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Lesão a diagnosticar

Foto: Divulgação

O câncer de boca é uma doença grave e potencialmente fatal. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), aproximadamente 704 mil novos casos são esperados para o Brasil em 2023. Anualmente, cerca de 15 mil pessoas são diagnosticadas com tumores na cavidade oral no país. O mais frequente deles é o carcinoma de células escamosas, ou carcinoma epidermoide, que representa quase 90% dos tumores da boca.

Os principais sintomas da enfermidade são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam após 15 dias, placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, nas gengivas, no palato ou na bochecha, nódulos no pescoço e rouquidão persistente. Em casos mais avançados, pode haver também dificuldade de mastigação, deglutição e fala, além da sensação de que há algo preso na garganta.

O cirurgião-dentista é o profissional qualificado para identificar as lesões e orientar o paciente quanto ao tratamento. Medidas caseiras ou remédios que não sejam indicados por especialistas podem retardar o diagnóstico, diminuindo as chances de cura. (Élidi Miranda, com informações de Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP e Apex Comunicação Na Mídia)


Dormir para lembrar

Foto: Arte sobre foto de Pexels / Andrea Piacquadio

A quantidade e a qualidade do sono têm um impacto profundo na aprendizagem e na memória. O ciclo de sono de um adulto saudável consiste em dois tipos: o NREM e o REM. O primeiro prepara o cérebro para o aprendizado de novas informações. Nessa fase, o cérebro classifica memórias do dia anterior, filtrando o que é importante e eliminando dados desnecessários.

O processo continua no sono REM, que tem papel fundamental na consolidação da memória. Situações vividas ao longo do dia com grande carga emocional também são processadas nesse estágio, e isso é essencial para que a pessoa lide com experiências difíceis. Portanto, indivíduos que dormem menos do que o necessário experimentam problemas de memória, o que afeta diretamente o ciclo de aprendizagem.

Estudos mostram que pessoas em privação de sono também não conseguem focar a atenção de forma otimizada e têm dificuldades de aprender com eficiência. Outros impactos cognitivos incluem a redução das habilidades de tomada de decisão e a deficiência dos controles emocional e comportamental. (Élidi Miranda, com informações de Associação Brasileira do Sono)


Preparação importante

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com o Dr. Marcos Augusto Chacon Silva Júnior

Por Élidi Miranda

Atualmente, com a ajuda dos métodos contraceptivos, muitas mulheres querem escolher o momento de engravidar. Dessa forma, podem se preparar econômica, emocional e até mesmo fisicamente, tomando uma série de cuidados com a saúde antes da gravidez. Contudo, estima-se que pouco mais da metade das brasileiras não planejou sua última gestação. Nesta entrevista, o ginecologista e obstetra Marcos Augusto Chacon Silva Júnior, da rede de hospitais São Camilo, de São Paulo (SP), fala sobre as vantagens de uma gravidez planejada.

Do ponto de vista da saúde da mulher e do bebê, qual é a importância de planejar uma gravidez?

Quando planejada, a gestação proporciona à mulher a oportunidade de ficar em dia com sua saúde por meio dos exames de rotina, para que, ao engravidar, seu corpo e seu metabolismo estejam adequados. Isso possibilita que o bebê tenha um melhor aporte nutricional e diminui o risco de a mãe desenvolver diabetes e pressão alta, por exemplo, durante a gestação.

Ao ocorrer uma gestação não esperada, a mulher está sujeita a quais riscos?

Uma gravidez não planejada, na maioria das vezes, não representa riscos à saúde da mulher. Tudo depende de como está a situação dela no momento da concepção. Por isso, manter hábitos saudáveis, como ter uma boa alimentação, praticar atividade física, não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas são de extrema importância.

Quais medidas devem ser tomadas pela mulher que deseja engravidar de forma planejada?

A redução do peso corporal, quando necessária, associada a um acompanhamento nutricional e à atividade física representa um dos pilares na manutenção e na melhoria da saúde das mulheres que desejam engravidar. Essa medida reduz muito o risco do surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, como a diabetes. Mesmo com as mudanças ocasionadas pela gestação, essa rotina saudável, se mantida, proverá um excelente período gestacional.

Os métodos contraceptivos usados atualmente, como as pílulas, o DIU e os adesivos são seguros e eficazes?

Sim, e devem ser sempre avaliados junto com o ginecologista para adequá-los à situação e à necessidade de cada mulher. Normalmente, possuem eficácia de 98% a 99,9% e provocam poucos efeitos colaterais.

Os grupos com maior incidência de gestação não planejada são as adolescentes, as usuárias de drogas e as portadoras de doenças crônicas. O que seria necessário para haver redução nesse número?

Nesses grupos em particular, a ação de políticas públicas de educação sexual, a oferta de contraceptivos e métodos de barreira são fundamentais para a diminuição de tais índices. Ademais, a educação como um todo também é necessária nesse processo.


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