Palavra dos Patrocinadores – 281
30/12/2022Novela da Vida Real – 282
30/01/2023Sinais e sintomas
Estatísticas globais sugerem que um em cada quatro adultos acima de 25 anos terá um acidente vascular cerebral (AVC) ao longo da vida. Por ser um problema tão prevalente, é importante saber identificar os principais sinais e sintomas da enfermidade: falta de equilíbrio ou de coordenação motora, visão turva ou dupla, incapacidade de manter os braços levantados e fala desarticulada, além da queda nos músculos de um dos lados da face. A rapidez no atendimento é essencial para evitar que a vítima morra.
Diante de um ou mais desses sintomas, o serviço de emergência deve ser acionado imediatamente. Também é fundamental que seja anotado o horário em que surgiram os sinais, porque alguns medicamentos – administrados muito tempo depois do início do episódio – poderão piorar a situação do paciente.
Um dos principais fatores de risco é o tabagismo. Os fumantes têm duas vezes mais chances de sofrer um AVC. Além de não fumar, mudanças no estilo de vida podem ajudar a evitar esse mal. São recomendadas a adoção de uma dieta com baixos níveis de colesterol e a prática de exercícios físicos – cerca de 150 minutos por semana, em intensidade moderada. (Élidi Miranda, com informações e Mayo Clinic)
Avaliação necessária
O pé diabético é uma das complicações graves decorrentes da presença de altos níveis de açúcar no sangue. Quando as taxas de glicose estão muito elevadas, a circulação sanguínea pode ser prejudicada, provocando perda de sensibilidade e outras lesões na extremidade dos membros inferiores. Nesses casos, o pé pode apresentar feridas de difícil cicatrização e deformações ósseas. Os sintomas mais frequentes são sensação de queimação e formigamentos.
O problema pode evoluir a ponto de ser necessária a amputação de dedos e de outras partes do membro. A formação de úlceras e os desvios ósseos podem comprometer bastante a qualidade de vida das pessoas. Outra manifestação é o “desabamento” das estruturas ósseas no meio do pé, formando um “mata-borrão”, o pé de Charcot.
A condição não acomete todos os diabéticos e só ocorre quando os níveis de glicose não estão controlados. Para prevenção do desenvolvimento do problema, são necessários o acompanhamento médico e a avaliação periódica da sensibilidade e das condições circulatórias dos membros inferiores. (Élidi Miranda, com informações de Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular)
Equilíbrio necessário
Cinco minutos com a Dra. Larissa Cassiano
Por Élidi Miranda
O estresse é capaz de afetar a imunidade de todo o corpo, abrindo caminho para diversos tipos de infecções, inclusive aquelas que afetam a região íntima feminina. Por causar o desequilíbrio do pH e da flora presente nessa parte do corpo da mulher, o organismo fica suscetível ao desenvolvimento, por exemplo, de candidíase. Esse é o tema desta entrevista, com a ginecologista Larissa Cassiano:
O que é a candidíase?
É uma infecção causada por fungos do gênero cândida, além dos seus subtipos. A mais comum é a Candida albicans, responsável por 80% dos casos.
O que pode provocar o problema?
O fungo Candida albicans habita naturalmente o organismo feminino saudável, manifestando-se como infecção quando ocorre uma multiplicação excessiva ou algum desequilíbrio na flora vaginal. As causas podem ser: uso de antibiótico, administração de hormônios, consumo excessivo de açúcares e gorduras, deficiência imunológica e estresse. Outros fatores, como temperatura e umidade, podem favorecer o aumento de fungos na região, com o uso de calças apertadas ou de roupas molhadas por muito tempo.
Existe relação entre o estresse e a candidíase?
Sabemos que o estresse diminui a nossa imunidade. Em um nível elevado, ele cria uma resposta química que acarreta vários desequilíbrios no organismo e um ambiente favorável para infecções como a candidíase.
O pH saudável, por sua vez, ajuda a vagina a estimular as boas bactérias, que produzem ácido lático para mantê-lo reduzido e ideal. Além disso, controla as bactérias ruins, funcionando basicamente como um sistema de defesa da região íntima, atuando como uma barreira de proteção da vagina contra irritações e infecções.
Quais são os principais sintomas da candidíase?
Ardência ao urinar, coceira, vermelhidão na área da vulva, corrimento com uma coloração branca leitosa ou amarelada e placas esbranquiçadas na área genital.
Há alguma relação entre a dieta alimentar e a candidíase?
O aumento de acidez em nosso organismo favorece a reprodução dos fungos. Por isso, alimentos ricos em proteína, gorduras e açúcares deixam o organismo mais ácido. Há casos em que, junto ao tratamento, é necessária uma mudança na alimentação.
Como é feito o tratamento da infecção?
De forma simples, porém deve ter sempre a orientação médica. Geralmente, é recomendado o uso de medicamentos via oral ou a aplicação de pomadas locais, que acabam com o excesso de fungos, além de ajudar a diminuir os sintomas. No entanto, em casos de candidíase de repetição, o tratamento precisa ser mais agressivo, com medicamentos antifúngicos, banhos de assento com bicarbonato de sódio e medicamentos homeopáticos. Pode ser preciso alterar a dieta alimentar, fazer uso de vestimentas adequadas, praticar atividade física e adotar hábitos de higiene mais rigorosos.