Cl 2.15; 1Pe 3.18-22). Ali, o Redentor resgatou os que haviam morrido na esperança da salvação do Cordeiro de Deus e os transportou para o Paraíso que fica no terceiro céu (Ef 4.8,9; 2Co 12.2-4). É para lá que iremos ao partirmos desta vida, desde que o façamos crendo no Senhor e vivendo segundo Sua Palavra. O corpo físico ficará na sepultura, porém o nosso verdadeiro eu, o nosso espírito, desfrutará da companhia maravilhosa do Salvador no Paraíso. Quando o Rei dos reis retornar ao mundo para buscar a Sua Igreja, todos aqueles que estiverem no terceiro céu ressurgirão em corpos não corruptíveis e virão com o Senhor Jesus para o encontro, nos ares, com os crentes vivos (1Co 15.51-58; 1Ts 4.13-18).
Missionário, às vezes, ouço as pessoas dizerem que até Jesus Cristo temeu a morte. Isso é verdade? A Bíblia fala a respeito disso?
U. C. Z., sem identificação da cidade
R.: Os que alegam tal coisa ignoram as Escrituras Sagradas. Nelas, aprendemos que o verdadeiro amor lança fora o medo (1Jo 4.18). Ora, até mesmo os inimigos da fé reconhecem o Senhor Jesus como o maior modelo de amor que já existiu! Como, então, Aquele que é o amor encarnado poderia temer qualquer coisa? É fato que o Senhor Jesus era humano como qualquer um de nós. A única diferença é que Ele foi concebido sem pecado, isto é, Ele era como Adão antes da queda (Hb 4.14,15). O Salvador teve fome, sede, sono, sentiu dor, cansaço e Se decepcionou como qualquer pessoa. O fato de também ser Deus não amenizou nenhuma das sensações que teve enquanto viveu aqui. Entretanto, afirmar que Cristo temeu morrer não é verdade. Ele mesmo declarou ser a ressurreição e a vida (Jo 11.25), afirmação incompatível na boca de alguém que tenha medo da morte. O que, de fato, Jesus sentiu na véspera de Seu sacrifício foi o pavor de ter de enfrentar a ira de Deus, o preço de cada um dos nossos pecados e os do mundo inteiro (1 Jo 2.2). Ele iria sorver, sozinho, o cálice do furor e da ira do Todo-Poderoso, a fim de salvar os que nEle cressem, do castigo a ser derramado sobre os ímpios na consumação dos séculos (Ap 19.15). Por isso mesmo, o Senhor Jesus clamou pedindo que, se possível, o Pai afastasse dEle tal cálice (Mc 14.36). Crucificado, o Salvador não passaria apenas pela dor física, a mais atroz que existe, mas também pelo desligamento do Pai celestial, a quebra indescritível da comunhão mais intensa e perfeita que já existiu na história do universo e até antes dela. Ao receber em Si a culpa de cada transgressão humana, além de cada enfermidade e dor que afetam as pessoas, o Redentor sentiu o Pai Lhe dando as costas e O abandonando na cruz (Is 53.2-11; Mc 15.34). Isso aconteceu porque o Deus santo não pode ter qualquer contato com o pecado, e, naquele instante dramático, o Filho santíssimo estava absorvendo, literalmente, cada erro cometido neste planeta, como se fosse Ele o único transgressor da história humana (2 Co 5.21). Embora tenha vindo ao mundo exatamente para isso e ser conhecedor de tudo o que Lhe ocorreria, como homem, o Nazareno sentiu pavor diante da proximidade do ápice de Sua missão (Mc 14.32-36). A agonia causada por essa antevisão Lhe foi tão intensa que Ele chegou a suar sangue, tamanha a dor de Sua alma (Lc 22.41-44). Mas nada disso demoveu o Salvador de cumprir a vontade do Altíssimo: sofrer a nossa dor e morrer a nossa morte, a fim de que nós pudéssemos viver eternamente em plena comunhão com o Deus trino, que passa a viver no interior de todo aquele que nEle crê e cumpre Sua soberana vontade (Jo 14.23). Por não ter recuado, e sim enfrentado tudo isso sozinho, o Senhor Jesus foi exaltado acima de todo ser e nome que existe, tanto na Terra como no Céu, onde, à direita do Pai, intercede por nós (Fp 2.5-11; Rm 8.34). Diante disso, pergunto: existe alguém mais lindo do que Jesus?
Sou patrocinador, mas todo mês não sobra quantia alguma. Preciso de um conselho: o que posso fazer para honrar com o meu compromisso financeiro? É falta de fé? Será que me desviarei do caminho do Senhor ou Ele não quer a minha contribuição neste ministério? Tenho me sentido triste por estar em falta com a obra de Deus. Missionário, o que devo fazer a respeito?
M. Q. A., via internet
R.: A primeira e mais urgente providência que o irmão precisa tomar é definir o dízimo como prioridade de sua vida financeira. No antigo Israel, o povo de Deus levava ao Senhor as primícias do campo − os primeiros frutos da terra. Isso demonstra a importância que a relação com o Pai celeste tem (Lv 23.9,10). Por isso, a primeira coisa que um seguidor sincero do Senhor Jesus faz ao receber seu salário é separar, com zelo e fidelidade, o que pertence ao Criador, o santo dízimo. Só essa atitude já lhe trará bênçãos sem medida garantidas pelo próprio Deus no texto clássico que disciplina a questão (Ml 3.7-12). Separe, em seguida, a oferta que o Pai colocou no seu coração para a obra divina e veja que promessas maravilhosas há para os que assim agem (2 Co 9.7-9). Depois, organize suas finanças com a sabedoria pedida a Deus para pôr em ordem tudo o que esteja fora de lugar, como gastos supérfluos, por exemplo (Tg 1.5-7). Elimine de seu vocabulário a expressão “fazer dívidas”, pois nelas o inimigo faz tropeçar e amarra muitíssimos incautos (Rm 13.8). Ponha em prática, cuidadosamente, as instruções de Provérbios 3.1-10 e verá sua vida endireitada e suas finanças transbordando para abençoar a obra divina, pois é Deus quem dá a semente ao que semeia (2 Co 9.10). Quando o Senhor chama alguém para patrocinar Sua obra, Ele mesmo dá as ferramentas. É uma questão de fé e obediência aos estatutos divinos.