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Finalmente livre

Reprodução

Um cristão paquistanês havia sido condenado à morte por supostamente blasfemar contra o profeta do Islã, Maomé. No entanto, voltou à liberdade depois que a Suprema Corte do país anulou sua sentença. Sajjad Masih, 37 anos, estava preso desde 2011 e havia sido condenado à prisão perpétua em 2013. Em março de 2021, um juiz da Suprema Corte condenou Masih à pena de morte, cedendo a pressões de um grupo de juristas radicais islâmicos do Paquistão, um país asiático de maioria islamita, com 238 milhões de habitantes. Contudo, a pena foi revista por um colegiado da corte, em outubro, que decidiu por sua absolvição devido à inexistência de provas, e Masih (foto) foi solto em 13 de novembro. Ele fora acusado de enviar uma mensagem de texto desrespeitosa sobre o profeta Maomé. Contudo, nem seu celular nem o cartão SIM (sigla em inglês para “módulo de identificação do assinante”) de sua propriedade, contendo o tal texto, foram apresentados como prova no processo. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)


Processo burocrático

Não existe plena liberdade de culto no Cazaquistão, uma ex-república soviética majoritariamente muçulmana de 19 milhões de habitantes situada na Ásia Central. Lá, segundo a legislação em vigor, todo grupo religioso precisa de autorização do governo para se reunir. A permissão só é concedida mediante processo administrativo burocrático, arbitrário e caro, segundo os cristãos locais. Diante das dificuldades para obter a permissão de funcionamento, muitas igrejas escolhem se agrupar nos lares, às escondidas.

Contudo, o governo do Cazaquistão aumentou a repressão às reuniões religiosas por meio de incursões policiais para encerrar cultos clandestinos e prender líderes eclesiásticos. Além disso, tramita um projeto de lei no Senado o qual pretende ampliar o controle estatal sobre os grupos religiosos. A proposta visa impedir que mesmo as agremiações religiosas autorizadas promovam quaisquer atividades fora de suas dependências, o que limitaria ações evangelísticas em ruas e praças, por exemplo. (Élidi Miranda, com informações de Forum 18 e Missão Portas Abertas)


Acusações falsas

Reprodução / Facebook

Líderes de uma igreja pentecostal estão sendo falsamente acusados de disseminar a variante delta da covid-19 no Vietnã, país do Sudeste Asiático de 103 milhões de habitantes. O Pr. Phuong Van Tan e sua esposa, a Pra. Vo Xuan Loan, da igreja Missão Ekklesia do Avivamento, estão sob investigação policial pelo crime de espalhar uma doença perigosa e contagiosa com o objetivo de causar dano.

O problema começou quando as autoridades sanitárias descobriram que alguns membros da igreja, inclusive os líderes, estavam com a variante do vírus, no fim de maio, época em que se reportavam os primeiros casos de covid-19 no país. Isso foi suficiente para que a mídia local passasse a apontar a igreja como a responsável pela disseminação da doença. Os líderes da igreja (foto) alegam que se trata de uma campanha difamatória e que, no momento da contaminação, seguiam todas as determinações sanitárias impostas pelas autoridades para conter a pandemia. O Vietnã, um país socialista de maioria budista, ocupa a 19ª posição na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)


Poder arbitrário

Igreja Batista fechada pelos rebeldes em Donetsk por causa de uma lei religiosa Foto: Reprodução / Vice News / YouTube

A República do Povo de Donetsk (RPD) é uma região do Leste da Ucrânia que se declarou independente em 2014. Embora a autonomia do território, de 2,3 milhões de habitantes, não seja reconhecida internacionalmente, a RPD funciona como um Estado totalmente independente, com governança e leis próprias. Lá, o cristianismo protestante é considerado agente da influência norte-americana e visto com maus olhos pelos separatistas.

Em junho de 2016, aquela república rebelde promulgou uma lei religiosa, a qual passou a regular o funcionamento das instituições desse tipo. Uma das exigências impostas pela legislação é o registro das organizações religiosas pelo governo. Porém, de acordo com os cristãos locais, as autoridades negam esse direito às igrejas protestantes frequentemente. Assim, aquelas comunidades evangélicas (foto) que não conseguem a autorização estatal para funcionar são obrigadas a fecharem as portas ou a se reunirem clandestinamente. Somente em 2021, pelo menos, três congregações protestantes foram forçadas a suspender suas atividades por supostas violações da lei religiosa. (Élidi Miranda, com informações de Forum 18 e Quartz)


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