Família – 269
01/12/2021Carta do Pastor à ovelha – 271
01/02/2022Finalmente livre
Um cristão paquistanês havia sido condenado à morte por supostamente blasfemar contra o profeta do Islã, Maomé. No entanto, voltou à liberdade depois que a Suprema Corte do país anulou sua sentença. Sajjad Masih, 37 anos, estava preso desde 2011 e havia sido condenado à prisão perpétua em 2013. Em março de 2021, um juiz da Suprema Corte condenou Masih à pena de morte, cedendo a pressões de um grupo de juristas radicais islâmicos do Paquistão, um país asiático de maioria islamita, com 238 milhões de habitantes. Contudo, a pena foi revista por um colegiado da corte, em outubro, que decidiu por sua absolvição devido à inexistência de provas, e Masih (foto) foi solto em 13 de novembro. Ele fora acusado de enviar uma mensagem de texto desrespeitosa sobre o profeta Maomé. Contudo, nem seu celular nem o cartão SIM (sigla em inglês para “módulo de identificação do assinante”) de sua propriedade, contendo o tal texto, foram apresentados como prova no processo. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)
Processo burocrático
Não existe plena liberdade de culto no Cazaquistão, uma ex-república soviética majoritariamente muçulmana de 19 milhões de habitantes situada na Ásia Central. Lá, segundo a legislação em vigor, todo grupo religioso precisa de autorização do governo para se reunir. A permissão só é concedida mediante processo administrativo burocrático, arbitrário e caro, segundo os cristãos locais. Diante das dificuldades para obter a permissão de funcionamento, muitas igrejas escolhem se agrupar nos lares, às escondidas.
Contudo, o governo do Cazaquistão aumentou a repressão às reuniões religiosas por meio de incursões policiais para encerrar cultos clandestinos e prender líderes eclesiásticos. Além disso, tramita um projeto de lei no Senado o qual pretende ampliar o controle estatal sobre os grupos religiosos. A proposta visa impedir que mesmo as agremiações religiosas autorizadas promovam quaisquer atividades fora de suas dependências, o que limitaria ações evangelísticas em ruas e praças, por exemplo. (Élidi Miranda, com informações de Forum 18 e Missão Portas Abertas)
Acusações falsas
Líderes de uma igreja pentecostal estão sendo falsamente acusados de disseminar a variante delta da covid-19 no Vietnã, país do Sudeste Asiático de 103 milhões de habitantes. O Pr. Phuong Van Tan e sua esposa, a Pra. Vo Xuan Loan, da igreja Missão Ekklesia do Avivamento, estão sob investigação policial pelo crime de espalhar uma doença perigosa e contagiosa com o objetivo de causar dano.
O problema começou quando as autoridades sanitárias descobriram que alguns membros da igreja, inclusive os líderes, estavam com a variante do vírus, no fim de maio, época em que se reportavam os primeiros casos de covid-19 no país. Isso foi suficiente para que a mídia local passasse a apontar a igreja como a responsável pela disseminação da doença. Os líderes da igreja (foto) alegam que se trata de uma campanha difamatória e que, no momento da contaminação, seguiam todas as determinações sanitárias impostas pelas autoridades para conter a pandemia. O Vietnã, um país socialista de maioria budista, ocupa a 19ª posição na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)
Poder arbitrário
A República do Povo de Donetsk (RPD) é uma região do Leste da Ucrânia que se declarou independente em 2014. Embora a autonomia do território, de 2,3 milhões de habitantes, não seja reconhecida internacionalmente, a RPD funciona como um Estado totalmente independente, com governança e leis próprias. Lá, o cristianismo protestante é considerado agente da influência norte-americana e visto com maus olhos pelos separatistas.
Em junho de 2016, aquela república rebelde promulgou uma lei religiosa, a qual passou a regular o funcionamento das instituições desse tipo. Uma das exigências impostas pela legislação é o registro das organizações religiosas pelo governo. Porém, de acordo com os cristãos locais, as autoridades negam esse direito às igrejas protestantes frequentemente. Assim, aquelas comunidades evangélicas (foto) que não conseguem a autorização estatal para funcionar são obrigadas a fecharem as portas ou a se reunirem clandestinamente. Somente em 2021, pelo menos, três congregações protestantes foram forçadas a suspender suas atividades por supostas violações da lei religiosa. (Élidi Miranda, com informações de Forum 18 e Quartz)